BATALHA NAVAL DE ITACOATIARA



O escritor Anísio Jobim, relata com detalhes os fatos decorrentes da batalha Naval de Itacoatiara. Os revoltosos tenentistas chefiados pelo civil, comissionado no posto de
coronel, Alderico Pompo de Oliveira, pelo general Bertholdo Klinger, iniciaram uma
revolta desde a fortaleza de Óbidos e pretendiam tomar as cidades ribeirinhas e ocupar
Manaus, excelente ponto estratégico e de abastecimento.

Em 21 de agosto de 1932, chegava a notícia de que os navios “Andirá” e “Jaguaribe”
haviam sido tomados pelos rebeldes. Partindo de Óbidos em direção à Manaus, logo
chegaram a Parintins, cidade desguarnecida que não apresentou nenhuma resistência aos
revoltosos. A notícia da tomada de Parintins causou um abalo enorme na população de
Itacoatiara que já esperava o pior.

Os navios chegaram a região de Itacoatiara. Mandando um emissário a terra para um
entendimento com as forças legais, tiveram resposta de absoluta intransigência, pelo que
resolveram conceder um prazo de duas horas para que as famílias se retirarem daquela
cidade, quando então começariam os bombardeios. Antes de decorrido o prazo, chegaram
ao porto de Itacoatiara os navios legais “Baependi” e “Ingá”, que entraram imediatamente

No dia 24 de agosto de 1932, ao avistar as forças legais, os inimigos manobraram em
atitude de combate. Toques de cornetas estrugiram a bordo e a deflagração começou de
ambas as partes. Os canhões troavam e as metralhadoras crepitavam terríveis.

Os vapores legalistas avançavam. No meio da refrega o “Ingá” foi de proa em
cima do “Jaguaribe” em poucos minutos o “Jaguaribe” estava adernando e em seguida foi a
pique. O Andira” hostilizava impiedosamente os navios legais a tiros de fuzil e de
metralhadoras pesadas. Porém, um tiro certeiro de metralhadora destruiu a ponte de
comando do “Andirá”. O “Baependi” atirou-se então sobre ele, alcançando-o de popa e
partindo-o ao meio.

A feroz batalha naval de Itacoatiara chegou ao fim após breves quarenta minutos de luta
pesada. As tropas fiéis ao governo de Getúlio Vargas inscreveram, incontestavelmente, uma
página de bravura em defesa da ordem.

AVENIDA PARQUE, NOSSO ORGULHO E RECEPÇÃO DE BOAS VINDAS

Av. Ruy Barbosa - 1928
Avenida Torquato Tapajós - Dec. 70

Nomes anteriores:
1 - Av. Cons. Ruy barbosa
2 - Av. Plínio Ramos Coelho
3 - Av. Torquato Tapajós

A nossa Avenida Parque, também conhecida como túnel verde, foi projetada e iniciada em 1928 pelo ex-prefeito judeu Isaac Peres, depois foi dada continuação por vários outros prefeitos que o sucederam, destacando o ex-prefeito Chico do Incra que com recurso próprios da Prefeitura construiu sozinho 05 passarelas. Na época de sua construção inicial, foi denominada de Avenida Ruy Barbosa, e depois: Plínio Ramos Coelho, Torquato Tapajós e finalmente Avenida Parque.



Na época de sua construção, foram plantados os primeiros oitizeiros (licania tomentosa), pois trata-se de uma árvore natural do cerrado brasileiro, que é ideal para sombreamento de praças e jardins, o seu fruto é comestível e sua madeira pode ser aproveitada para a construção civil. Essa árvore que foi chamada localmente de bejaminzeiro. Hoje se transformou na principal árvore de sombreamento de logradouros públicos e residencial da cidade de Itacoatiara.

Tudo pelo efeito magnífico que suas árvores dispostas em linha de um lado e de outro da passarela central de nossa Avenida Parque.
O  patrimônio histórico e paisagístico da cidade, recebeu um projeto de iluminação orçado em R$ 479.133,25 e que foi iniciado em outubro de 2010 através de convênio entre a Prefeitura de Itacoatiara e o Governo do Estado, o qual resultou em um projeto mal sucedido que desde o ano passado até agora não foi concluído, o início da obra mal feita deu curto, queimando a rede elétrica, a qual foi entregue as pressas pelo administrador da época no Natal de 2010.


O projeto do arquiteto Enéias Gonçalves da Costa, não suportou a primeira chuva do inverno itacoatiarense, toda a instalação entrou em curto e queimou. E a nossa magnífica Avenida acabou continuando na escuridão. Durante o dia, a beleza natural do lugar é iluminada pelo sol brilhante que clareia a nossa vetusta Itacoatiara que é suavizada com a brisa refrescante do nosso caudaloso Rio Amazonas, a nossa Avenida Parque apesar de tudo isso, não perdeu sua majestade. Pena pra que vc possa apreciar tudo isso, tem que encarar 04 horas de viagem em uma estrada sem sinalização, totalmente avariada. E ao chegar na cidade, tirando a Avenida Parque e a 07 de Setembro, a cidade é um buraqueiro só, ficando a nossa imponente Avenida Parque, reinando frondosa em meio aos camelôs que obstruem o seu elegante visual e ao descaso do Poder Público.

