Trafego é liberado parcialmente na AM 010


Foto: Marcos Mendonça
Foto: Marcos Mendonça
O tráfego no quilômetro 17 no sentido Itacoatiara/ Manaus na AM 010 foi liberado na noite desta quinta-feira (17). O trecho estava interditado desde quarta-feira à noite quando parte da rodovia cedeu por causa de uma erosão causada pelas constantes chuvas que caí na região nessa época do ano.
Segundo um dos agentes que participa da recuperação da rodovia, foram utilizadas terra, rocha e vigas de sustensão para reparar temporariamente a rodovia.
Foto: Marcos Mendonça
Foto: Marcos Mendonça
“Fizemos esse reparo para liberar parcialmente a estrada para que as pessoas possam ir e vir visitar seus familiares neste feriado. Amanhã (sábado 19) vamos dar continuidade no serviço e terminar de forma correta para que a estrada volte a ter o transito liberado normalmente”, disse um dos agentes.



Senado aprova Marco Civil da Internet. Texto segue para sanção de Dilma

Senadores analisam requerimento de urgência para votar o projeto do Marco Civil da Internet, em Brasília
Senadores analisam requerimento de urgência para votar o projeto do Marco Civil da Internet, em Brasília (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Projeto de lei que estabelece regras de uso da rede é aprovado às pressas na véspera de encontro mundial que acontece no Brasil


Após três anos de tramitação no Congresso Nacional, o Senado aprovou nesta terça-feira, em votação simbólica, o projeto de lei que regulamenta a web brasileira. O Marco Civil da Internet estabelece direitos e deveres de cidadãos, provedores e governo no ambiente virtual e foi aprovado às vésperas do Encontro Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet, evento que reunirá autoridades de todo o mundo nesta quarta e quinta-feira, em São Paulo. O texto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Enquanto na Câmara o Marco Civil passou por uma série de discussões e teve o texto alterado após pressão de deputados, no Senado a matéria tramitou a toque de caixa: foi aprovada sem debates por duas comissões nesta manhã e levada ao plenário após uma manobra de senadores governistas que garantiu que o tema fosse colocado como o primeiro item da pauta. Não houve alterações ao texto da Câmara.

O que vai mudar com o Marco Civil da internet

Neutralidade de rede

Como é hoje
É estabelecida por uma resolução da Anatel, que pode ser facilmente revogada

Como vai ficar
Provedores de conexão à web (Oi, Vivo, Net etc.) deverão dar o mesmo tratamento a todos os pacotes de dados que trafegam pela rede, não importanto conteúdo, origem ou destino

Exclusão de dados do usuário por serviços web

Como é hoje
Não há norma disciplinando a questão

Como vai ficar
Provedores de serviços (Google, Facebook, Netflix etc.)
deverão excluir definitivamente dados do usuário quando este encerra sua conta

Responsabilidade por conteúdos publicados

Como é hoje
Provedores de aplicações (Google, Facebook, Instagram etc.) podem ser responsabilizados civilmente por conteúdos publicados em seus serviços por terceiros

Como vai ficar
Os provedores de aplicação só serão responsabilizados civilmente pelo conteúdo de terceiros se, após ordem judicial, se recusarem a retirar do ar o conteúdo em questão

Guarda de dados de conexão

Como é hoje
Acordo entre o Comitê Gestor de Internet (CGI.br) e provedores de conexão à rede prevê a guarda de dados por três anos

Como vai ficar
Os provedores de conexão deverão manter os registros de acesso do usuário por um ano

Guarda dos registros de navegação de usuários

Como é hoje
Tanto os provedores de conexão (Oi, Vivo, GVT, Net) quanto os de aplicação (Google, Facebook, Netflix etc.) podem guardar registros de navegação pelo prazo de três anos

Como vai ficar
Os provedores de conexão à internet serão proibidos de armazenar registros que permitam saber quais sites foram acessados pelos usuários e quando. Provedores de aplicação (Google, Facebook, Netflix etc.) podem guardar tais dados desde que não repassem as informações a terceiros



