“Fizemos um governo de Paz”, Omar Aziz

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“Aprendi que um bom gestor é aquele que monta uma boa equipe e nós fizemos isso em três anos e três meses de governo. Fizemos um governo mais humano”, disse Omar
Nos poucos menos de 20 minutos do último pronunciamento na função de comandante do estado do Amazonas, realizado na noite desta sexta-feira 4 de abril, no Teatro Amazonas, na solenidade de posse do professor José Melo ao cargo de governador, o ex-governador Omar Aziz (PSD) resumiu haver realizado durante três anos e 3 meses um governo de paz.
Aziz disse não ter ficado um dia cansado de está na função de governador, pois sonhou com o momento desde quando ingressou na política, como líder estudantil. “Por maior que seja o poder da máquina estadual, sempre haverá demandas. As demandas são enormes. Afirmou que nosso governo, não foi um governo de briga. Foi um governo de paz. Entrego um governo de paz ao meu sucesso”, afirmou.
Omar taxou de “amigo e irmão” o professor José Melo (PROS) e o aconselhou a sempre ouvir, pois o governo é feito de cabeças pensantes e nem sempre uma opinião deve prevalecer.

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                “Ninguém governa sozinho e aprendemos isso”, afirmou Omar Aziz

De forma humilde, Aziz creditou o sucesso de ser escolhido o governador mais bem avaliado do Brasil ao restante da equipe. “Aprendi que um bom gestor é aquele que monta uma boa equipe e nós fizemos isso em três anos e três meses de governo. Fizemos um governo mais humano”, disse.
Ao revelar querer que os mais jovens se lembrem do governo dele como o governo da qual implantou a cidade Universitária, Omar emocionou-se ao tocar no nomes dos filhos. “Quero que eles cresçam e conheçam a história do pai como homem público trabalhador. Que trabalhou muito para deixar um legado aos mais jovens”, diz.
As lágrimas de Omar, assim como a voz embasada, voltaram a surgir quando falou dos pais. “Minha mãe (Delfina) não está aqui devido aos problemas de saúde, mas se estivesse tenho certeza também estaria orgulhosa. Assim como meu pai (falecido). Ninguém governa sozinho e aprendemos isso”, afirmou Omar Aziz, que durante todo o pronunciamento teceu elogios a primeira Dama Nejmi.
O ex-governador agradeceu a todos os prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, os demais políticos e segmentos da população que o apoiaram na gestão. Próximo ao finalizar, Omar deixou claro seu projeto de chegar ao senado. “Como um bom soldado estou à disposição e assim vou permanecer”, afirmou.
Ao deixar o Teatro Amazonas, já como ex-governador, Omar e a esposa Nejmi fora ovacionada por muitos populares que jogaram até papel picado e abraçavam os dois demonstraram carinho e respeito. Omar atendeu a todos. /// Texto e Fotos: Hudson Lima

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Artigo: Proibido ter prazer - Luiz Mott


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“Não existe pecado abaixo do Equador”, repetiam gostosamente nossos colonizadores, entusiasmados com a nudez das índias e africanas, presas fáceis de seus desejos reprimidos. Mas seria ilusão imaginar uma terra sem pecado. Ainda mais quando os próprios colonizadores traziam consigo uma tradição de forte repressão religiosa às práticas sexuais. 

