Exposição Itacoatiara em Mosaico apresenta uma seleção de fotos antigas da cidade de Itacoatiara, foi lançada no dia 31 de dezembro de 2021 no 2º pavimento da Academia Itacoatiarense de Letras

Apresentação da Exposição Itacoatiara em Mosaico ao Subsecretário de Cultura Bosco Borges
e aos membros da Academia Itacoatiarense de Letras.










A exposição organizada pelo historiador Frank Chaves, apresenta uma seleção de fotografias antigas da cidade, muitas delas inéditas a apresentação pública. Através das imagens e das informações nelas contidas, na qual o observador faz uma imersão na história da cidade desde seus primórdios através das imagens.
O lançamento foi feito no dia 31 de dezembro de 2021 no salão de eventos da Academia Itacoatiarense de Letras, onde permanecerá até o dia 22 de janeiro de 2022.

Participe do lançamento da Exposição Itacoatiara em Mosaico e do lançamento do livro digital Mitos e Lendas de Itacoatiara, hoje às 18h, no segundo andar do prédio da Academia Itacoatiarense de Letras


 A Exposição Itacoatiara em Mosaico, apresenta fotos antigas da cidade, fazendo um resgate da memória afetiva dos cidadãos itacoatiarense com o patrimônio histórico e diversas imagens de época.

O livro Mitos e Lendas de Itacoatiara, apresenta estórias do  imaginário itacoatiarense, como a lenda da loura que aparecia na estrada, do curupira que apareceu nas matas da Mil madeireira, da alma penitente, da cobra grande da matriz entre outras. 


Para acessar o livro, clique nos links a baixo


PARTICIPE DO LANÇAMENTO DO LIVRO MITOS E LENDAS DE ITACOATIARA DO ESCRITOR FRANK CHAVES

 


O livro Mitos e Lendas de Itacoatiara, apresenta estórias do  imaginário itacoatiarense, como a lenda da loura que aparecia na estrada, do curupira que apareceu nas matas da Mil madeireira, da alma penitente, da cobra grande da matriz entre outras, meticulosamente selecionadas e descritas pelo historiador Frank Chaves

O lançamento do Livro ocorrerá às 18:30h no salão de Exposições da Academia Itacoatiarense de Letras, no dia 31 de dezembro de 2021. Localizada na Rua Rui Barbosa, 419 -Centro.


                              Para ler e acessar o livro grátis em formato digital, clique nos links a baixo








Destilaria de óleos essenciais e aromáticos inaugura em Itacoatiara (AM), gerando negócios de forma sustentável

 

Confiantes em uma possível mudança de paradigma, o agrônomo radicado em Itacoatiara, Sergio Souza, e o pesquisador paulista, Eduardo Mattoso, uniram esforços para recuperar a produção de óleo essencial de pau-rosa no País, de forma sustentável e legal. Em 2013, deram início ao plantio em uma área nas proximidades de Itacoatiara. Atualmente, o plantio tem aproximadamente 25 mil árvores, com idade entre um e oito anos, distribuídas em 17 hectares.

A produção de óleo essencial de pau-rosa no Estado do Amazonas teve seu auge em meados do séc. XX, quando dezenas de destilarias foram espalhadas nas regiões de Silves, São Sebastião do Uatumã, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo e por todo o rio Madeira. A exploração intensa e descontrolada da espécie causou sua inclusão na lista de espécies em perigo de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no início dos anos 90, e da Convenção Internacional sobre Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção (CITES), em 2009.

Uma iniciativa que está sendo desenvolvida no coração da Amazônia, próximo ao município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus, pode ser um novo caminho para incentivar a produção de pau-rosa no Brasil, uma planta nativa presente na lista de espécies ameaçadas de extinção.

É a usina de extração de óleos essenciais da Kaapi Fragrâncias que, depois de oito anos cultivando e pesquisando pau-rosa na região, iniciará sua operação, a partir da procriam semana, no dia 24 de novembro, com a previsão de processar até 300 toneladas de material vegetal por ano, podendo aumentar essa capacidade em até cinco vezes conforme a oferta de material originário das comunidades parceiras.

Localizada na Fazenda Simpatia, no quilômetro 235,5 da estrada AM-010, a aproximadamente 40 minutos de Itacoatiara, a usina é uma esperança de incentivo à produção local, além da geração de renda e emprego. A Kaapi, inicialmente, fará a extração de óleos essenciais de pau-rosa, louro rosa, capim santo e priprioca. Tudo rigorosamente feito a partir de um sistema de manejo sustentável, que respeita a floresta e a conservação ambiental.

 Aproximadamente R$ 4 milhões foram investidos na construção da usina, que possui três mil metros quadrados, além de R$ 2 milhões no plantio, em uma área de 17 hectares.

 “Um dos principais destaques dessa destilaria é a extração do óleo essencial de pau-rosa a partir de galhos e folhas. Trata-se de um modelo de negócio sustentável que pretende ser um modelo inspirador para outros empreendedores na região.”, afirma Eduardo Mattoso, um dos idealizadores do projeto e responsável pela Kaapi.



É esse modelo de extração do óleo de pau-rosa, feito de forma sustentável, respeitando a floresta e sem degradação, que está sendo desenvolvido na destilaria da Kaapi Fragrâncias, que será inaugurada nesta quarta-feira, dia 24 de novembro. Após mais de oito anos de pesquisas e adaptações para a região, a destilaria apresenta uma proposta viável no coração da floresta amazônica, apta a ser replicada por pequenos produtores.

“O apoio do Idam é fundamental para alcançarmos um número significativo de pequenos produtores e orientá-los corretamente quanto ao manejo adequado, tanto do pau-rosa como das demais espécies aromáticas que compõe o projeto. É um planejamento a médio e longo prazo. Portanto, aqueles que se interessam em aprender a cultivar plantas aromáticas em um modelo de agricultura sustentável e ter garantia de venda da sua produção, podem conversar conosco”, declara Eduardo.

