domingo, 7 de abril de 2013

Show das Águas recebe últimos ajustes para edição em Itapiranga

Evento oferece serviços de saúde, empreendedorismo, meio ambiente e educação, de 9 a 13 de junho.

Foto: Michel Guerreiro.
Secretário-geral da Fundação Rede Amazônica, Márcio Costa. Foto: Michel Guerreiro.

ITAPIRANGA – Pesquisadores, secretários de governo, militares, profissionais da mídia, diretores de escolas e de hospitais reuniram-se, neste sábado (6), na cidade de Itapiranga (a 356 quilômetros de distância de Manaus) para definição os últimos ajustes para o Show das Águas e Meio Ambiente. Neste ano, o evento acontece de 9 a 13 de junho, em Itapiranga.
O Show das Águas e Meio Ambiente é realizado pela Rede Amazônica e Fundação Rede Amazônica, desde 2000, e leva serviços sociais gratuitos para as cidades onde é apresentado. Os municípios de Presidente Figueiredo, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Novo Airão e Autazes já receberam edições do evento.
Serviços nas áreas de meio ambiente, educação, saúde e empreendedorismo serão oferecidos, como explica o secretário-geral da Fundação Rede Amazônica, Mário Costa. “Levantamos todas as necessidades e o município de Itapiranga receberá atendimento em diversas especialidades médicas como ginecologia, otorrinolaringologia, cardiologia e obstetrícia, com o devido suporte profissional do Exército, Aeronáutica e Marinha”, explicou Costa sobre os serviços de saúde.
Mais de 20 oficinas e palestras com foco sócio-ambiental marcarão os cinco dias de evento. Uma delas é sobre a meliponicultura de abelhas: manejo de abelhas sem ferrão, como definiu o pesquisar do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Carlos Roberto Bueno – ele preside o comitê organizador do evento. “Esse tipo de abelhas apresenta o mel mais recomendado para produção de medicamentos, do que para alimento. A oficina vai mostrar como essas abelhas podem ser criadas para benefícios nutracêuticos”.

Educação
“Os projetos de educação ambiental estão organizados para mobilizar as redes municipais e estaduais de ensino. Serão tratados assuntos como unidades de conservação, recursos naturais e hídricos, futuro dos quelônios, visão potencial do peixe na região, com considerações à Agenda 21 Escolar”, explicou a coordenadora de educação ambiental da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Thelma Prado, sobre as ações do evento na área de educação.

Originário da Amazônia, rico em aminoácidos, flavonóides e, principalmente, vitamina C, o camu-camu é uma fruta facilmente encontrada em Itapiranga. Os processos de utilização, consumo e comercialização serão apontados na semana do Show das Águas e Meio Ambiente.
“Esse é um fruto mais poderoso em vitamina C que a própria acerola e combate febres e virose. Com o extrativismo, ele é coletado nas plantações das águas do rio. A ideia é orientar os interessados para que foquem na plantação do camu-camu em terra firme para criar um mercado mais prático de comercialização e consumo”, apontou o pesquisador do Inpa. Segundo Bueno, os munícipes poderiam embalar o produto e potencializar o setor da produção local com polpas de camu-camu e melhorar a renda das famílias extrativistas.

Logística
A prefeitura de Itapiranga definiu de que forma vai atuar no evento. “Começamos a mobilizar as 11 secretarias de Itapiranga e seus técnicos para viabilização de hospedagem, alimentação, transporte dos convidados, parceiros e artistas participantes”, adiantou o prefeito da cidade, Nadiel Serrão. As comunidades como Jacarequara, Maanaim, Cesareia, Amaro, Caribi, Flexal e Enseada, entre outras, serão incentivadas a participar do Show das Águas e do Meio Ambiente.

O coronel Jorge Almeida, do Comando Militar da Amazônia (CMA), confirmou participação do órgão em diversas atividades e serviços. “Levaremos odontólogos, médicos especialistas, banda de música, apresentação de salto livre, circunscrição de serviço militar e apresentação da 12ª Companhia de Polícia do Exército, com motocicletas de batedores militares”, pontuou o coronel. Ele garantiu, também, demonstrações de cães da Polícia do Exército e orientações do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) quanto à picada de animais peçonhentos, como cobras.

