Dr. Raimundo Silva recebe Medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas

Personalidades recebem medalhas da Ordem do Mérito Judiciário, no TRT - Amazonas

Foto: Juiz do Trabalho Raimundo Silva; Secretário Robério Braga; Desembargadores David Alves de Mello Junior e Maria das Graças Alecrim Marinho; Conselheiro do TCE Érico Desterro; e Diretor da Vara do Trabalho de Eirunepé Francisco Rômulo - Foto: Divulgação

O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região entregou ontem, quarta-feira (09.07.2014), medalhas da ordem do mérito judiciário e funcional a personalidades que se destacaram em suas atividades e que contribuíram com a sociedade prestando relevantes serviços.A entrega foi realizada pelo presidente doTRT11-David Alves de Mello Junior no plenário do Tribunal. A cerimônia também contou com a presença da vice-presidente do TRT11, a desembargadora Maria das Graças Alecrim Marinho. Foram homenageados com a medalha de ordem do mérito o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, Érico Desterro e Silva, o Secretaria de Estado de Cultura, Robério Braga; e o Juiz do Trabalho aposentado, Raimundo Silva. O servidor do TRT11 Francisco Rômulo Alves de Lima, Diretor de Secretaria da Vara do Trabalho de Eirunepé, recebeu a medalha de ordem do mérito funcional.

Os homenageados fazem parte do grupo de personalidades que foram indicadas para receber a medalha em cerimônia de entrega realizada no ano passado pelo TRT11, mas, que não puderam comparecer na ocasião.O desembargador David Alves de Mello Junior destacou que o TRT11, com muita honra, faz a entrega das merecidas medalhas às personalidades que tanto contribuíram para o desenvolvimento do Estado e para a melhoria da prestação dos serviços públicos.

O Juiz do Trabalho Raimundo Silva, que exerce atualmente a função de Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Itacoatiara, foi condecorado com a comenda da mais alta corte do TRT/AM, pelos relevantes serviços prestados ao Tribunal de Regional do Trabalho do Estado do Amazonas,
O Secretário de Estado Robério Braga, um dos homenageados, agradeceu a comenda. “Estou agradecido pela lembrança do pleno do Tribunal do Trabalho que, por unanimidade, me concede essa medalha. A homenagem me traz uma responsabilidade ainda muito maior no desempenho das minhas atividades públicas e da minha consciência de cidadão”, enfatizou.
Para o Diretor da Vara do Trabalho de Eirunepé, Francisco Rômulo Alves, que recebeu a medalha de ordem do mérito funcional, a homenagem do TRT11 é o reconhecimento à sua atuação de 36 anos à serviço da justiça trabalhista. “Essa homenagem é fruto do esforço de uma vida inteira dedicada ao serviço público e ao atendimento dos jurisdicionados. Com o advento da justiça itinerante, ampliamos o nosso atendimento, abrangendo vários municípios e levando a justiça do trabalho para perto dos trabalhadores. E essa tem sido a nossa missão”, destacou.

Sobre a Medalha de Ordem ao Mérito
A homenagem da ordem do mérito foi instituída pela Resolução nº 138/2004 e tem como objetivo agraciar pessoas físicas ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços ao país, à justiça do trabalho em geral e à 11ª Região, de modo especial. A medalha é constituída de seis graus hierárquicos: grão-colar, grã-cruz, grande oficial, comendador, oficial e cavaleiro.
A ordem do mérito agracia também juristas e outras personalidades eminentes, nacionais e estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços à justiça do trabalho em geral, e, de modo especial, à 11ª Região ou se destacado por suas atividades no campo do direito do trabalho ou em quaisquer ramos do direito; servidores públicos, de todos os níveis da administração, que, por seus atributos, tenham se tornado merecedores da distinção; instituições e suas bandeiras, pelos relevantes serviços que tenham prestado ao direito do trabalho e a justiça do trabalho; e, outras personalidades, nacionais ou estrangeiras, que a juízo do conselho, se tornam merecedoras da distinção.