 

Sobre a Kaapi

Com sede em Campinas (SP), a Kaapi Fragrâncias desenvolve uma série de produtos e serviços de excelência em diversos mercados como perfumaria fina, cosméticos, fragrâncias para ambientes, produtos para pets, saneantes e outros.

A paixão pelo Brasil, o respeito pelas pessoas e pela natureza são os valores fundamentais que guiam as ações da Kaapi na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Inicialmente, a empresa fará a produção dos óleos essenciais de pau-rosa, louro rosa, capim santo e priprioca. Tudo rigorosamente feito a partir de manejo sustentável, que respeita a floresta e a conservação ambiental.

Estamos implantando um modelo que respeita o meio ambiente e as peculiaridades da região amazônica. Queremos incentivar produtores locais a conhecerem o projeto e fornecerem material vegetal para a usina. Além de gerar renda de forma sustentável, a iniciativa trará outras oportunidades de uso da terra, além daquelas tradicionais na região, como a criação de gado e o cultivo da mandioca.”, comentou o pesquisador, idealizador do projeto e responsável pela Kaapi, Eduardo Mattoso.


NO DIA DOS SÍMBOLOS NACIONAIS, APROVEITE PARA CONHECER OS SÍMBOLOS DE ITACOATIARA

Os símbolos nacionais brasileiros foram estabelecidos e são regulamentados através da Lei nº 5.700, de 1 de setembro de 1971. Esta lei ainda determina todas as especificações que ajudam a padronizar os símbolos nacionais, como dimensões, padrões, cores, representações e etc.



A bandeira e o brasão de Itacoatiara, foram oficializados pela Lei nº 14 de 18 de maio de 1982. de autoria do ex-vereador Getúlio Borsa Lima e a arte de Antonildes Mendonça, na administração do ex-prefeito Chibly Abrahim. O hino foi criado em 1945, pela Madre Rita de Cássia Dias, professora de artes da antiga escola N. Sra. do Rosário de Fátima, que era dirigido pelas irmãs Dorotéia de Itacoatiara. A partitura musical foi feita em 1997, pelo Maestro Geraldo Dias da Rocha Junior, bacharel em musica pela Universidade da Paraíba, que para execução em flauta. No período em que coordenou a banda municipal de Itacoatiara.


Patrimônio histórico de Itacoatiara - Casa da família Auzier Ramos

fachada de prédio histórico abandonada
Casa da família Auzier Ramos - Patrimônio histórico
de Itacoatiara - foto: Frank Chaves 2021

A edificação construída na década de 20 em estilo neoclássico. Pertenceu ao português Oscar Ramos e a Aurélia Auzier, entre outros proprietários, atualmente pertence ao empresário Mamon, proprietário do centro comercial Itacoatiara Moll, onde funciona a loja Americanas e Banco Santander, entre outros empreendimentos comerciais. Em 2015, a edificação, sofreu intervenção arquitetônica que descaracterizou a originalidade da edificação, sobrando a pequena fachada do pavimento térreo em seu formato original. Este bem cultural arquitetônico, fica localizado na Avenida Parque, no elegante centro da cidade de Itacoatiara e foi tombado pelo Decreto Municipal nº 269, de 28 de setembro de 2016.

Biblioteca Pública de Itacoatiara Manuel Anísio Jobim

                               Salão de eventos da Casa da Cultura de Itacoatiara - foto: Frank Chaves 2017

Biblioteca Pública Manuel Anísio Jobim - foto: Frank Chaves 2017

Sala do acervo e de leitura da Biblioteca Manuel Anísio Jobim - foto: Frank Chaves 2017

A primeira biblioteca publica de Itacoatiara funcionou na sede da Prefeitura, na década de 20 do século passado, o ex-prefeito Isaac Peres foi um dos últimos prefeitos a mantê-la, partir do acervo do Sr. Abdias Paiva. Mas que lamentavelmente na sequência não tivemos a sorte de termos administradores letrados para conservar o acervo, que foi desfeito com o passar dos anos. 