Portal Amazonas - Michel Guerrero - jornalismo@portalamazonia.com 

Políticos do Amazonas de olho nas vagas de 2014

Políticos experientes e novatos se movem para desbancar ocupantes dos cargos que serão colocados em disputa no próximo ano

Arte
Políticos experientes na mira da eleição de 2014 (Arte/Romas)

A disputa pelas vagas proporcionais em 2014 começa a se desenhar como uma das mais acirradas dos últimos pleitos. Além dos 33 candidatos naturais à reeleição, outras figuras políticas ganham cada vez mais visibilidade no Estado e estão sendo preparadas para entrar no mata-mata das urnas eleitorais.
No pleito do ano que vem, estarão em disputa 24 vagas de deputados estaduais, oito de deputados federais e uma de senador da República. Para se segurarem nos mandatos os atuais donos das vagas terão que rebolar para se desviar dos “novatos”. E os “novatos”, antes mesmo do pleito, vão ser colocados numa criteriosa peneira que passa pelo crivo dos atuais parlamentares.
Os obstáculos que os “novatos” colocarão no caminho da reeleição dos parlamentares são fartos. Partidos nanicos, por exemplo, como o PTN, que a cada pleito conquista mais espaços nos parlamentos, a um ano e meio das eleições de 2014, estão em plena articulação para a disputa. O PTN quer uma das oito vagas na Câmara Federal e quatro na ALE-AM. Atualmente, a legenda tem três deputados estaduais e nenhum deputado federal.
Ex-secretários e os atuais devem entrar na guerra eleitoral por vagas no parlamento. É o caso do ex-secretário de Estado de Educação Gedeão Amorim (PMDB), que foi alijado da disputa em 2010. “Sem falsa modéstia, sou um bom quadro. Tenho uma amplitude muito grande em todos os municípios. Acho que isso me faz merecedor da atenção do partido”, disse.

PMDB sem vaga
Com a saída de Átila Lins (hoje PSD) do PMDB em 2011, a sigla não tem nenhum deputado pelo Amazonas em Brasília. E, nos bastidores, um dos motivos para Gedeão não entrar na disputa em 2010 foi o risco que ele representava para a reeleição de Átila. Sobra para Gedeão encarar os quatro deputados estaduais do PMDB que podem se animar em dar vôos mais altos em 2014 como Marcos Rotta, Wanderley Dallas e Vicente Lopes. Belarmino Lins fica fora da conta por ser irmão de Átila. Sem contar o vereador Marcel Alexandre, que disputou a vaga em 2010 e ficou na 3ª suplência.
Há os rostos “novos”  que estão sendo moldados dentro dos partidos para serem testados nas urnas como, por exemplo, o da secretária de Estado de Esportes, Alessandra Campêlo (PCdoB). Por indicação da sigla, Alessandra está há cerca de um ano na pasta e ganhou generoso espaço na propaganda partidária comunista exibida esta semana.
Outro páreo duro para os deputados federais deve ser o ex-prefeito de Manaus, Serafim Corrêa (PSB), cuja candidatura é cogitada pelo PSB desde o ano passado. O economista, que é um estudioso do modelo econômico que sustenta o Estado, já começa a mirar os alvos. Acompanha de perto o desempenho dos oito deputados federais e, sem rodeios, tem dado declarações que o Amazonas está mal representado em Brasília quando a questão é defesa da Zona Franca de Manaus.