A agilidade dos senadores atende a apelo do Palácio do Planalto, que, após as denúncias de espionagem norte-americana, não quis chegar de mãos vazias no evento sobre governança da web. A presidente Dilma, acompanhada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, participará da cerimônia de abertura.
Com a aprovação do projeto, o usuário brasileiro de internet sai beneficiado. Foi assegurada a neutralidade de rede, um dos grandes nós da disputa em torno do Marco Civil e considerado pelo governo um dos pontos mais caros do projeto. O dispositivo obriga os provedores de conexão a tratar de maneira igual toda informação que trafega na rede, sendo proibidas distinções em razão do tipo, origem ou destino dos pacotes de dados. O princípio impede, por exemplo, que os donos da infraestrutura da rede privilegiem alguns serviços (seus ou de terceiros ou os que podem pagar mais) em detrimento de outros, minando a concorrência e a inovação com uma espécie de pedágio discriminatório.
É a neutralidade, portanto, que pode assegurar que novos produtos briguem com gigantes digitais estabelecidos sem serem prejudicados na linha de largada. Com essa garantia, o melhor tem a maior chance de vencer. A regulamentação da neutralidade dependerá de consulta prévia ao Comitê Gestor da Internet (CGI) e à Anatel – inicialmente, a proposta previa que a regulamentação se daria via simples decreto do Executivo, mas o governo teve de ceder nesse ponto para viabilizar a votação.

Também terminou derrotada a proposta governista que queria obrigar empresas estrangeiras que atuam no Brasil (caso de Facebook, Google e Netflix, entre muitas outras) a instalar data centers para guardar dados de usuários brasileiros. A ideia foi incorporada ao projeto no fim de 2013 – uma exigência da presidente Dilma Rousseff para dar uma "resposta diplomática" à suspeita de espionagem de agências americanas a dados de empresas e cidadãos brasileiros. A proposta — que não encontra paralelo em nenhuma parte do mundo — foi duramente criticada por especialistas. Além de desconsiderar a infraestrutura planetária da web, não teria o resultado pretendido pelo Planalto: evitar a interceptação de dados privados pelos espiões. Um efeito colateral, contudo, era certo: o encarecimento de serviços locais.
O Marco Civil proíbe ainda que provedores de conexão à rede (empresas como Oi, Vivo, GVT e NET) armazenem registros de navegação de usuário. Por fim, entre as grandes disposições, o projeto de lei ordena provedores de serviços web a excluir definitivamente dados do usuário quando este encerra sua conta. Dessa forma, ficam protegidos fundamentos essenciais ao florescimento contínuo da internet brasileira — como concorrência, inovação, competitividade —, ao mesmo tempo em que o usuário ganha maior proteção e privacidade no ambiente virtual.
A nova disposição sobre a guarda de dados de navegação do usuário é outro acerto do Marco Civil. O texto proíbe que provedores de conexão à internet armazenem registros que permitam saber quais sites foram acessados pelos usuários e quando. Hoje, os usuários podem escolher se circulam ou não pela web logados a sites como Google e Facebook, fornecendo informações de navegação a eles. Eles não têm a mesma escolha em relação aos provedores de conexão, daí a importância de estabelecer limites para o uso que essas empresas podem fazer dos registros de navegação dos seus clientes.
O texto aprovado nesta terça também traz disposições gerais sobre importância da rede e os direitos dos usuários. É o caso dos artigos que tratam da privacidade e liberdade de expressão. Apesar de terem despertado a atenção do mundo nos últimos meses, em especial após a divulgação das suspeitas de espionagem americana, esses temas já são contemplados na Constituição Federal. Não há novidade, portanto.
O Marco Civil começou a ganhar forma em 2009, com o objetivo de disciplinar o uso da rede, estabelecendo direitos e obrigações de seus atores. Em 2011, a versão final foi apresentada ao Legislativo e passou a ser discutida na Câmara. Representantes de empresas circularam pelos bastidores do poder tentando influenciar os rumos da discussão.

Marcela Mattos, de Brasília

Petistas manobram para adiar processo de cassação de André Vargas

Deputado André Vargas (PT-PR) manobra com aliados do partido para adiar processo de cassação
Deputado André Vargas (PT-PR) manobra com aliados do partido para adiar processo de cassação (José Cruz/Agência Brasil)

