terça-feira, 5 de julho de 2016

Presidente da Câmara de Itacoatiara Dário Nunes, apresenta projeto de Lei reduzindo o salário dos vereadores do município para um salário mínimo.


A iniciativa foi do presidente da casa, vereador Dário Nunes, que apresentou no plenário da Câmara Municipal de Itacoatiara desta segunda-feira (05), o projeto de Lei que reduz o salário dos vereadores do município para R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais), equivalente a um salário mínimo por mês.

O projeto foi apresentado e ainda está em discussão, começa a ter validade apartir da próxima legislatura em 2017. No ato da apresentação do projeto obteve o apoio dos vereadores: José Augusto, Francisco Rosquildes e Arialdo. Praticamente a maioria dos vereadores da base de Mamoud não se manifestaram, todavia, o vereador Jânio Helder também já se pronunciou favorável ao projeto, ficando a decisão final para a próxima segunda (11), onde os demais vereadores irão se manifestar sobre o assunto.

Segundo o portal Jusbrasil, em 181 Países que fazem parte da ONU, o Brasil é o único país que paga salários aos seus vereadores. Até 1977, os vereadores recebiam um modesto valor, a título de ajuda de custo e não de salário. Em todos os outros países, o trabalho de vereador é voluntário atualmente, encarado pelos cidadãos como um dever público para com sua comunidade, sendo exercido sem qualquer custo para os cofres da municipalidade, não é um meio de vida e nem deve servir para cobrir as falhas dos serviços públicos, nitidamente apresentadas pelas deficientes administrações dos prefeitos, onde geralmente faltam remédio nos hospitais e outros tipos de apoio social, que são de responsabilidade do Poder Executivo suprir, e que na sua falta e ineficácia, acaba sobrando para o vereador, que não é sua obrigação legal de suprir e sim fiscalizar e cobrar do poder executivo, o regular funcionamento dos órgãos públicos, que deveriam atender com mais eficiência a população.

"Em um momento de crise como esse, devemos ter mais consciência. Pois esse dinheiro economizado, vai ser revertido na melhoria dos serviços públicos da educação, saúde, infra-estrutura e em outros setores da cidade que estão necessitando de mais investimento público.” “Não vejo isso como um problema, pois certamente os vereadores eleitos e os que pleiteiam uma vaga na câmara, trabalham com espírito público e por amor a nossa cidade”.

Certamente esse projeto de Lei, foi um dos mais polêmicos da atual legislatura, todavia, coloca o vereador em pé de igualdade a qualquer trabalhador, ao tempo em que serve de parâmetro para as demais câmaras do Estado do Amazonas. Também acende uma luz no fim do túnel, aguçando os olhares dos futuros pretendentes a função de vereador, para entenderem que justamente é uma função nobre, desprendida de vaidades e de intenções pessoais, é uma função pública voltada para os interesses da coletividade.



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