Nessa época administrava o município o prefeito Jurandir Pereira da Costa, no governo militar do presidente General Emílio Garrastazu Médici, período em que presidia o Conselho Federal de Cultura o pesquisador e historiador Arthur Cesar Ferreira Reis, que fazia parte do Governo Federal/MEC, que era pesquisador e escritor, nessa época foi construída a Biblioteca Pública Municipal Anísio Jobim, que funciona desde a década de 70 na Casa da Cultura, localizada na Rua Isaac Peres, esquina com a rua Rui Barbosa - Centro. Na edificação construída tipicamente de madeira, porém com traços arquitetônicos do período modernista da lavra do arquiteto Severiano Mario Porto. Importante lembrar que na época, foi construída também no mesmo modelo arquitetônico, uma outra Casa da Cultura com biblioteca em Manacapuru, cujas instalações abrigam além a biblioteca pública, um salão de eventos, para realização de palestras, conferências e apresentações culturais. Na Casa de Cultura de Itacoatiara, funcionou o primeiro curso universitário de pedagogia da antiga UA, na década de 90, implementado pela Universidade Federal do Amazonas. A biblioteca Municipal Anísio Jobim, tem esse nome em homenagem ao escritor e juiz, que fez um livro versando sobre alguns dos principais municípios do Amazonas, pois além de juiz era exímio pesquisador. Fez livros versando sobre as histórias dos municípios: Itacoatiara, Manacapuru, Tefé, entre outros. Para nosso município fez a obra: ITACOATIARA, estudo social, político e geográfico, que faz uma belíssima abordagem detalhada sobre esses importantes aspectos do município. A nossa biblioteca pública Anísio Jobim, está registrada no Sistema Nacional de Bibliotecas, com n° SNIIC: ES-3645. Na nossa, tem uma cópia do interessante livro de Jobim, entre outras mais de 8 mil obras diversas, que servem de suporte para a rede escolar, universitários e pesquisadores. Além da biblioteca pública da Casa da Cultura, tem a biblioteca comunitária da Associação D. Jorge Marskell, na 7 de setembro que atende no horário comercial o mesmo perfil de público. E mais recentemente em 2020, foi inaugurada a biblioteca pública Oscar Ramos, que está instalada, no prédio da Estação Cidadania e Cultura Oscar Ramos - ECCOAR, localizada no bairro de São Francisco, ao lado do TRE, próximo ao posto de saúde do Mutirão. Essa biblioteca pelo pouco acervo disponível na época de sua inauguração, quando estava subsecretário de cultura e coordenador da ECCOAR, montei com parte do acervo excedente da biblioteca Anísio Jobim, somados a campanha de doação que fiz na comunidade, para adquirir livros, para compor o acervo, que inclusive possui livros em braille para deficientes visuais, mas que está sendo pouco utilizada. Também montei a biblioteca comunitária da Galeria de Artes Terezinha Peixoto em 2006, que funcionou no antigo prédio da Galeria, onde inclusive fundamos a Academia Itacoatiarense de Letras. Hoje esse acervo encontra na sede da Academia Itacoatiarense de Letras, onde parte do acervo doei para a AIL e parte continua a disposição da comunidade nesta edificação, localizada na rua Rui Barbosa, 419 - Centro. No município maior parte das escolas públicas estaduais, possuem bibliotecas para atender seu alunado, assim como a UFAM, que possui na biblioteca Moyses Israel, um notável acervo que atende a sua classe universitária. A UEA também tem um acervo menor, assim como o IFAM também possui biblioteca, para atender seus alunos. A escola Municipal Jamel Amed, também tem um pequeno acervo, mas nota-se a deficiência de acervo bibliográfico na maioria das escolas municipais. Na zona rural inclusive, é praticamente ausente a biblioteca, com exceção das escolas situadas nas vilas maiores e mais populosas como: Novo Remanso, Lindóia e Batista, levando em consideração que o município tem mais de 112 escolas espalhadas na zona rural. Cuja deficiência nesse quesito é basicamente suprida com o auxílio do livro didático, que apesar de ser limitado a grade curricular nacional, atende com eficiência a todas escolas da rede pública de ensino do município.



Frank Chaves

Historiador Abrahim Baze recebe título de cidadão itacoatiarense!


No dia 25 de junho a Câmara Municipal de Itacoatiara, outorgou ao historiador Abrahim Baze, o título de cidadão itacoatiarense! O historiador tem uma ligação significativa com a história de Itacoatiara, pois há muitos anos vem acompanhando e cobrindo eventos e documentários sobre os aspectos históricos e culturais da cidade. Participou e cobriu o evento de fundação da Academia Itacoatiarense de Letras em 2009, lançamento do livro do poeta e escritor Francisco Calheiros, da escritora Ester Araújo, do poeta Rafael Neves, do escritor Francisco Calheiros, do escritor Floriano Ferreira, do escritor Guilherme Fernandes, entre outros. E sempre manteve relações estreitas com a Academia Itacoatiarense de Letras e alguns de seus membros fundadores. E agora recebe justa homenagem pela Câmara de Itacoatiara, também pelos serviços relevantes prestados à comunidade Itacoatiarense e em contexto mais amplo, pela cultura amazonense. É membro da Academia Amazonense de Letras entre outras instituições culturais de relevo e é autor de várias obras e documentários, que retratam importante fatos históricos de nossa região e personalidades de grande relevo da memória coletiva. Destacando a pesquisa sobre o Barão de Serpa e Puraquequara, o português Manuel Martins Vidal, que foi proprietário de terras na então Vila de Serpa. E figura na lista de testemunhas da Ata da Fundação da Vila de Serpa no século XVIII. Abrahim Base, também escreveu sobre as escravidão no Amazonas e o papel da maçonaria nesse contexto. Atua também no campo da museologia, onde montou o Museu da TV Amazonas, que também o coordena e matem no espaço, notável acervo de equipamentos e mobiliário antigo, da época da Fundação da TV pioneira de nosso estado, que tem filial em Itacoatiara, cuja história, também foi transformado em um livro muito bem feito, que conta a história da Rede Amazônica, com fotos e documentos, dentre os quais, figura a TV Itacoatiara, que fica próxima do prédio da Câmara Municipal de Itacoatiara. Por esses motivos entre tantos outros, reconhecemos categoricamente, o merecido título de cidadão Itacoatiarense, concedido ao grande jornalista, escritor e historiador Abrahim Baze, que tanto tem dedicado sua vida, ao resgate da história, da memória e da valorização da cultura amazonense e em especial, a história e a cultura Itacoatiarense.

AS ITACOATIARAS - Filme documentário retrata as itacoatiaras do Amazonas e do Rio de Janeiro


Distantes a quase três mil km em linha reta e a mais de quatro mil km em uma possível condução por terra, elas carregam o mesmo nome, Itacoatiara, e ainda mais semelhanças do que se possa imaginar: elos de ancestralidade indígena e social. Cientes disso, o cineasta amazonense Sérgio Andrade e a artista visual carioca Patrícia Gouvêa resolveram ‘desbravar’ as localidades homônimas – uma no Amazonas e outra em Niterói, Rio de Janeiro – dando origem ao filme “Itacoatiaras”. As gravações da obra iniciaram em janeiro e têm previsão de encerramento entre agosto e setembro deste ano.

Após finalizarem as filmagens no bairro/praia de Itacoatiara (Niterói/RJ), em outros pontos da cidade (Itaipu, Camboinhas, Centro) e nos arredores de Maricá – em uma aldeia do povo Guarani – a equipe dá início ao registro da Itacoatiara amazonense e dos seus arredores (rios Amazonas e Urubu e regiões rurais do município).