Deputado pode perder o mandato por ter mentido sobre as relações obscuras com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados adiou nesta terça-feira a votação do parecer preliminar do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) no processo de cassação do vice-presidente da Casa e deputado licenciado André Vargas (PT-PR). O congressista pode perder o mandato por ter mentido sobre as relações obscuras com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato. As provas da relação do petista com o doleiro detido incluem uma carona em um jatinho para o deputado e sua família passarem férias em João Pessoa (PB) e interceptações da Polícia Federal que apontam tráfico de influência de Vargas em favor do laboratório Labogen, uma das empresas do esquema de Youssef.
Na sessão, o relator do caso, Júlio Delgado, defendeu que há indícios de que o congressista praticou tráfico de influência, por atuar em benefício dos interesses do doleiro, e de recebimento de vantagem indevida por ele ter utilizado a aeronave do empresário. “O representado é detentor de mandato de deputado federal; há reportagens que relacionam a ele os fatos narrados e, ao menos em tese, o fornecimento de informações privilegiadas e a intermediação de interesses de terceiro junto a ministério [da Saúde], aliada a recebimento de vantagens, pode constituir ato incompatível e atentatório ao decoro parlamentar. Deve, pois, ser dado seguimento ao processo, sendo remetida cópia da representação ao acusado e possibilitada sua defesa escrita”, diz o relatório preliminar.
Na sequência, para impedir a votação do texto, o deputado petista Zé Geraldo (PT-BA) pediu mais prazo para analisar o relatório preliminar, adiando a discussão do texto para o próximo dia 29. Ao site de VEJA, Geraldo confirmou que se reuniu na noite dessa segunda-feira com André Vargas e recebeu instruções para paralisar o processo. Apesar de a direção nacional do PT pressionar para que o deputado renuncie e evite desgastar ainda mais o partido, um pequeno grupo de aliados insiste em defender que Vargas permaneça à frente do mandato parlamentar. Durante a sessão, o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) também pediu mais tempo para analisar o caso.
“A tática do pedido de vista é conhecida e protelatória. É para estender o processo e, como o pedido antecede o feriado, atrasa ainda mais o processo”, disse Delgado. Nos bastidores, integrantes do Conselho de Ética estimam que o caso chegará para votação em plenário às vésperas das eleições - o que ampliaria o desgaste entre os petistas, afinal, as acusações podem comprometer as campanhas de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo e de Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do Paraná.
Conforme revelou VEJA, Vargas e o doleiro Youssef trabalhavam para enriquecer juntos fraudando contratos com o governo federal. Mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal mostram que Vargas articulava para ajudar o doleiro a obter um contrato com o Ministério da Saúde e na sequência exercia seu poder para cobrar compromissos de Youssef. Em mensagens trocadas em setembro do ano passado e interceptadas pela Polícia Federal, Youssef fez um apelo a Vargas: “Tô no limite. Preciso captar”. O vice-presidente da Câmara prontamente respondeu: “Vou atuar”. No mesmo dia, técnicos do Ministério da Saúde, então comandado por Alexandre Padilha, hoje candidato ao governo de São Paulo, foram destacados para certificar o laboratório farmacêutico Labogen Química Fina e Biotecnologia, de propriedade do doleiro. A ajuda foi materializada em um contrato inicial de 30 milhões de reais firmado com a pasta.
Quando for aprovada a admissibilidade do processo de cassação, abre-se prazo de dez dias úteis para Vargas apresentar sua defesa. A partir daí, a ideia do deputado Delgado é pedir a documentação que prova que o Ministério da Saúde recebeu pedido de Vargas para que os representantes da Labogen fossem ouvidos no Ministério da Saúde. Em plenário no último dia 2, o deputado petista negou ter se reunido no Ministério da Saúde para tratar do laboratório Labogen, apontado como uma das empresas do esquema do doleiro, e afirmou que apenas “orientou” Youssef, como faria com qualquer sindicalista, empresário ou prefeito que o procurasse. “Nós, parlamentares, sabemos, e há muitos homens experientes aqui da nossa Casa, que recebemos prefeitos procurando verbas, orientação em relação a programas de governo e outras orientações, recebendo presidentes de sindicatos procurando plano de cargos e salários ou reajuste salarial e regulamentação da carreira, e recebemos empresários que apresentam projetos que entendam ser bons para a nação. Isso ocorre comumente com todos nós parlamentares. Procurado por empresário da minha cidade que havia apresentado uma perspectiva de um laboratório para fazer uma parceria com o Ministério da Saúde, fiz como fiz em vários outros momentos, mesmo com outros empresários, o orientei na forma da lei, encaminhando, orientando naquilo que tinha conhecimento do dia a dia”, justificou à época.

Defesa – Na tribuna da Câmara, em sua primeira tentativa de defesa, Vargas alegou que mantinha contatos superficiais com Youssef, preso na Operação Lava-Jato, e apontou que seu relacionamento com o doleiro se resumia ao fato de ele lidar com grandes empresários de Londrina. No dia 2 de abril, Vargas resumiu sua parceria com Youssef como “uma relação de 20 anos com o proprietário do maior hotel de Londrina [base eleitoral do petista]”.
Desde que foram reveladas as relações entre Vargas e o doleiro, PSDB, DEM e PPS ingressaram com representação no Conselho de Ética contra o deputado petista. A pedido do PSOL, a Corregedoria da Câmara também investiga o caso.

Laryssa Borges, de Brasília

Aconteceu hoje 22 de Abril a CAMINHADA MARINA PENALBER fazendo parte das atividades comemorativas aos 140 anos da CIDADE DE ITACOATIARA.

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