“Muita coisa pode mudar”
Para o analista político e presidente da Action Pesquisas de Mercado, Afrânio Soares, os postulantes a vagas proporcionais em 2014 ainda têm um ano e meio para avaliar os prós e contras de se lançarem a determinados cargos.  “Isso porque o interessante está bem distante do que é provável”, declarou.
Ele disse que questões como quais os adversários, riscos de ficar sem mandato, tipos de coligações são determinantes para uma candidatura vitoriosa e para manter o crescimento político. Ao analisar as possibilidades da deputada licenciada e secretária de Estado de Governo, Rebecca Garcia (PP), Afrânio afirmou que, na opinião dele, a parlamentar agregaria mais valor numa chapa como vice de um bom nome do que como cabeça. “Tem ainda os riscos de, não saindo como candidata à deputada federal, ficar sem mandato por dois anos. Mas isso é o cenário atual. Muita coisa pode mudar”, declarou.
Sobre as chances de Gedeão Amorim e Serafim Corrêa, Afrânio Soares disse que os dois podem ser bons nomes, mas que não terão garantias de vitória. Isso porque Gedeão nunca foi testado nas urnas. Já Serafim é bom de voto, mas em disputas por cargo executivo em Manaus que tem característica completamente diferente da disputa pela Câmara Federal.


Praia da Ponta Negra será reaberta até quinta-feira (11)

Os últimos detalhes do Termo do Ajustamento de Conduta estão sendo alinhavados e a reabertura da praia para uso da população está próximo

Praia da Ponta Negra deve ser reaberta nos próximos dias
Praia da Ponta Negra deve ser reaberta nos próximos dias (Clóvis Miranda)
 
A Prefeitura de Manaus e o Instituto Municipal de Ordem e Planejamento Urbano (Implurb) esperam reabrir a praia da Ponta Negra, localizada na Zona Oeste da cidade, até a próxima quinta-feira (11)
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), jornalista Márcio Noronha, a data da reabertura só será definida após o recebimento do quadriciclo, jet ski e dos folhetos informativos. Os equipamentos fazem parte de uma lista de exigência do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) para autorizar a reabertura da praia.
"Esta semana tudo deve ser resolvido, como a impressão dos folhetos e a entrega dos equipamentos pedidos no TAC ao Corpo de Bombeiros e então a praia será reaberta para a população", informou a assessoria.

Interdição
Desde sua reabertura ao público, no início de 2012, treze pessoas morreram afogadas na praia perene da Ponta Negra, o que levou a uma investigação do MPE sobre as condições do local e com os engenheiros responsáveis pela obra de revitalização da mesma.
A praia está interditada desde novembro do ano passado, depois de pedido da Comissão Especial do Ministério Público do Estado (MPE), visando impedir novas mortes por afogamento no local.
O MPE firmou o TAC com a prefeitura visando dar maior segurança aos banhistas que freqüentam a praia da Ponta Negra.

Acritca - BRUNO STRAHM

Faça você mesmo: as facilidades de publicar um livro

Para fazer circular sua literatura, jovens escritores apostam suas fichas em caminhos alternativos

Porto está em contato com uma editora do Sul para publicar um romance regional
Porto está em contato com uma editora do Sul para publicar um romance regional (Juca Queiroz)

De uns tempos para cá, tornou-se mais fácil para os jovens escritores tirarem aqueles manuscritos da gaveta e darem um novo gás a antigos projetos. As pequenas editoras, em especial, têm apostado no talento de uma nova geração de autores, facilitando o processo de publicação das suas obras. Mas, quando o negócio aperta, a autopublicação pode ser um caminho possível, seja no papel ou na Internet.
Aos 21 anos, o estudante de Geografia Rodrigo Porto é um exemplo de escritor que pratica o bom e velho estilo “do it yourself” (faça você mesmo). Nascido em Goiânia, mas radicado em Manaus há dois anos, ele começou produzindo fanzines por conta própria – hoje, ele já tem dois livros publicados de forma independente. “Procurei uma editora, mas o contato foi difícil e o custo não é muito acessível para quem está começando”, contou.
“Se vira” (2012), o livro mais recente, carrega no nome a essência do que levou Porto a correr atrás do seu sonho. “Contei com vários parceiros e amigos nesse processo de publicação. Em comparação com o primeiro livro, que teve o miolo fotocopiado, essa obra já é mais bem produzida, com desenhos profissionais, trabalho de edição, diagramação e impressão colorida”, explicou o escritor.
Para divulgar seu trabalho, Porto ainda prefere a estratégica boca-a-boca. “Busco passar minha literatura adiante, então ofereço as obras em praças, na faculdade e em feiras literárias. É um trabalho que dá para fazer com qualquer tipo de pessoa que se interesse por literatura”, concluiu ele.