O projeto de documentário experimental envolve diversas entrevistas, tanto com nomes desconhecidos quanto populares, como do escritor Rafael Freitas da Silva, autor do livro “O Rio antes do Rio”, e da ativista, historiadora e intelectual indígena Márcia Mura. “Fomos em busca dos primórdios de nossa história, no Amazonas e no Rio de Janeiro, seguindo a trajetória de duas localidades homônimas e seus polos comunitários, surgidos a partir dos deslocamentos Tupi e Guarani”, detalha Andrade, que divide a direção e o roteiro de “Itacoatiaras” com Patrícia.

O amazonense Sérgio Andrade e a carioca Patrícia Gouvêa uniram forças nesta jornada (Foto: Divulgação)

Ponto de Partida

O projeto para o documentário surgiu de uma conversa entre Andrade e Patrícia, que se conheceram em 2017, durante uma residência artística no Amazonas, o LabVerde. Natural do Rio de Janeiro, Patrícia possui família na Itacoatiara fluminense e sempre expressou curiosidade pelos dois locais homônimos, o que despertou o interesse em firmar a primeira parceria com o cineasta amazonense e, consequentemente, iniciar o seu primeiro trabalho na área do cinema stricto senso, visando um circuito de festivais e salas de cinema.

De acordo com a artista visual, fotógrafa e pesquisadora – que coordenou a pesquisa do filme e trabalhou em conjunto com a antropóloga Julia Franceschini – a Itacoatiara de Niterói (RJ) é seu santuário desde os dois anos de idade. “Estou a vida inteira olhando para este lugar e sentindo toda a energia especial daqui desde então. Eu já viajei por quase o Brasil inteiro e muitos lugares do mundo e posso afirmar que é um local raro e único. Quando conheci o Sérgio, em 2017, e ele falou da Itacoatiara do Amazonas, eu comecei a pensar em como dois lugares distantes milhares de km podiam ter a mesma toponímia. Daí começou a nascer este projeto, de uma indagação e uma pergunta”, pontua.

Patrícia comenta que a grande novidade de “Itacoatiaras” é falar sobre os apagamentos da história que liga os dois lugares. “Fizemos uma grande pesquisa e foi muito surpreendente até para mim, que sempre estive na Itacoatiara de Niterói, descobrir como este pequeno bairro se insere num contexto maior da história dos povos indígenas do Brasil. Este trabalho é sobre os elos da ancestralidade indígena que ligam as duas Itacoás e sobre o que herdamos dos povos originários brasileiros, mesmo que o projeto de País tenha os dizimado e tentado silenciar”, especifica.

O filme – que conta com apoio da Lei Aldir Blanc para sua execução, após ser contemplado pelos editais culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas e da Secretaria Especial da Cultura do Rio de Janeiro – ainda não tem previsão de lançamento ‘comercial’, mas terá seu primeiro corte completo até dezembro deste ano, em cumprimento aos entes realizadores dos editais.

Ficha Técnica

Direção e Roteiro: Patricia Gouvêa e Sérgio Andrade
Assistente de Direção: Lucas H. Rossi dos Santos
Pesquisa: Julia Franceschini, Patricia Gouvêa e Frank Chaves
Consultoria: Márcia Mura
Desenhos e Pinturas: Sérgio Andrade
Direção de Produção: Lucas H. Rossi dos Santos
Montagem: Lucas H. Rossi dos Santos
Produção Executiva: Henrique Amud e Cris Ferreira
Direção de Fotografia: Valentina Ricardo (AM) e Andrea Capella (RJ)
Assistente de Fotografia: Robert Coelho (AM) e Marina Carneiro (RJ)
Fotografia de Drone: Yago D'Ávila (RJ)
Som Direto: Heverson Batista (Batata) (AM) e Dudu Falcão (RJ)
Platô: Matheus de Andrade Cordeiro (AM) e Fábio Ottoni (RJ)
Assistente de Produção: Hernane Marques de Soza (AM) e Nikolas Lamprecht (RJ)
Produção de Base: Mateus Chernicharo (RJ)
Motoristas: Rogério Carvalho (AM) e Nelio de Assis (RJ)
Apoio: Museu da Amazônia (Musa), Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), Pousada Itacoatiara Inn, Regine's Hotel, 602 Filmes


Fonte: Jornal Acritica

Prefeito Mario Abrahim visita as instalações da empresa Mil Madeiras Preciosas



Nesta quarta-feira 19/05 o prefeito de Itacoatiara Mário Abrahim, esteve visitando o parque industrial da empresa Mil Madeiras Preciosas, com sua staff e os vereadores Ney Nobre e Neguinho da Z-13 e foram recebidos pelo Diretor Geral da empresa João Cruz. A empresa fica localizada no município de Itacoatiara e é modelo na questão da preservação do Meio Ambiente, sendo a única da região a possuir o selo verde

"Todos ficamos surpresos e entusiasmados com a dimensão do parque tecnológico, por sua política em respeito ao meio ambiente, bem como, com a sua capacidade de produção e geração de emprego, sendo mais de 850 empregos diretos e outros 1000 indiretamente, o que muito tem contribuído para o sustento de muitos pais de família, bem como, no desenvolvimento do nosso município, sem esquecer do fornecimento de energia, que nos é fornecido, através da BK Energia, evitando o consumo de milhões de litros de óleo diesel que se utilizaria em Termoelétrica.
Por tudo isso, é que parabenizamos a Indústria Mil Madeiras e todos os seus diretores e colaboradores, parceira do município, que para nós é razão de orgulho termos uma empresa com esta referência e importância valorosa, em nossa Itacoatiara". declarou o prefeito Mário Abrahim.