O FORASTEIRO

Isaac Peres, Anísio Jobim
Terezinha Peixoto!
Robério Braga, Francisco Gomes
Aime Guedes e tantos outros!
Valorizaram a nossa história,
Resgataram o nosso passado
E isso para o nosso povo
Foi uma grande vitória
Demonstrando que o itacoatiarense
Também tem memória,
Tem cultura e tem valor
Afinal, o resgate do passado,
Serve para iluminar o presente
E a cidade da Pedra Lavrada
Da Madeira e da Canção
Precisa falar a todos
Que é importante para o nosso Estado e para Nação
Por suas lutas e por sua estratégica localização
Hoje é Pólo Madeireiro e Graneleiro
Cidade exportadora por vocação
O seu povo tem esperança
E muito amor no coração
Pois sonha, como criança
Com uma grande modificação
Crescer, com justiça social e confiança
Para o bem da sua população
Itacoatiara amazônica
Histórica terra que tanto amo!
Hás de brilhar no cenário econômico
Hás de triunfar, sob aqueles que a despreza
Hás de mostrar o teu valor
Pois os teus filhos hão de defendê-la
Daqueles que te desprezam
Hão de enaltecê-la
Para aqueles que te criticam
Hão de protegê-la
Daqueles que te atacam
Pois, teus filhos são cidadãos
Sabem o teu valor, e exigirão respeito
Principalmente daqueles que estão a te explorar
E que apesar de necessitarem, não reconhecem
O tanto que já fizestes,
Pata a tua vida melhorar,
Mas, a palavra de Deus nos, afirma!
Os humilhados triunfarão!
Pois eles serão exaltados! da Bíblia
Tiramos esta citação
Da Filosofia, mandamos um recado,
"conhece-te a ti mesmo", para poder julgar o teu irmão
Pois "penso, logo existo", e se pensares nisto
Verás que tenho razão
Se és bom como falas
"Ser ou não ser, eis a questão”
Terás caráter, se demonstrares com gesto e ação;

Pois tudo criticas,
E pouco se faz introspecção
E, assim como tudo se acaba
Os exaltados sucumbirão;
E aos pés de Itacoatiara
Ainda pedirão perdão
Pois reconhecerás que parte da tua vida
Aqui cresceste e daqui tiraste o teu pão
Mostrando que o mundo é pequeno
E que todos somos irmãos;
Repartir é a nossa tarefa
Matar a fome e a sede, é a nossa missão
Fazer o bem a todos, sem preconceito,
sem interesse, e sem distinção;
Itacoatiara cidade hospitaleira
Te agradece e te abraça,
Apesar dos teus desencantos
E das tuas frustrações
Deve colocar a mão sobre a cabeça
E refletir sobre esse refrão,
Não somos ingratos, nem presunçosos;
Apenas queremos ser respeitados
Somos trabalhadores valorosos
Sabemos separar o joio do trigo
E se queres, ser nosso amigo
Dai a César o que é de César
E respeita esse povo
Que de bobo, não tem nada!
E que sabe se valorizar
E sabe que apesar de tudo
Um dia ainda nos agradecerás!
Pois a sede não dá só uma vez
E quando de água precisar
Estará Itacoatiara, pronta para a tua fome e sede matar!
Não interprete este poema, como xenofobismo voraz
Pois somos um povo hospitaleiro, o que não aceitamos
É ser tratado por um forasteiro
Com discriminação e como se fôssemos animais;
Ele é quem esta aqui e tem que se tocar!
É de nós que precisa, para a sua vida melhorar
Prezado forasteiro, aceites as diferenças,
mostra tua educação;
Nós fazemos a nossa parte, em aceitá-lo como irmão
Respeita a nossa cultura, os nossos costumes
E a nossa tradição
Demonstra que és educado, inteligente e cidadão
Respeita Itacoatiara, para ser respeitado
E serás tratado, com carinho e afeição
Ao contrário, do que nos tratas
Sem orgulho e sem discriminação.
Pois se não te arranjares aqui, forasteiro
Andarás o mundo inteiro
E não encontrarás um povo tão ordeiro
Que te acolha e te aceite sem restrição.

Frank Chaves 14/04/2002

O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios. A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Trabalho: atividade física ou intelectual.

Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outro países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes. Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil: Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casa própria. Aqui em São Paulo participo das atividades no Ibirapuera.

Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo.

Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer).

Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943.

Parabéns e Vivas para todos Trabalhadores Itacoatiarenses, Amazonenses, Brasileiros.
Autor: João César Mousinho de Queiroz-Batalhador - São Paulo 01/05/10
Adaptação: Frank Chaves 01/05/2011

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