A sexualidade humana é sempre uma construção cultural, e a do povo brasileiro resulta da conjunção de três matrizes. O modelo sexual hegemônico dos donos do poder fundava-se na moral judaico-cristã, fortemente marcada pela “sexofobia” – uma espécie de medo dos prazeres sexuais. Do outro lado, os modelos periféricos indígena e africano caracterizavam-se pela grande permissividade sexual, nos quais os próprios deuses tribais reproduzem as práticas carnais dos humanos. Para evitar tais ameaças desestabilizadoras, diversas instâncias da Igreja no Brasil colonial se mobilizaram, impondo como modelo único a moral católica, baseada no Antigo e Novo Testamentos e no Catecismo Romano publicado pelo Concílio de Trento (1545-1563).
A moral sexual católica tinha como traços fundamentais o tabu da nudez, a monogamia, a indissolubilidade do matrimônio sob o comando do patriarca, a virgindade pré-nupcial e a forte condenação da homossexualidade e do travestismo. De forma oportunista, tolerava-se o pecado mortal da prostituição, um mal necessário para garantir a pureza das donzelas casadouras. Na contramão de moral tão rígida, as culturas sexuais dos indígenas e africanos escravizados lidavam tranquilamente com a nudez, praticavam a poligamia generalizada e os tabus escandalosos de incesto para os cristãos. Além disso, conviviam pacificamente com praticantes do homoerotismo e do travestismo tanto masculino quanto feminino. “Os tupinambás são tão luxuriosos que não há pecado de luxúria que não cometam; os quais sendo de muito pouca idade têm conta com mulheres... e em conversação não sabem falar senão nestas sujidades, que cometem cada hora. São mui afeiçoados ao pecado nefando (homossexualidade), entre os quais se não tem por afronta; e o que serve de macho, se tem por valente, e contam esta bestialidade por proeza”, alertava, na Bahia de 1587, o senhor de engenho português Gabriel Soares de Sousa.
Em meio à diversidade cultural das centenas de etnias da diáspora negra, a sexualidade dos africanos que vieram escravizados para o Novo Mundo incluía o livre exercício da poligamia, a prática da circuncisão nos meninos e das mutilações genitais nas donzelas e a aceitação da homossexualidade.
"Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime", escreve Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala (1933), demonstrando que a exacerbada licenciosidade erótica observada no Brasil Colonial deve ser explicada não por "defeito" dos africanos e indígenas, mas pelo abuso de uma raça por outra: “ao senhor branco, e não à colonização negra, deve-se atribuir muito da lubricidade brasileira”.
O machismo ibérico assumiu no Novo Mundo uma feição muito mais agressiva do que a observada em Portugal e Espanha à época das Descobertas. Nas Américas, somente com extrema violência e autoritarismo a minoria branca senhorial conseguia manter submissa a enorme massa populacional de índios, negros e mestiços. Daí ter-se desenvolvido um código de hiper virilidade, que repelia entre os machos brancos, como se repele a peste, qualquer conduta ou atitude efeminada, pois ameaçavam os alicerces da manutenção dessa sociedade profundamente hierárquica. Aí está a raiz do machismo e da homofobia à brasileira, filhos bastardos da escravidão.
Com vistas a evitar que a Terra da Santa Cruz se convertesse numa filial de Sodoma, a cruz e a espada se uniram para manter o rebanho obediente à tradicional moral cristã, tudo fazendo para garantir a primazia da única expressão permitida de canalização dos desejos da carne: o leito matrimonial visando à reprodução da espécie, cumprindo assim o decreto divino “Crescei e multiplicai-vos”.
Desde os primórdios da colonização, a primeira e constante cruzada dos jesuítas, franciscanos e demais missionários era combater a nudez de índios e africanos, obrigando os senhores a providenciar roupas para tapar as vergonhas de seus cativos. Também lutaram incansavelmente para limitar os tratos ilícitos e a mancebia dos brancos com mulheres de cor, erradicar a bigamia e a poligamia, além de reprimir os praticantes do abominável pecado de sodomia. Muitas foram as estratégias utilizadas pela hierarquia eclesiástica na repressão às sexualidades desviantes, interpretadas como ciladas do demônio contra a salvação dos filhos de Deus: o catecismo ensinado nas igrejas com ênfase no sexto Mandamento, “não pecar contra a castidade”, as pregações nos púlpitos e nas santas missões ameaçando os imorais com o fogo do inferno, as devassas episcopais e as visitações do Santo Ofício que percorriam de tempos em tempos grande parte da América portuguesa, estimulando denúncias e confissões de desvios da moral sexual.
Numerosos colonos foram denunciados à Santa Inquisição, não só por adotarem comportamentos sexuais condenados como pecados mortais – incluindo supostas cópulas com o próprio Demônio – mas também por desafiarem a moral divina, defendendo, por exemplo, que não era pecado manter relação sexual com índias, desde que se lhes pagasse nem que fosse com uma camisa. Outros defendiam proposições heréticas, como a de que casar era melhor do que ser padre e fazer voto de castidade, embaralhando a hierarquia celestial na qual as virgens e os religiosos celibatários estavam mais próximos do trono de Deus do que os casados, as viúvas e as ex-prostitutas.
Todas as pessoas eram obrigadas a se confessar ao menos uma vez por ano, por ocasião da Páscoa. O pecador tinha que desfazer uniões sexuais não permitidas sob o risco de não receber a absolvição e ir direto para o inferno após a morte. Era indispensável a todo católico o “certificado de desobriga”, podendo ser multado ou até degredado para a África caso se tratasse de um desviante sexual público e notório. Enquanto os párocos e os bispos reprimiam com advertência e multa os adúlteros e amancebados, os inquisidores perseguiam os bígamos, sodomitas e padres que assediavam sexualmente suas penitentes. Mais de uma centena destes desviantes sexuais foram presos e penaram rigorosos castigos nos cárceres secretos da Inquisição de Lisboa.
Para aterrorizar os faltosos e inibir novas delinquências, a Igreja proclamava suas sentenças condenatórias na mesma freguesia onde viviam e onde cometeram tais escândalos imorais. Além disso, abusou da pedagogia do medo, aplicando castigos públicos, como o imposto em 1591 pelo visitador do Santo Ofício em Salvador contra Felipa de Souza, 35 anos, costureira, culpada de diversos namoricos com outras mulheres, “dormindo na mesma cama, ajuntando seus vasos dianteiros e deleitando-se”. O ouvidor da Capitania levou-a do Terreiro de Jesus até a Sé da Bahia, onde vestida simplesmente com uma túnica branca, descalça, com uma vela na mão, de frente para a Mesa Inquisitorial, ouviu sua ignóbil sentença. Em seguida foi açoitada publicamente pelas principais ruas da então capital da Colônia, enquanto o ouvidor lia o pregão: “Justiça que o ordena fazer a Mesa da Santa Inquisição: manda açoitar esta mulher por fazer muitas vezes o pecado nefando de sodomia com mulheres, useira e costumeira a namorar mulheres. Que seja degredada para todo o sempre para fora desta capitania”.
O Tribunal da Santa Inquisição seria extinto apenas em 1821. Só então a Igreja perdeu o poder de prender, açoitar, sequestrar e queimar os delinquentes sexuais. Três séculos desta ferrenha repressão deixaram sequelas: o Brasil é destaque mundial em casos de abuso sexual, gravidez de adolescentes, altíssimos índices de contaminação pela Aids por relações sexuais, crimes homofóbicos. A moral cristã errou em perseguir bígamos, sodomitas, libertinos e livres pensadores. Inquisição, nunca mais.