A eterna Miss Amazonas e Miss Brasil Terezinha Morango, que se classificou em segundo lugar do Miss Universo de 1957, faleceu neste dia 13 de março de 2021 no Rio de Janeiro.

 



Faleceu aos 84 anos, vitima de infarto neste sábado hoje, 13, no Rio de Janeiro, onde residia há mais de 60 anos,, nossa eterna Miss, Terezinha Gonçalves Morango Pittigliani.

Natural de São Paulo de Olivença, interior do Amazonas, Terezinha veio ainda jovem para Manaus, onde fez fama e encantou a todos com sua exuberante beleza.
Foi Miss Rio Negro, Miss Amazonas, Miss Brasil e 2º lugar no Miss Universo em 1957.
Foi a primeira nortista a alcançar o posto de mulher mais bonita do país.

Em nota o Rio Negro Clube publicou o texto e a frase: 
"A beleza que encantou, agora descansa!" Nosso clube se despede do sorriso mais lindo, que agora ficará para sempre em nossa memória.

#RioNegro

Lançado o Edital Público do Processo Seletivo da SEMED/Itacoatiara



 Inscrições a partir de 19/02/2021.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMED EDITAL 001/2021, PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PROFESSORES. 

A PREFEITURA DE ITACOATIARA, no Estado do Amazonas, por intermédio de seu Prefeito Municipal, no uso de suas atribuições legais e em cumprimento das normas previstas na Lei Municipal n. 217, de 22 de fevereiro de 2013, considerando a necessidade inadiável de excepcional interesse público de contratação de professores com habilitação em Pedagogia, Graduação Normal Superior, Licenciatura Plena, para atuarem na Rede Municipal de Ensino, das escolas Campo e Urbana, tanto na qualidade de titular de turma ou como substitutos dos servidores estatutários, no que tange professores licenciados, sejam licenças prêmio, gestante, afastamento particular ou para tratamento de saúde, com graduação em nível superior, resolve estabelecer e divulgar as normas para a realização de Processo Seletivo Simplificado, visando cumprir os preceitos da Lei n. 9.394/1996, torna pública a abertura de inscrições e estabelece normas relativas à realização de PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO destinado a selecionar candidatos para serem contratados, em caráter temporário. 

1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 

1.1. O presente Processo Seletivo Simplificado, de acordo com a Legislação que trata da matéria, bem como por este Edital, seus anexos e eventuais retificações, caso existam, será executado pela SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO e destina-se a selecionar candidatos para a Administração Direta do Município de Itacoatiara, Estado do Amazonas. Amazonas, Quinta-feira, 18 De Fevereiro De 2021 - Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas - Ano: XII / Número: 2804 https://diariomunicipalaam.org.br 

1.2. Toda menção a horário neste Edital terá como referência o horário local. 

2. DOS CARGOS/FUNÇÕES, NÍVEIS, PRÉ-REQUISITOS, DESCRIÇÃO DO TRABALHO E REMUNERAÇÃO

2.1. Os Cargos, Número de Vagas, Localidade, Requisitos, Remuneração e Carga Horária Semanal, as atribuições e o cronograma do Processo Seletivo Simplificado serão os constantes dos anexos deste edital, quais sejam: I - Quadros de Cargos/Localidade/Vagas; II - Cronograma; 

3. DAS INSCRIÇÕES 

3.1. As inscrições para o Processo Seletivo Simplificado serão realizadas no endereço eletrônico da Secretaria Municipal de Educação, via formulário on-line, no período de 00h01min do dia 18 as 23h59min do dia 22 de fevereiro de 2021; 

3.2. Link para inscrição https://contato.bio/pss_semed2021 

3.4. Link para inscrição através de QR Code: 

3.4. O candidato deverá tomar conhecimento do disposto neste Edital e certificar-se de que preenche todos os requisitos exigidos. A inscrição do candidato implicará o seu conhecimento e a tácita aceitação das normas e condições estabelecidas neste Edital, das quais não poderá alegar desconhecimento. 

3.5. Não será cobrado nenhum tipo de taxa de inscrição. 

3.6. As vagas destinadas para a zona urbana, em caráter de composição de cadastro reserva. 

3.7. As vagas destinadas para zona rural, indicando a unidade escolar, localidade e carga horária, devendo o candidato fazer sua opção no momento da inscrição. 

3.8. Será permitida somente uma inscrição por candidato. 

3.9. O candidato deverá preencher o formulário de forma correta, anexar os documentos comprobatórios solicitados no ato da inscrição, em PDF, sob pena de indeferimento da inscrição caso seja preenchido incorretamente. 

3.10. Efetivada a inscrição, não serão aceitos pedidos de inclusão de documentos ou qualquer alteração inerente à inscrição. 

3.11. No ato da convocação e contratação, todas as cópias dos documentos serão conferidas com a apresentação dos documentos originais. 

3.12. As informações prestadas na Ficha de Inscrição serão de inteira responsabilidade do candidato, dispondo a Comissão Organizadora do direito de excluí-lo do Processo Seletivo Simplificado se o preenchimento for feito com dados incorretos, bem como se constatado, posteriormente, serem inverídicas as referidas informações. 

3.13. As vagas abertas para este processo estão dispostas no ANEXO I deste Edital. 

4. DOS DOCUMENTOS 

4.1. No ato da inscrição, o candidato deverá anexar aos demais documentos, em PDF, dos seguintes documentos: 
a) Documentos pessoais - Identidade, CPF e comprovante de residência/Declaração de residência emitida pelo representante de comunidade; 
b) Comprovante de escolaridade (Diploma e Histórico); 
c) Comprovação de títulos (especialização, mestrado, doutorado), se houver; 
d) Declaração de tempo de serviço com experiência no cargo, conforme inscrição efetuada: 

4.2. Os documentos apresentados para fins de comprovação de experiência profissional deverão conter a data de início e de término do trabalho realizado e devidamente assinado pelo setor de Pessoal da Instituição. 

