domingo, 16 de junho de 2013

Sorteio de Caprichoso e Garantido em Manaus gera polêmica e revolta em Parintins

sorteio
Uma decisão considerada pela maioria da população parintinense, como “unilateral”, envolvendo o secretário de cultura do estado Robério Braga e os presidentes do Caprichoso Márcia Baranda e do Garantido Telo Pinto, de realizar em Manaus dia 22 o sorteio da ordem de disputa entre os bumbás e não mais em Parintins. A decisão, gerou polêmica e revolta a população na Ilha de Tupinambarana.
A decisão é vista como mais uma ingerência na tradição da festa. Nas redes sociais, nas emissoras de rádios e nas ruas só se fala no “sorteio da Capital”. A funcionária da UEA Deyse Alcantara cobra posicionamento dos vereadores e do prefeito da cidade. “Não podemos opinar em nada, estão descaradamente roubando o que é nosso, e o mais incrível é que estamos vendo tudo e não fazemos nada”, critica.
Para a jornalista Emiliana Monteiro, a opinião geral é que seja feito em Parintins, como todos os anos, pois é um evento onde se deposita grande expectativa e as galeras acompanham, tanto na praça, quanto pelo rádio. “Fica a sugestão para os dirigentes dos bois, em tanta coisa já se voltou atrás nesse festival, mais essa não custa nada. Tem gente, infelizmente, que se preocupa mais com seu nome, com o poder, com o seu lado que com o festival, o boi e Parintins, o que acaba ferindo a imagem da festa. Falta consciência, sobra falta de compromisso”, avalia.
Apesar de morar em Manaus, o técnico de enfermagem Francisco Amaral Viana Amaral também condena a decisão e exige mais respeito. “Esses grupos que só vem botar banca pra cima do povo de Parintins, está na hora de acabar com isso tudo, quem manda em Parintins, é o povo parintinense, visitante tem mais é que respeitar o povo, e a sua cultura”, alerta.
O vereador Nelson Campos (PRTB) até agora foi o único parlamentar que, na Tribuna da Câmara mostrou indignação sobre a mudança do sorteio. "Vai se tirando o poder do parintinense de dominar a festa que ele transformou na principal representatividade do nosso estado”, disse.
Para o instrutor de informática Marcos Xavier está na hora de dos parintinenses abrirem os olho,  observar e refletir sobre o que vem acontecendo nos últimos anos. "É percebível que aos poucos estão tirando o festival de Parintins, há muitos interesses particulares e financeiros regendo nossa cultura e os presidentes dos bois estão pactuando com isso já que estão inertes”, diz.
A reportagem tentou ouvir os presidentes dos bumbás, mas eles se recusaram a se pronunciaram sobre o tema.

Hudson Lima - Blog da floresta

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