Quem nunca viu ou ouviu falar do último herói da Amazônia, um
pequeno garoto indígena aventureiro, chamado Curumim? A ilustração,
criada pelo jornalista e diretor do EM TEMPO Mário Adolfo e que fez
história nos jornais de Manaus, este ano completa 30 anos.
No currículo, o Curumim coleciona prêmios, participação na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e do Amazonas, além de boas memórias para professores e até leitores, entre eles um grupo de universitários que prepara um documentário sobre o personagem.
A primeira publicação do Curumim aconteceu em 1983, em um suplemento veiculado pelo jornal “A Crítica”, local onde Mário Adolfo trabalhava naquela época. O proprietário do periódico, Umberto Calderaro Filho, sentiu a necessidade de uma publicação infantil.
“Tive inspiração no meu filho mais velho, o Mário Adolfo Filho. Nesse período, ele tinha 2 anos de idade. Eu estava tentando criar a arte e, ao passar em frente ao local onde estava sentado, vi que ele tinha a aparência de um indiozinho: o cabelo liso, com uma franja, gordinho e barrigudinho. Nasceu, então, o Curumim”, relembra.
Mário Adolfo lembra que a primeira edição foi publicada no dia primeiro de maio e abordava o tema “ecologia”.
Segundo o comunicador, o indiozinho é um precursor das mensagens de
preservação do meio ambiente. “Naquela época nem se falava em
preservação do meio ambiente. Graças a este trabalho a criança pode ter
acesso a informações de conscientização sobre os recursos naturais”,
explica.
No final do mesmo ano o Curumim ganhou o seu primeiro amigo. Uma
tartaruga chamada Sarah Patel, que viria reforçar as campanhas sobre a
preservação da espécie. O terceiro personagem criado foi o Jacaretinga,
seguido da Murupi, esta última era a namoradinha do personagem
principal. Seu nome é uma menção a um tipo de pimenta forte.
Outro elemento que integra a turma é o Mr. Okey, um vilão estrangeiro que invade a Amazônia com o intuito de exportar os recursos naturais existentes na Região Norte. A lista de integrantes ainda é composta por Jara, em lembrança ao jaraqui; e Lourival, que é um jornalista que reside na floresta. O último personagem é baseado no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que é a Leiloca, uma minhoca que não tem onde morar, apesar de ser da terra.
Após uma temporada o indiozinho passou a ser visto, também aos domingos, no noticiário impresso do EM TEMPO, onde esteve presente até seis meses atrás. A pausa ocorreu após 30 anos de publicação semanal. O jornalista informa que o Curumim vai retornar, mas agora, em formato de gibi. “É um personagem que não pode parar. Também trabalho para lançar uma coletânea de todos os quadrinhos em um livro que deverá ter cerca de 200 páginas”, adianta.
Jornal Em tempo
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