CORRENDO ATRÁS
Publicado em 2010 e lançado em Manaus, Rio Branco e São Paulo, “Por mais um dia” é um romance que narra história de superação de Fernanda após a perda dos pais em um acidente durante a Copa de 1994. Quem assina a obra é a escritora Thayanne Azevedo, de 23 anos. Finalizado em seis meses, o livro de 93 páginas foi impresso e distribuído pela editora paulista All Print, mas foi a autora quem bancou a publicação.
“Quando o escritor é novo no mercado, as editoras não costumam custear as obras. Elas auxiliam em todo o processo, assinam contrato, mas o escritor é que se responsabiliza por pagar a produção do livro”, explicou Thayanne. A primeira tiragem de “Por mais um dia” foi de mil exemplares, mas em algumas livrarias de Manaus e Rio Branco (onde ela nasceu) a obra já está esgotada.
Para Thayanne, o mercado editorial no Amazonas ainda é muito fechado, o que obriga os novos escritores a procurarem métodos alternativos para dar vazão às suas produções. Segundo ela, a vantagem de ser publicada por uma editora, ainda que de pequeno porte, é o registro na Biblioteca Nacional. Apesar disso, ela não se descuida da formação profissional.
“Frequentei algumas Bienais Internacionais em São Paulo e tive a chance de participar de oficinas voltadas para escritores iniciantes. Eles ensinam técnicas de como formar um ambiente e caracterizar personagens, por exemplo”, contou ela, acrescentando que esses cursos por si só não garantem um bom material literário.
“É preciso dom, pesquisa e estudo”, completa. No que depender desses três fatores, a história de Thayanne na literatura vai ser longa - o próximo romance já está engatado e tem até título provisório: “Até o fim”.

Confiança na escrita
Um dos cabeças por trás do blog “Gonca Livros” (http://bit.ly/Y5OOTm), o pernambucano Marcos Capella assina um post da página no qual dá algumas dicas que considera cruciais para quem quiser ter sucesso com a autopublicação.
“As vantagens desse sistema é o simples fato de você diminuir a distância entre o autor e o seu leitor. Com a autopublicação os autores não precisam convencer alguém que ele escreve bem ou que ele vale a pena ser publicado, basta ele confiar na sua escrita”, declarou ele em entrevista ao BEM VIVER.
Segundo o estudante de Direito e escritor nas horas vagas, o amor pela escrita tem que nascer com a pessoa, embora seja possível se tornar um autor melhor. “A grande tendência é que as várias oficinas oferecidas pelo Brasil sejam substituídas por cursos universitários como acontece na América do Norte e na Europa. Eu acredito na grande ajuda que elas oferecem para trazer novos talentos para as estantes das livrarias”, finalizou o blogueiro.


Robério Braga anuncia investimentos para o Festival de Parintins deste ano

À frente da 4ª edição do Seminário de Revisão Crítica do Festival Folclórico de Parintins, o secretário de Estado de Cultura do Amazoans fala sobre a importância da festa para o Estado e as novidades para o centenário dos bois

Robério Braga titular da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas, anuncia investimentos
Robério Braga, titular da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas, anuncia investimentos (Antônio Lima)
 
No ano em que Caprichoso e Garantido comemoram seus centenários e que o Governo do Estado entrega um bumbódromo totalmente reformado à cidade de Parintins, o secretário de Estado da Cultura do Amazonas, Robério Braga, ressalta a importância da festa dos bois-bumbás para o Amazonas e para o Brasil.
 Empenhado na realização de um evento cada vez mais grandioso e profissional, o secretário esteve à frente, na última semana, do 4º Seminário de Revisão Crítica do Festival Folclórico de Parintins. O evento teve como objetivo apresentar a estrutura física do novo bumbódromo, como o acesso, os serviços prestados, a segurança, os novos sistemas de sonorização e de iluminação, dentre outros temas referentes à operacionalização técnica do Festival.
Entre um painel de apresentação e outro – o seminário contou com a presença de especialistas de renome nacional como Piter Gaspel e Antônio Carlos Rodão – Robério Braga falou a A CRÌTICA sobre as novidades para este ano e suas expectativas para o Festival Folclórico do centenário.