fonte: Jornal Correio do Amazonas, com edição de Frank Chaves

A primeira Vereadora de Itacoatiara e do Amazonas


Raymunda de Menezes Vasconcellos Dias (1908-1982). Natural de Itacoatiara. Professora e política. Oradora fluente e feminista extremada, na intimidade conhecida como “Dadade”. Filha do servidor municipal Augusto de Vasconcellos Dias (1881-1948) e da professora Luiza de Menezes Vasconcellos Dias (1883-1962). Com a reforma do Código Eleitoral de 1932, empreendida pelo presidente Getúlio Vargas (1883-1954), que estendeu às pessoas do sexo feminino o direito de elegibilidade – Raymunda de Vasconcellos Dias decidiu concorrer à Câmara Municipal de Itacoatiara. Eleita em 02/setembro/1935 para o triênio 1935/1938, tomou posse em 20/dezembro do mesmo ano. Em consequência tornou-se a primeira vereadora da história de Itacoatiara e do Amazonas. No dia 15/outubro/1936, por impedimento legal do presidente Vilamont Rocha, assumiu a presidência da Casa, função para a qual foi reeleita em 15/abril/1937. Como Chefe do Poder Legislativo, substituiu várias vezes ao prefeito municipal Hermínio de Carvalho. Seu mandado foi interrompido em 10/novembro/1937, em razão da ditadura do Estado Novo que decretou o fechamento das Câmaras Municipais de todo o Brasil.



fonte: Câmara Municipal de Itacoatiara

Nossa derrota fora do gramado


Luiz Flávio Gomes Jurista, diretor-presidente
do Instituto Avante Brasil


No gramado, perdemos para a Alemanha de 7 a 1. O mundo desabou sobre nossa cabeça. Pior é que são raros os momentos em que somos todos brasileiros (rico e pobre, preto e branco, PT e PSDB, católico ou protestante etc.), atacando numa única direção. Fora do gramado, no entanto, em termos de país competitivo e de qualidade de vida, nossa derrota é muito mais vergonhosa. O que me deixa desapontado é que esta segunda não nos causa tanta decepção como a primeira. Vamos aos números.


Entre 1980 e 2012, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Alemanha passou de 0,780 para 0,920. É o 5º país no índice geral, 80 anos de esperança de vida e renda per capita de US$ 41 mil. O IDH mede a renda das pessoas, escolaridade e expectativa de vida. Ela saiu arrasada da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Saiu destruída do nazismo e da Segunda Guerra Mundial (1933-1945). Hoje é a nação economicamente mais forte da Europa, tendo alcançado o nível excelente em qualidade de vida em poucas décadas. Técnica, planejamento, organização, dedicação, empenho: são qualidades que eles esbanjam orgulhosamente.

E o Brasil? De 1980 a 2012 nós melhoramos (saímos de 0,522 para 0,730 no IDH), mas ocupamos a vergonhosa posição de número 85. Somos hoje menos que a Alemanha em 1980. Pior: há muitos anos estamos patinando na casa dos oitenta no IDH. O Brasil melhorou, mas estamos longe das nações civilizadas. Nossa esperança de vida é de 74 anos, escolaridade média de 7 anos (contra 13 dos alemães) e nossa renda per capita é de US$ 12 mil. Brasil e Alemanha estão entre os 10 países mais ricos do planeta. Ocorre que eles são ricos e promoveram o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas (5º do mundo); nós somos ricos e extremamente desiguais: baixa escolaridade, ¾ da população são analfabetos funcionais, piores índices na educação, ridícula competitividade, precária inovação, serviços públicos de quinta categoria, transporte público indecente, saúde doente, Justiça injusta e morosa, escola analfabeta etc. Somos, não por acaso, o 85º país do mundo (dentre 186) em termos de qualidade de vida.

Temos capacidade para produzir riqueza, mas nunca soubemos transformar isso em qualidade de vida para todos (veja Flávia Oliveira, O Globo 9/7/14: 26). Sabemos ganhar, mas não temos a menor ideia do que seja distribuir. Socioeconomicamente sabemos rivalizar, não cooperar. O índice Gini da Alemanha (é o que mede a desigualdade: quanto mais se aproxima do zero, mais igualdade; quanto mais perto do 1, mais desigualdade) é de 0,27; o do Brasil é 0,51. Somos o dobro de desiguais. O que isso provoca? Violência, desorganização social, péssima qualidade de vida, miséria, fome etc.

Um exemplo: os alemães contam com menos de 1 assassinato para cada 100 mil pessoas (0,8, em 2011). E o Brasil? 29 para cada 100 mil (em 2012). Somos mais de 30 vezes mais violentos que eles. Essa é uma das nossas tragédias, que os alemães não conhecem. Somos ainda o 12º país mais violento do mundo, o campeão mundial nos homicídios em números absolutos (56 mil por ano) e, das 50 cidades mais letais, 16 estão no nosso país.

De todas essas goleadas acachapantes nós não nos envergonhamos. Da desigualdade temos orgulho, não vergonha. Que pena! Aqui é que temos que nos superar: em qualidade de vida, uso da tecnologia, ciência, conhecimento, educação… Feito isso, muitas estrelinhas vamos colocar na camisa da seleção brasileira, porque não nos falta talento e habilidade.

professorLFG.com.br

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