Prosamim é modelo ultrapassado, afirmam especialistas

Audiência na ALE discutiu métodos de saneamento e preservação ambiental adotados pelo programa

Prosamim é modelo ultrapassado
Canalização e aterramento, marcas do Prosamim, são decisões ultrapassadas (Euzivaldo Queiroz)
Um modelo de saneamento suplantado há 50 anos. Assim especialistas na área ambiental definiriam os métodos usados pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) durante audiência pública realizada na tarde desta terça (5) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
Canalização e aterramento dos cursos d’água, além da impermeabilização do solo, são modelos considerados ultrapassados, segundo a ex-secretária de meio ambiente de Manaus, Luciana Valente. “Acredito na recuperação desses cursos d’água de forma integrada, com a renaturalização do entorno, com a construção de parques e plantio, por exemplo”. Esse modelo já vem sendo adotado em países desenvolvidos desde o século passado, segundo ela que deverá repassar os dados ao Ministério Público Federal (MPF), onde é servidora.
De acordo com o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Aleam, deputado Luiz Castro (PPS), as sugestões e ideias debatidas serão levadas ao Governo do Estado para que possam aprimorar o projeto que representa “a maior intervenção sócio-ambiental na Amazônia”. “Até porque trata-se de um programa com investimentos superiores a R$ 1 bilhão”, disse.
Para o professor doutor em química, Raimundo Santos do Nascimento, especialistas em tratamento de resíduos sólidos, a única solução para a recuperação dos igarapés em Manaus é tratar os dejetos transformando-os em material orgânico adubável ou biogás, a exemplo do que ocorre hoje, na Alemanha.
“É um negócio lucrativo e produz energia renovável. Além disso, a melhor forma de tratar a água e evitar a contaminação, diferentemente do que é adotado por toda a cidade e pelo Prosamin”, disse.
Ainda segundo o professor, que fez um estudo sobre os igarapés do 40, Educandos e Mestre Chico, os três são igarapés navegáveis no período da cheia do rio Negro. Ele acredita ser possível reverter o aterramento que foi feito no igarapé do 40, a fim de favorecer a navegação urbana. “Se construíssemos uma barragem nele, serviria para navegação o ano todo e ainda poderia gerar energia elétrica. Existem cursos d’água menores em Londres que são utilizados dessa forma”, disse.
O coronel Ricardo Gomes, comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar lembrou que é preciso haver participação da população na preservação dos cursos d’água. “Quanto ao poder público, observamos que deveria haver um plantio de árvores no curso deles, mesmo nas áreas do Prosamim”.

Polo Naval de Itacoatiara é posto em pauta na ALEAM pelo Deputado Cabo Maciel

Deputado Cabo Maciel no pequeno expediente falou sobre a criação de um polo naval de pequeno porte em Itacoatiara. Ressaltou que a UEA vai realizar vestibular para tecnólogos em Construção Naval para 2014, esse segmento está em grande expansão no Brasil

Migração para FM favorece três emissoras em Manaus e uma em Itacoatiara

A decisão presidencial desta quinta-feira, 7 de novembro e Dia do Radialista, quando a presidente Dilma Rousseff deve assinar decreto autorizando a migração das rádios que transmitem em amplitude modulada (AM) para a banda de faixa modulada (FM) deve beneficiar, em Manaus, as emissoras Baré, do grupo Jornal do Commercio, Difusora e a rádio Rio Mar, vinculada à Igreja Católica. 
Em Itacoatiara, a Rádio Difusora AM dos empresários Cleuter Mendonça e Antonio Barros, também de beneficia com a migração para Frequência Modulada, com isso o ouvinte vai ganhar mais qualidade sonora nos programas de rádio.
Conforme previsão da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), pelo menos 1.605 das 1.784 que hoje transmitem em AM devem implantar a transmissão em FM.
A migração das emissoras AM para FM é reivindicação dos associados da Abert que enfrentam problemas de interferência nas transmissões nessas frequências e findam por causar prejuízos ao reduzir a competitividade comas rádios FMs.

Justiça manda chamar 245 aprovados em concurso da PM

Essa foi a quantidade de concursados excluídos por estar com idade acima dos 28 anos; governo do estado vai resisti.

Concursados da PM e Cabo Maciel
No final de semana, concursados se reuniram com o deputado Cabo Maciel (Divulgação)
O Governo do Estado do Amazonas vai resistir a uma decisão judicial expedida durante o último plantão judiciário, que determina a reconvocação de 245 aprovados no concurso público da Polícia Militar do Amazonas em 2011. Os candidatos foram excluídos da disputa por se encontrarem acima do limite de idade para entrada na corporação (que é de 28 anos), no ato da convocação.
Ontem, a Agência de Comunicação do Governo do Amazonas (Agecom), informou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE), está trabalhando na elaboração de um recurso para recorrer da decisão expedida no domingo pela juíza Jaci Cavalcanti.
Os concursados alegam que a culpa do “estouro” da idade é do próprio Estado, que demorou dois anos para convocar os aprovados para os cargos de oficial e soldado. Foi com base neste argumento, que a juíza Jaci Cavalcanti Gomes Atanázio, concedeu uma liminar determinando o reingresso dos 245 candidatos no certame em caráter de urgência, sob pena de multa diária de R$ 2.000 para a PM.
Paralelamente ao imbróglio jurídico, os aprovados aguardam a solução do caso. Convocada para o cargo de soldado, uma candidata que preferiu ter seu nome preservado, tinha exatos 28 anos quando prestou a prova. Atualmente com 31 anos e desempregada, ela ainda guarda esperanças de assumir o cargo. “Gastei dinheiro com exames, transporte, preparação para a prova escrita e física e o Estado demorou demais para nos convocar. Ver seu nome na lista de inaptos após enfrentar tanta coisa é frustrante”, confessou.
João Josimar Carvalho, 29, aprovado para soldado, vive situação ainda mais complicada. Em fevereiro, ele largou a cidade de Tefé (a 525 quilômetros de Manaus) após ser convocado pela PM para vir até Manaus apresentar os exames médicos e participar do teste de aptidão física (TAF). Ele, porém, foi impedido de participar do TAF, por conta da idade. Sem emprego, ele tem se virado com alguns bicos na capital para sobreviver.
“O Governo não nos convocou na data prevista. Quando fiz a prova eu tinha 27 anos, ou seja, estava apto para ingressar na corporação. Os anos foram se passando e nada. Então a culpa não é nossa, mas sim do Estado. Queremos apenas que nosso direito seja cumprido. Eu deixei esposa, filhos e o emprego em Tefé porque acreditei que assumiria o cargo aqui em Manaus. Tenho muita fé que desta vez, tudo vai se resolver”, desabafou João.
O concurso da Polícia Militar do Amazonas foi realizado em abril de 2011 e, no início de 2013, teve sua validade prorrogada por mais dois anos, por determinação do governador Omar Aziz, após anunciar a expansão do “Ronda no Bairro” para o interior.

Jornal Acritica

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