Qual o objetivo e a importância da realização do Seminário Revisão Crítica do Festival Folclórico de Parintins?
Já é o quarto seminário e o objetivo foi extremamente alcançado, que é a integração dos órgãos públicos das áreas federal, estadual e municipal, além dos prestadores de serviço e dos bois. É um seminário que nos permite ser a coordenação do evento. A Secretaria de Cultura coordena o funcionamento de todos os demais órgãos e tem a responsabilidade central pela atividade. Então, é preciso saber o que cada um vai fazer, integrar as atividades que têm interface e resolver todas as questões operacionais. São quase 40 instituições discutindo. Tanto que nós, para esse seminário, sempre trazemos uma motivadora organizacional de fora com especialidade de trabalhar com grupos de discussão.

Esse ano, os dois bumbás estão comemorando 100 anos de existência. O que vai haver de especial por conta desse marco comemorativo dos bois de Parintins?
Primeiro, tem o grande presente para o povo do Amazonas e para o País, que é o novo bumbódromo. Um investimento audacioso do Governo Omar Aziz da ordem de quase R$ 40 milhões. É um bumbódromo adequado ao novo tempo da festa, à nova dimensão que a festa ganhou ao longo dos anos, às necessidades operacionais e técnicas do festival e à condição dos interesses do público. Dentro de uma lógica do governo que valoriza as oportunidades, a acessibilidade também foi uma preocupação. Para as pessoas que têm necessidades especiais, temos rampa, elevador, tradução em libras, audiodescrição, lugar para cadeirantes, enfim, acessibilidade 100%. A reforma amplia também 2500 lugares para cada boi na galera, gratuitamente. Amplia 1400 lugares na arquibancada especial, amplia 48 camarotes. Moderniza o bumbódromo de uma maneira inigualável. Não há nenhum outro equipamento público com a infraestrutura de som e luz e operacional que nós vamos ter. Nós teremos, no bumbódromo de Parintins, o maior anfiteatro aberto do País. Não só em capacidade, como em condições operacionais.

E a questão da transmissão televisiva do festival? Com esse cenário que está se apresentando: duas emissoras transmitindo, cada uma responsável por transmitir a apresentação de um dos bumbás, como será feita a operacionalização técnica disso?
O festival já é transmitido por diversas emissoras de rádio. Todas trabalham juntas. A novidade é a transmissão de imagem. Porque transmissão de Internet e transmissão de emissora de rádio têm sido feita normalmente por diversos portais e emissoras. Esta opção é uma opção dos bois. O direito de imagem é um direito privativo das agremiações folclóricas: Caprichoso e Garantido. Cabe ao governo acompanhar a decisão que os dois adotarem. Não vamos nos intrometer nisso. O que vimos aqui esta semana foram técnicos das duas empresas trabalhando em conjunto e conhecendo em conjunto as condições operacionais do bumbódromo. Se eles vão trabalhar juntos, se eles vão trabalhar separados, se vão trabalhar integrados, é um problema das emissoras com os dois bois.

Mas, no que diz respeito ao espaço físico no bumbódromo para a transmissão, vai haver alguma adaptação? Vai haver mais de uma cabine de transmissão, por exemplo?
Existe apenas uma cabine de transmissão, que será ajustada às necessidades que surgirem. Nós, a essa altura, não temos como fazer uma nova cabine. Agora, não é isso que vai impedir ou criar dificuldade para a transmissão do festival. O que couber ao governo fazer, do ponto de vista operacional e logístico, para atender à necessidade do festival em qualquer das áreas, o governo vai fazer.