4.3. Será eliminado do Processo Seletivo o candidato que deixar de comprovar qualquer um dos requisitos básicos exigidos para cada cargo.

Acesse o Diário Oficial completo aqui

Na página 61



CANÇÃO DO EXÍLIO A ITACOATIARA

                   

CANÇÃO DO EXÍLIO A ITACOATIARA

 Por Frank Chaves



Minha terra tem oitizeiros
onde canta o bem-te-vi,
minha terra é banhada pelo
Rio Amazonas da Colônia ao Jauari.

A natureza aqui abunda,
desde o centro ao Iraci;
alcança os demais bairros da cidade
das Pedreiras ao Canaçari

Nosso céu sempre estrelado
nossas várzeas sempre a produzir
a farinha e os nossos alimentos
para nosso corpo nutrir.

Nossos jardins sempre floridos
que admiração nos dá;
bosque mais bonito no mundo
como o da Avenida não há

Minha terra tem oitizeiros
onde canta o bem-te-vi
túnel verde belo como esse
em lugar algum eu vi

Sob o manto escuro da noite
Avenida Parque iluminada está
abrigando os seus transeuntes
a qualquer hora do dia ou da noite
cada momento para se desfrutar

Dessa magnifica obra humana
que põe todos a admirar
serve de abrigo para as andorinhas
e a outros pássaros do lugar

Abriga várias espécies de vida
inclusive o sabiá,
que junto com o nosso bem-te-vi
vivem alegres a cantar

Animando a vida dos transeuntes
que dela estão a se utilizar
com sua sombra e o belo clima
que muito conforto nos dá

Minha terra tem primores
que não encontro em qualquer lugar
só encontro em Itacoatiara,
minha cidade meu lugar

Vereador manauara Amom Mandel, propõe criação da biblioteca pública virtual Francisco Calheiros

   
    
Pela PL apresentada a biblioteca receberá o nome do falecido poeta, cronista, prosista, professor e advogado amazonense Francisco Soares Calheiros, vítima da covid-19

O vereador de Manaus Amom Mandel (PODE) protocolou sua primeira Proposta de Lei na Câmara Municipal de Manaus. O projeto com o número 17/2021 estabelece a criação da Biblioteca Pública Virtual Municipal de Manaus.

Para criação do projeto, Amom considerou os esforços globais e o conteúdo definido na resolução 70/1 (A/RES/70/1) da Organização das Nações Unidas, a Agenda 2030, que trata dos principais objetivos para o desenvolvimento sustentável da sociedade e de medidas para a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões.

Pela proposta será disponibilizado no acervo obras digitalizadas de diferentes vertentes do conhecimento (sociais, humanas, biológicas, exatas), bem como de obras regionais.

“Esse é um momento importante para mim. Quero que seja a primeira de muitas propostas de lei bem fundamentadas e planejadas. Quero fazer, como sempre disse, a diferença pra melhor. A criação da biblioteca virtual é justamente uma iniciativa pela modernização dos serviços públicos, tema que carreguei na campanha, e um exemplo muito bom de como a tecnologia pode ser usada para beneficiar a vida de todos.”, afirmou Amom Mandel ao anunciar seu projeto de lei.

Sobre Francisco Calheiros

Itacoatiarense radicado em Manaus. Escritor, poeta, professor, advogado e membro da Academia Itacoatiarense de Letras, venceu o caso Isadora Thury, obrigando a União a pagar o remédio de 12 milhões à criança portadora de AME. Calheiros é autor dos livros: Provável Poesia (1997), Canções de novembro e algumas preces (2007) e Quadro Negro (2012).

Calheiros faleceu em 26 de novembro de 2020, por complicações decorrentes da Covid-19, após ficar dezesseis dias internado em um hospital de Manaus.


Fonte: 
Gabinete do Amom | Transparência do Vereador

Aliança Football Club de Itacoatiara (AM). Fundado no dia 13 de maio de 1915

 

O Aliança Football Club foi uma agremiação esportiva da cidade de Itacoatiara (AM). Foi Fundado no dia 13 de maio de 1915, por um grupo de rapazes da região. O campo da equipe Alvirrubra ficava localizado na Praça Marechal Deodoro.

Fonte: Revista Fon-Fon / Sérgio Mello.

Você sábia que o primeiro estádio de Itacoatiara era coberto?

 

A imagem mostra o lance de arquibancada coberta, para abrigar os torcedores do sol amazônico. Em primeiro plano apresenta o time Botafogo Football Club, no antigo estádio Eurico Gaspar Dutra, localizado na antiga Av. Torquato Tapajós, atual Avenida Parque, onde hoje estão implantados: a Escola Jamel, a SEFAZ, Receita Federal, e a Casa da Cultura.

No dia 1º de dezembro de 1913, membros da colônia portuguesa da cidade fundavam o Luso Brasileiro, que seria o primeiro grande rival do Sport Club. Entre seus fundadores estavam Osório Fonseca, Alfredo Ribeiro, Antonio Gomes e Pedro Botelho.
O futebol já estava consolidado no coração da sociedade itacoatiarense, incentivando que mais jovens dessem origem a outras equipes. E foi assim que um outro grupo de rapazes fundava, no dia 13 de maio de 1915, o Aliança Football Club. Suas cores eram o vermelho e branco e seu campo era na Praça Marechal Deodoro.
Já em 1916,um outro grupo de portugueses fundava o Grêmio Sportivo Português, que costumava realizar seus treinos e jogos na praça 5 de outubro. Em 1917 surgia o Ypiranga Football Club, cujas cores eram o azul e branco.
Devido ao grande interesse que a população local já tinha pelo futebol,era fundada, em junho de 1918, a Liga Desportiva Itacoatiarense, que realizou naquele ano o primeiro campeonato de futebol do município, com a participação de 4 clubes: Sport Club, Aliança,Ypiranga e Grêmio Português. Em 21 de abril de 1924, surgia um dos principais times de Itacoatiara: o Botafogo Football Club.

