Acidente trágico do Rio Urubu, vai completar 42 anos em 15 de novembro de 2018





Neste sábado (29/07), estive acompanhando acompanhando os amigos repórter Willian Costa e o cinegrafista Diego, do programa Portal Amazônia da TV Amazonas, na beira do Rio Urubu, onde em 14 de novembro de 1976, ocorreu o trágico acidente do ônibus da empresa Soltur, que vinha para Itacoatiara, trazendo passageiros para votar na eleição para prefeito e vereadores daquele ano. O prefeito era o Sr. Aurélio e no dia seguinte do acidente foi eleito o Sr. Chibly com o seu vice o médico Milton Amed. A equipe da TV Amazonas vai fazer um documentário, mostrando detalhes daquele trágico acidente, que chocou a história de Itacoatiara. A maioria dos passageiros morreram (39) e em Itacoatiara, só existe um dos (4) sobreviventes, o Sr. Dirceu, que está com 80 anos, que também deu seu importante depoimento, além dele, sobreviveu o motorista, a rodomoça e o jovem Alex Gomes. Naquele tempo, ainda não existiam as pontes do rio urubu e todos tinham que atravessar de balsa. Porém naquele dia fatídico, o ônibus frescão, vinha com todos os vidros trancados por conta do ar-condicionado, que era uma novidade pra época. E as 4 horas da manhã, por alguma falha humana ou mecânica, o ônibus não usou o freio ao chegar a beira do rio, passando direto para dentro das águas escuras do rio urubu, não dando muita chance para que as pessoas escapassem, pois praticamente acordaram já com o ônibus dentro dágua, segundo informações de um dos sobreviventes. E raros foram os corpos que não foram atingidos por piranhas e candirus, tornando a situação mais dolorida ainda para os parentes das vítimas. O documentário está previsto para ser veiculado no mês de novembro, quando o acidente comemora o seu aniversário de 42 anos. (Mas detalhes e depoimentos sobre o fato, o documentário vai mostrar, aguardem!).

fotografias de Frank Chaves e Roberval Vieira.

AMAZONASTUR REALIZA OFICINA PARTICIPATIVA DE ORDENAMENTO TURÍSTICO EM ITACOATIARA/AM









PROGRAMAÇÃO DA OFICINA PARTICIPATIVA DE
ORDENAMENTO TURISTICO DE ITACOATIARA/AM


DATA: 03 e 04/07/2018 (Terra e Quarta)
HORARIO: 08h as 12h e 14h as 17h
LOCAL: Auditório da Escola Municipal Jamel Amed
MODERADOR: Prof. MSc. Francisco Girão.


Dia 03/07/2018

08h00 - 09h:00 - Credenciamento e Abertura
09h00 - 10h:00 – Apresentação do Moderador e da Metodologia de Trabalho.
10h:00 -11h:00 - Palestra: Turísmo no Amazonas. 11h:00 - 11h:15 - Intervalo.
11h:15 - 12h:00 - Palestra: Segmentos do Turísmo. 12h 00 - 14h:00 - Almoço.
14h:00 - 15h:00 - Palestra: Legislação Turística. 15h00 -15h:15 - Intervalo.
15h15 - 16h:00 - Palestra: Educação Patrimonial.
16h00 - 17h:00 - Estudos de Casos: Turísmo Comunitário no Amazonas.


Dia 04/07/2018

08h00 - 09h:00 - Palestra: Qualidade no Atendimento ao Turista.
09h00 - 10h:00 - Palestra: Educação Ambiental.
10h:00 -11h:00 - Apresentação da Metodologia da Oficina 11h:00 -11h:15 - Intervalo.
11h:15 - 12h:00 - Aplicação da Matriz de Responsabilidades 12h 00 -14h:00 - Almoço.
14h:00 - 15h:00 - Dinâmica de Grupo
15h00 - 16h:00 - Trabalho em Grupo
16h00 - 16h:15 - Intervalo.
16h15 — 16h:45 - Plenária Final.
16h45 — 17h:00 - Avaliação de Satisfação e Encerramento.



Realização:

GOVERNO DO ESTADO
DO AMAZONAS

AMAZONASTUR
EMPRESA ESTADUAL DE 
TURISMO DO AMAZONAS


PREFEITURA DE
ITACOATIARA

SEMCTUR
Secretaria Municipal de
Cultura, Turismo e Eventos

Ferrovias, hidrovias, a logística modal do Brasil e a miopia política.












