Tradição de malhação do Judas permanece forte nos bairros de Manaus

A equipe de reportagem localizou em vários pontos da cidade o boneco que representa o apóstolo traidor de Cristo

Em Petrópolis, o Judas foi colocado na rua Benjamin Constant
Em Petrópolis, o Judas foi colocado na rua Benjamin Constant (Antônio Lima)
No sábado de aleluia, que no calendário católico representa o último dia da Semana Santa - ocasião que marca a entrada de Jesus em Jerusalém e termina com sua ressurreição, no domingo de Páscoa - também ocorre, tradicionalmente, a malhação de Judas Iscariotes, um dos 12 apóstolos o qual, segundo a história bíblica, entrega Jesus Cristo aos seus capturadores ao preço de 30 moedas de prata.
Mas, na prática, o que ocorre nas cidades brasileiras, a exemplo de Manaus, é a união de moradores de bairros próximos ou de apenas um bairro para malhar o traidor, que tem a figura representada, geralmente, por um boneco de pano feito de forma artesanal, e sempre acaba em diversão, tanto para adultos como para as crianças, que estão começando a conhecer a religião.
Em Manaus, a reportagem de acrítica.com localizou quatro pontos onde os bonecos, mesmo debaixo de chuva, foram pendurados e lá permaneceram por horas. Alguns ainda permanecerão içados por todo o dia.
Na rua Duque de Caxias, Praça 14 , Zona Sul de Manaus, além da malhação, os moradores promoveram um concurso para eleger uma personalidade da rua que se vestiria de Judas, representando a história do apóstolo, a exemplo do que ocorre há nove anos na comunidade.
Contudo, três pessoas foram selecionadas e se vestiram com roupas usadas, em bom estado de conservação, as quais serão doadas em seguida a pessoas carentes. O evento é feito em prol da união da comunidade e também para celebrar com antecipação a Páscoa.
Outros locais onde a reportagem localizou a figura simbólica foram: Aparecida (ruas Luiz Antony e Alexandre Amorim) e em Petrópolis (rua Benjamin Constant), Zona Sul.


COMBOIO DE BALSAS ADERIVA PÕE EM RISCO A SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO NO RIO AMAZONAS

Hoje a tarde por volta das 15:00 horas, presencie uma cena que quase virou uma grande catástrofe, estava na Orla da cidade, quando observei que um comboio de 05 balsas da empresa Hermasa, vinha descendo o Rio Amazonas a deriva, em direção ao cais do porto de Itacoatiara. Aí de-repente surgiu um rebocador da mesma empresa seguindo a toda velocidade em direção as balsas que desciam rio a baixo desgovernadas. Nesse momento, o rebocador alcançou as balsas já nas proximidades do cais do porto de Itacoatiara, e em uma manobra estratégica o comandante do rebocador encostou a proa do rebocador na lateral das balsas e as empurrou para fora da correnteza que as direcionavam rumo ao cais do porto. Isso livrou o nosso velho porto, reformado a pouco tempo de ser atingido pelo comboio de balsas desgarrado. Logo após, o comboio se moveu novamente em direção ao pontão de flutuante gasolina Maria Alegrina, que fica em frente ao Passeio Público Jornalista Agnelo Oliveira. Foi então que novamente o rebocador se movimentou e encostou novamente nas balsas e as empurrou para fora da linha de alcance do pontão de gasolina evitando outro acidente. Então novamente as balsas foram empurradas para fora e desceram o caudaloso rio em direção a ilha do risco, momento em que o comandante do barco fez uma excelente manobra e conseguiu atracar no comboio, que logo foi amparado por mais outro rebocador da empresa que chegou para dar suporte a operação,  controlando e amarraram o comboio. Enquanto isso a Orla estava repleta de expectadores assistindo aquela situação de total suspense em frente a cidade de Itacoatiara.
Vale ressaltar que não é a primeira vez que isso ocorre, por esse motivo é importante que a empresa e a Capitania dos Portos, tomem as medidas cabíveis para evitar situações desse tipo, que colocam em risco a navegação no Rio Amazonas e a segurança dos portos da cidade de Itacoatiara, fato que poderia até causar vitimas fatais.