Contribuição: Sérgio Mello.

OS BANDOLEIROS DA FLORESTA - REBELIÃO E CONFLITO ARMADO NO BAIXO AMAZONAS (1920 - 1921)


Foi no final do ano de 1920,que estourou no Estado do Amazonas uma das maiores rebeliões que houve no Norte do Brasil no século XX, que foi esquecida pelo tempo e se estendeu até o início de 1921.
Surgia na região do Baixo Amazonas, na área compreendida entre os municípios de Barreirinha, Parintins e Maués, um poderoso grupo de salteadores que, fortemente armados, bem organizados e com líderes, dominaram grande parte dos três municípios em questão, desafiando as autoridades e provocando a fuga em massa dos moradores locais.

O INÍCIO E ORGANIZAÇÃO DO BANDO
A origem desse grupo armado foi motivada pela queda do preço da borracha, que gerou crise no Estado, afetando economicamente aquela área, que dependia daquele valioso produto, que se agravou mais ainda devido a crise de gêneros alimentícios. Sem perspectivas de sobrevivência e com a miséria assolando os três municípios, muitos optaram pelo caminho da marginalidade, se reunindo e dando origem ao famigerado grupo bandoleiro.
Já abastecidos com munições e armas (espingardas, terçados e cacetes) e com suas estratégias traçadas, o bando rebelde iniciou suas ações com cerca de 200 seguidores. Mas, conforme foram intensificando suas incursões, cada vez tinham mais adesões chegando a ter mais de 800 membros ativos. Seu principal líder foi o piauiense JOSÉ VAQUEIRO, mas haviam outros líderes chefiando outros subgrupos( entre eles um conhecido como "Barrinha").Sua base de operações ficava no Rio Andirá e na localidade do Paraná do Ramos, na zona rural do município de Barreirinha. Possuíam também centenas de canoas utilizadas para os ataques.
A maioria desses bandoleiros era formado por ex-seringueiros, ex-jagunços de seringalistas e foragidos da justiça
Tinham uma marca de identificação em sua vestimenta: todos usavam um chapéu de palha de abas largas, tendo do lado do chapéu uma cruz azul pregada.
Suas ações eram violentas e sanguinárias pois invadiram vários seringais, comunidades e vilas(entre eles Massauarí, Pedras, Ariaú, Paraná do Ararí, etc), saqueando o comércio, incendiando casas e matando moradores, além de espancar os principais comerciantes. Também atacavam embarcações que navegassem pelos rios das zonas dominadas por eles, roubando toda sua carga(entre um dos atacados estava o vapor
"Cruzeiro do Sul", que vinha de Maués).
Os bandoleiros tinham como alvo e vítimas preferidas os comerciantes judeus daquela região, onde realizaram uma feroz perseguição aos hebraicos, pois nutriam por eles grande ódio. Sendo assim invadiram, saquearam e tocaram fogo em várias das propriedades e comércios dos judeus, entre eles os que pertenciam à Rafael Assayag, Jacó Cohen, Isaac Benjó, Davi Benzaquen, etc. e também os agrediram severamente.

A INVASÃO DA VILA DE BARREIRINHA
Porém a maior e mais ousada ação do grupo bandoleiro foi o cerco e invasão da Vila de Barreirinha, em 30 de dezembro de 1920.Fortemente armados, cerca de150 homens atacaram o local de surpresa, depredando-o, saqueando os comércios, agredindo as pessoas e matando 9 moradores. Os bandoleiros trocaram tiros com a pequena guarnição policial da Vila e levaram todas as mercadorias das casas comerciais, embarcando em suas canoas e se dirigindo para seu esconderijo.
Após essa ação e com o aumento de seguidores em suas fileiras, os bandoleiros do Baixo Amazonas eram agora senhores absolutos de grande parte da zona rural dos três municípios, desafiando as autoridades constituídas.

AS NOTÍCIAS CHEGAM À CAPITAL E A AMEAÇA DA INVASÃO DE PARINTINS
Apavorados, moradores, autoridades e comerciantes de Parintins, Barreirinha e Maués pediam providências dos governos estadual e federal.
Porém os rebelados se preparavam agora para a sua maior e mais audaciosa empreitada: invadir a cidade de Parintins. Ao saberem disso, a população da cidade, em pânico, fugiu em peso embarcando em lanchas e batelões com destino à Itacoatiara(Amazonas) e Óbidos (Pará ),ficando a cidade praticamente deserta. Os poucos que ficaram, civis voluntários e policiais, cavaram trincheiras e se armaram esperando o ataque dos terríveis visitantes, cujo delegado policial de Parintins organizou a defesa.
Ao saber da intenção dos bandoleiros de também invadir a Vila de Maués, o prefeito e comerciantes do município fugiram para Manaus onde pediram providências.
Comerciantes e população de Itacoatiara e de Urucurituba também estavam temerosos pois se dizia que a horda pretendia estender seus tentáculos até seus municípios(que ficava próximo à zona conflagrada).
Já em Manaus todos os jornais noticiavam a convulsão que se passava naquela região e era o assunto principal em todas rodas de conversas da capital do Estado. Jornais de Belém, São Paulo e da capital do país, o Rio de janeiro, também noticiavam a situação de conflito que se encontrava aquela área do interior do Amazonas.
O ENVIO DE UMA FORÇA ESTADUAL PARA A ZONA DE CONFLITO
Em Manaus o governador do Estado, César do Rêgo Monteiro, sabedor do grave episódio do levante no Baixo Amazonas e pressionado, se reúne no Palácio Rio Negro com o chefe de polícia e autoridades militares para dar um basta naquela situação. Sendo assim convocaram uma força estadual, composta por soldados da Polícia, para combater o famigerado bando sublevado, que agora tinha expandido mais os seus domínios e aumentado o número de adeptos. A força policial, fortemente armada e comandada pelos tenentes Manoel Corrêa e Salustiano Pereira, embarcava no navio de guerra "Cidade de Manáos" saindo do porto de Manaus com destino à zona de guerra, visando pacificar o local e dar um fim nos insurgentes.