E o espaço para a unidade móvel de transmissão, nessa nova configuração do bumbódromo, está assegurado?
Nós temos um espaço hoje que já estaria reduzido com o crescimento das edificações do bumbódromo. As modificações feitas já reduziram um pouco a área externa. Mas, nós vamos em uma visita com o governador Omar Aziz amanhã e, a partir de amanhã, todas as semanas eu vou a Parintins, justamente para examinar essa questão logística de carros, geradores, que são extra-prédio. Porque só agora é que começa a se desenhar o que de área externa vai sobrar. Mas isso, certamente, não será dificuldade.

Qual a sua avaliação da evolução artística e folclórica dos bois ao longo das últimas décadas?
Eu acompanho o Festival Folclórico de Parintins desde a Copa do Mundo de 1970. Quando Pelé, Tostão e companhia estavam jogando, eu estava lá, no boi de Parintins. Exatamente quando eu fazia o primeiro ano da faculdade de Direito. E acompanho todos os anos desde então. Já fui presidente da comissão julgadora. O espetáculo que eu vi, mudou muito. Não tem absolutamente nada a ver com o que os bois faziam naquela época. Em alguns momentos, quando entra a vaqueirada, por exemplo, lembra um pouco. O festival que eu vi, era numa quadra de futsal, do lado da igreja, depois foi num campo de futebol, onde o festival já se modificou bastante, no chamado tabladão. E, quando foi feito o bumbódromo, ele, então, começou o processo mais acelerado de transformação, de mutação e de composição cênica com outras linguagens. Ele deixou de ser um festival folclórico de boi-bumbá para ser uma festa folco-carnavalesca, no sentido científico da palavra. Nada pejorativo, no sentido técnico. Hoje ele mescla lendas com rituais, com simbologias, com o boi-bumbá. Tanto que, em determinado momento, no regulamento eles exigiram a presença do Pai Francisco e Catirina para lembrar um pouco o velho boi-bumbá. Hoje é tão importante para o Estado e para o País, que qualquer investimento em Parintins é justificável. Tanto para a criação de emprego e renda quanto para projeção do Amazonas e mesmo do Brasil.

E, depois de tanto tempo acompanhando o festival, qual o seu boi-bumbá: Caprichoso ou Garantido?
Ainda não resolvi. Sinceramente. As pessoas pensam que não é verdade. Mas te digo por que não: o boi é uma coisa impressionante. O Garantido, no espetáculo de hoje dá um show. O Caprichoso entra e faz melhor. Amanhã, os dois fazem um desastre. É uma mutação muito grande. Por isso ainda não me decidi.

Já que o senhor não tem boi de predileção, e que os bumbás se acusam mutuamente de não estar fazendo 100 anos em 2013, podemos perguntar para o historiador: qual boi está realmente completando um centenário este ano?
É muito difícil você fixar uma data do surgimento das brincadeiras populares. Vou dar um exemplo: meu pai hoje teria 126 anos, nasceu em 1989. Em 1934 e 35, ele brincava de boi e brincava de brigue. Hoje não tem mais brigue e o boi ficou. Mas que boi ficou? Em 1856 já tem registro de boi-bumbá no médio Amazonas. O que se está falando é da mobilização social que ganhou o nome de Caprichoso ou Garantido, da brincadeira de boi que existe em Parintins.

Jornal acritica -07 de Abril de 2013 - OMAR GUSMÃO

Parintins registra 9 casos de AIDS somente em janeiro e põe em alerta secretaria de saúde

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A Secretaria Municipal de Saúde de Parintins está em alerta total devido aos casos de incidência do vírus HIV, registrado somente no começo de 2013. Segundo apurou o BLOGdaFLORESTA foram 9 casos confirmados até dia 31 de janeiro. Durante todo o ano passado a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Gerência de Vigilância Epidemiológica, registrou 16 casos. Sendo 8 do sexo masculino e 8 do sexo feminino. Segundo a enfermeira Socorro Dias Granado, gerente municipal de programas de DST’s, o surgimento de novos casos são reflexos do trabalho de conscientização realizado pela prefeitura.  
Devido à alta incidência dos casos de AIDS, Socorro Granado diz que a administração do prefeito Alexandre da Carbrás (PSD) oferece cursos de capacitação para Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s), médicos e demais profissionais de nível superior, tanto da zona rural como urbana, no sentido de realizar o trabalho com as pessoas diagnosticadas com o vírus.
Da incidência de 2012, duas mulheres grávidas, uma da cidade de Barreirinha e outra da cidade de Nhamundá vieram realizar tratamento em Parintins.