O problema da crise dos combustíveis e da greve dos caminhoneiros, demonstrou como a falta de planejamento estratégico e a avançada miopia de nossa representação política no Congresso, é incapaz de ver que, a falta de investimento em hidrovias e principalmente em ferrovias, coisa que todo o país desenvolvid faz, para escoar sua produção, minério e combustíveis. Coisa que os ingleses visualizaram lá na revolução industrial em 1760. Na passagem do processo da manufatura para a máquina a vapor. Daí em diante o mundo começou a caminhar nos trilhos do desenvolvimento. 1860, engenheiros alemães, montaram a primeira fábrica de automóveis, o que se notabilizou com a fabricação em escala por Henri Ford em 1908. O que atendeu a demanda das famílias mais afortunadas e o novo modo de vida americano. Todavia, nada substituiu o modal de ferrovias e hidrovias, que forma moldados para atender a grande demanda de insumos agrícolas e de matéria prima para a indústria. E a Inglaterra, ainda reina com sua eficiente e pontual malha ferroviária, impulsionando sua histórica e consolidada economia. E assim, se estrutura toda Europa, a China e todos os gigantes da economia mundial. E nós aqui no Brasil, traçamos um projeto de interligação nacional, através das BRs e da histórica transamazônica, que não tivemos a competência de mantê-la funcionando, imagina se tivéssemos uma boa malha ferroviária, nunca o país ficaria refém do lento e caro modal rodoviário. Lá no período imperial, o barão de Mauá já visualizava que as ferrovias seriam a grande saída do país. Mauá trouxe as primeiras locomotivas e implantou os primeiros trilhos em nosso país. Implantou a ferrovia ligando o porto de Mauá, na baia de Guanabara, a raiz da serra, que ficava em Petrópolis. Em 1912, foi engendrada a ferrovia Madeira Mamoré, para escoar a produção de borracha na Amazônia, ligando Porto Velho a Guajara-mirim. E foi abandonada. Em Manaus, no período áureo da borracha, os bondes traçavam a capital na sua bela époque, sinalizando o seu fausto. Nesse período, em 1912, o então Deputado e engenheiro Torquato Tapajós, idealiza a ferrovia Manaus a Itacoatiara, para possibilitar o escoamento da produção e ligar a velha Serpa a capital. Esse projeto, ficou maturando 50 anos, e só se realizou em 5 de setembro de 1965, com a inauguração da então rodovia AM-01, que depois se transformou em Am-010. Que hoje serve Itacoatiara e os municípios próximos, todavia, os sucessivos governos, não dão a devida manutenção a essa importante estrada, que vive largada a sua própria sorte, ceifando vidas e atrasando o desenvolvimento do município e porque não dizer do Estado do Amazonas. O que poderia ser corrigido com sua duplicação, com o encurtamento de 100 quilômetros e correndo ao seu lado, uma boa ferrovia para escoar a carga dos portos privados e do porto público do município, que tem vocação portuária. Não à toa, que em 1873, o Barão do Rio Branco, que era Ministro do imperador Dom Pedro, efetuou o alfandegamento do Porto de Serpa no Amazona e de Porto Velho no Madeira, compreendendo a importância estratégica desses portos, para o desenvolvimento do império e integração nacional. Com isso, o que foi visto lá atrás, serve para hoje sem nenhuma sombra de dúvidas. Isso iria baratear o frete, diminuir os acidentes nas estradas, diminuiria a produção de poluentes na atmosfera, e não ficaríamos na mão de um único modal, no caso, o rodoviário, que por ser único, pode se dar ao luxo de parar o país, para atender suas demandas, que não são diferentes de toda a população brasileira. Com as ferrovias e as hidrovias, o mundo inteiro nos dá lição de sua eficiência, pois apenas 12,3% das cargas da produção brasileira, é transportada pelas nossas hidrovias. Um bom exemplo a hidrovia do Madeira e Amazonas, que através do porto graneleiro de Itacoatiara, barateou a soja nacional. Enquanto essa realidade é outra nos países desenvolvidos. Será que nossos representantes em Brasília não enxergam isso, será que já se preocuparam em visitar o canal do Panamá e saber porque esse país incursou nesse projeto audacioso em 1914. São muitas perguntas e nenhuma resposta plausível para justificar os seus ricos salários e poderosa estrutura parlamentar, que os alimenta enquanto a maioria da população brasileira amarga a crise de abastecimento, a grande desigualdade social e vive em um país de dimensão continental, onde quem é do Norte, não consegue chegar ao sul, nem por rodovia, nem por ferrovia, nem por hidrovia, Só de avião meu amigo! Se visionários do período imperial como Mauá e Rio Branco enxergaram a solução da logística de nossa jovem nação. E vemos que o setor privado avança, sem medo nesse aspecto, porque nossos representantes não estudam, pelo menos um pouco de história do Brasil e mergulham no cerne da problemática dos modais brasileiros, que certamente, vão começar a encontrar a saída desse marasmo institucional, político, econômico e social, que só olha para frente, feito viseira de asno. E esquecem de ter visão tridimensional das causas e efeitos dessa letargia, pela qual passa a logística de transporte e o escoamento da produção nacional.


Frank Chaves
historiador


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