O COMBATE NO LAGO MERUXINGA
No dia seguinte o "Cidade de Manáos" aporta em Parintins, onde os policiais receberam informações de onde estavam as colunas dos rebeldes. Partiram então eles em sua missão, entrando na zona dominada pelos bandoleiros.
No dia 13 de janeiro de 1921,navegando pelo rio, os policiais localizaram e interceptaram uma canoa que continha três homens armados que foram rendidos. Trazidos à bordo e presos, se descobriu que eram emissários dos bandoleiros que iam até Parintins dar um ultimato final ao prefeito do município, Dr. Furtado Belém, para que ele entregasse certa quantia de dinheiro, caso negasse teria a cidade invadida naquele dia.
O navio de guerra continuou seu trajeto e, à tarde, localizou cerca de 300 homens armados, na margem do Lago Meruxinga. Eram os rebeldes que estavam comandados por José Vaqueiro e esperavam uma outra corrente do bando(que já estava a caminho) que se juntaria a eles para, com sua força total, invadir Parintins naquele momento.
Romperam então as hostilidades. Do navio partia cerrada fuzilaria vinda de rifles, canhões e metralhadoras, enquanto da beira dos barrancos os rebeldes respondiam com tiros de seus rifles. O conflito durou uma hora, até que os insurgentes, derrotados, se refugiaram pela mata adentro, desaparecendo.
Os policiais então desceram em terra e aprenderam armas, canoas, munições e vários dos rebeldes(que se entregaram).O saldo final da luta foi de 2 policiais feridos,3 bandoleiros mortos e uma mocinha morta(que era mantida refém).
Com essa primeira e importante vitória sobre a principal coluna de combate e resistência do bando amotinado(cuja derrota acabou desorganizando as demais facções rebeldes), a força policial continuava seu trajeto no navio, agora rumo à Barreirinha e Maués para combater outros subgrupos que ali estavam na ativa.

PRISÃO DE UM SERINGALISTA E O ENVIO DE UMA FORÇA FEDERAL
Contudo no meio do caminho, o navio de guerra aportou na propriedade do seringalista Inácio Pessoa Neto, que era acusado de apoiar os rebeldes, usar seu terreno para reunião deles e receber dos mesmos parte das mercadorias roubadas. Embora negasse sua participação, o seringalista foi também preso e levado a bordo.
Na capital do Brasil, o Rio de Janeiro, o Ministério da Guerra enviava uma mensagem às autoridades em Manaus ordenando o envio de uma força Federal para a zona de convulsão.
Sendo assim, soldados do exército, pertencentes ao 27 Batalhão de Caçadores, embarcaram no vapor São Salvador com destino à Parintins e comandados pelo tenente José Valente do Couto. Muitas pessoas estiveram no porto de Manaus no embarque dos militares.
Ao chegarem em Parintins, os soldados ficaram guarnecendo a cidade e realizaram batidas nas imediações, se distribuindo pelos locais ameaçados e prendendo vários outros rebeldes.

DERROTA DOS REBELDES E PACIFICAÇÃO
O "Cidade de Manáos "continuou sua jornada, com os policiais combatendo e desmantelando outros subgrupos que operavam em Barreirinha e Maués, derrotando-os e os fazendo bater em retirada, onde a maioria dos rebelados se refugiou na área do rio Tapajós, no Pará.
Por volta do dia 20 de janeiro de 1921, a zona sublevada do Baixo Amazonas estava, enfim, pacificada e os insurgentes derrotados. As cadeias de Parintins, Barreirinha e Maués ficaram lotadas de participantes do grupo revoltoso, inclusive com a presença dos principais líderes (entre eles Manoel Araújo, que foi preso em uma aldeia indígena).
O comando da guarnição do 27 Batalhão de
Caçadores dispensou a remessa de um novo contingente, afirmando que não havia mais necessidade.
Os soldados do Exército e da Polícia, vitoriosos, voltavam à Manaus à bordo do vapor Paes de Carvalho e do navio de guerra "Cidade de Manáos" com a missão cumprida.
CONCLUSÃO
Terminado o conflito, aos poucos os moradores da área assolada voltavam às suas casas e retomavam sua rotina.
Porém os prejuízos tinham sido imensos ,com perdas de vidas humanas, lugares destruídos e comércio abandonado, o que agravou mais ainda a já precária situação econômica do lugar.
Muitos comerciantes (em especial os negociantes judeus que sofreram uma implacável perseguição e tiveram grandes prejuízos),jamais retornaram a aqueles locais, com medo de uma nova revolta.
Terminava assim a rebelião armada do Baixo Amazonas, um capítulo ainda obscuro da história amazonense que foi gerada pela decadência da exportação da borracha.
As fontes foram tiradas dos seguintes jornais: Jornal do Commercio(AM), Gazeta da Tarde(AM), Correio da Manhã(RJ), O Paiz(RJ),Correio Paulistano(SP).E dos livros "Sinopse Histórica do Município de Barreirinha" e "Eretz Amazônia -Os judeus na Amazônia".

A ilustração, de Lúcio Izel, mostra um integrante do grupo rebelde que assolou o Baixo Amazonas, com sua marca de identificação: o chapéu de palha com a cruz azul pregada do lado.


Por: Gaspar Vieira Neto

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