Mais do total de 1.300 casos de DSTs
Pelos dados de 2012 foram notificados das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), um total de 1.380 (mil trezentos e oitenta) casos, sendo 77 (setenta e sete)homens e 1.303 (mil trezentos e três) mulheres infectadas.
Na avaliação de Socorro Granado, esse número de DSTs é pequeno, haja vista casos não registrados, onde as pessoas procuram a ajuda de farmácias, amigos e não notificam o problema nas Unidades de Saúde. A enfermeira Granado frisa que principalmente as mulheres devem ter consciência e cuidado quanto à saúde, usar preservativo e precaver doenças que afetem a si mesmas e aos familiares.

Mulheres devem tomar a frente e usarem camisinha feminina
A gerente municipal de programas de DST’s ressalta que os profissionais da área de saúde realizam orientação quanto ao uso da camisinha feminina, já que os homens se recusam a usar o preservativo masculino.
Socorro Granado critica que os preservativos femininos são caros e que a secretaria disponibiliza gratuitamente, junto à orientação, e as mulheres não procuram. A enfermeira lamenta porque em 2012, caixas de preservativos venceram, mas que em 2013 a Secretaria de Saúde tem o compromisso de atingir a classe feminina com a distribuição da camisinha.
O CTA Parintins, Centro de Teste Rápido de DST’s e HIV, entrega o resultado na hora, os Postos de Saúde dispõe de médicos e outros profissionais, a secretaria mobiliza por meio de campanhas de orientação. “O número de mulheres infectadas é superior a dos homens, não só pelo fato deles não procurarem os postos, mas as mulheres devem pensar nelas mesmas e não esperar que eles usem o preservativo, porque eles não vão usar”, afirma.

Blog da floresta/Hudson Lima

Polo naval abre novos horizontes na economia do Amazonas

De acordo com dados do Sindnaval-AM, cada estaleiro demandará investimentos de quase R$ 10 bilhões – foto:  divulgação
De acordo com dados do Sindnaval-AM, cada estaleiro demandará investimentos de quase R$ 10 bilhões – foto: divulgação

Após muitas idas e vindas nos planos de estruturação do polo naval no Amazonas, uma longa espera iniciada em 2006 pode terminar em breve. A modernização do setor está perto de sair do papel.
A finalização do projeto técnico, que atualmente está em execução pela Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra-AM), vai coincidir com o início das obras de terraplanagem do acesso ao Distrito 3, previstas para junho deste ano, enquanto que o “start” da obra do novo polo é aguardado para 2014.
Quando o novo polo naval estiver em pleno funcionamento, o setor deverá empregar 35 mil pessoas, mais que o dobro do contingente de trabalhadores que atua hoje nas empresas do setor. Para tornar o polo naval uma atividade rentável para a economia do Estado, os investimentos chegarão à ordem de R$ 10 bilhões por cada estaleiro.
“Quando o polo se tornar realidade, o Amazonas terá um novo fôlego, somando-se ao segmento de exploração de petróleo em nossa região bem, como ao Distrito Industrial, que hoje é responsável por mais de 80% de faturamento”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval-AM), Matheus Araujo.
A expectativa da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) é de que o novo polo transforme o Amazonas em uma referência na construção e no reparo de navios no país. “As indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) não olham paras as potencialidades regionais. A construção do polo naval é uma nova matriz que dará um impulso enorme para a economia do Estado”, avalia o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo.
Perfil
Atualmente, sete estaleiros de médio porte (sendo quatro europeus e três brasileiros, entre eles um para construir embarcações militares) estão confirmados para ocupar a área de aproximadamente 32 quilômetros lineares no bairro do Puraquequara. Além dessas empresas, 60 pequenos estaleiros também devem ocupar o espaço.            fonte: (Jornal Em tempo - |




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