Para a garotada passar o tempo e se inteirar dos simbolos da páscoa.


Rios do Amazonas estão cada vez mais próximos de atingir cheia recorde

Segundo previsões, Manaus ainda terá o maior número de afetados pela enchente no Estado: aproximadamente 26 mil pessoas.

Redação - jornalismo@portalamazonia.com.br
Foto: Agência Acre/Arquivo

MANAUS - O 12º monitoramento hidrológico na Amazônia Ocidental aponta: o nível dos rios no Amazonas está próximo de alcançar o registro recorde de 2009, quando o Estado viveu a maior cheia da história. Nas estações de monitoramento nas bacias do Negro e do Solimões, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) verificou que as águas ultrapassaram os níveis de referência do mesmo período da grande enchente.
Em São Gabriel da Cachoeira, o rio Negro está 1,92 m acima do registrado na mesma data do ano da maior cheia na estação. Em Manaus, o nível e stá 21 cm acima do valor registrado no dia 05/04/2009 (ano da maior cheia). Em Tabatinga, o nível d’água ultrapassou a cota de emergência e está apenas 46 cm abaixo da cheia histórica. Em Itapéua e Careiro, os níveis estão 30 e 16 cm acima dos registrados na mesma data de 2009.
Já na Bacia do Purus, o rio está 5,28 m mais baixo que o nível máximo registrado este ano. Os números em Parintins e Humaitá também mostram perspectivas menores. Na Bacia do Amazonas, o nível atual está 3 cm abaixo do índice no período em 2009, e a Bacia do Madeira permanece 28 cm abaixo do registrado na mesma data de 2011. Ao todo, 27.599 famílias já sofrem com efeitos das alagações.
Rio Negro. Foto: Bento Viana/ANA
O comportamento dos rios é fortemente influenciado pelo nível de chuva na região. De acordo com o levantamento do CPRM, a precipitação na região foi influenciada pela presença da Zona de Convergência Intertropical, que se encontra na faixa equatorial. Na cabeceira do Rio Negro, por exemplo, a climatologia observou acumulados de chuva acima dos 350 mm.
O relatório aponta que as chuvas na região receberam o impacto do La Niña, que influenciou a circulação atmosférica.

Emergência
Ao todo, municípios já estão em situação de emergência no Estado. Até o final do período de cheia dos rios, previsto para junho, a expectativa é de que cerca de 30 municípios entrem em situação de emergência.
Sob a coordenação do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), o Governo do Amazonas elaborou um Plano Estadual de Contingência para a Cheia 2012. A previsão da Defesa Civil do Estado é que a cheia deverá afetar cerca de 286 mil pessoas. Conforme o balanço, Manaus deve ter o maior número de afetados, aproximadamente 26 mil pessoas.
Para dar assistência aos atingidos, começou nesta semana o repasse de Cartões Solidariedade, destinados a famílias atingidas pela enchente no Estado.  A entrega do benefício inicia pela região do Purus, no município de Boca do Acre, com R$ 400 para cada uma das famílias em situação de risco. Para essas ações, serão destinados R$ 6 milhões dos cofres públicos estaduais, e mais R$ 8 milhões do Ministério da Integração Nacional.
Além do Cartão Solidariedade, o Governo do Estado anunciou a liberação de R$ 700 mil para atender municípios da calha do Rio Juruá. Os recursos são para aquisição de estoque de mais de 40 tipos de medicamentos da atenção básica para distribuição gratuita e compra de combustível para utilização nas ações de remoção das famílias das áreas atingidas pela cheia. Ao todo, o Governo já destinou a essas regiões cerca de 100 toneladas de ajuda humanitária com cestas básicas, kits de limpeza e de higiene pessoal, medicamentos e kits dormitório.

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