Luiz Mott é professor da Universidade Federal da Bahia e autor de O sexo proibido: virgens, gays e escravos nas garras da Inquisição(Papirus, 1989).

Governador Omar Aziz entrega 42 ambulâncias e 12 ambulanchas para reforçar atendimento no interior do Estado

FOTO: ALFREDO FERNANDES/AGECOM
FOTO: ALFREDO FERNANDES/AGECOM


O governador do Amazonas, Omar Aziz, ao lado do vice-governador, José Melo, entregou nesta quinta-feira (3), no Porto do São Raimundo, na zona oeste de Manaus, 42 ambulâncias e 12 ambulanchas para fortalecer o serviço de remoção de urgência da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) em 35 municípios no interior do Estado. Com um investimento de R$ 5,9 milhões, os novos equipamentos entram em operação na próxima semana dando maior celeridade na estrutura de transporte da saúde dos municípios.

Com as novas aquisições, o Governo Estadual alcançou 100% dos municípios com ambulâncias novas. Segundo o governador, com a estrutura ideal para o transporte será possível obter ganhos na saúde com a celeridade no tratamento das pessoas. “Você precisa dotar de uma estrutura mínima para transportar os pacientes, com ambulâncias nas sedes dos municípios e ambulanchas para pegar pacientes nas comunidades ribeirinhas. Estamos dotando o Estado todo para oferecer estrutura ideal. Temos nossas dificuldades de transporte, principalmente para o ribeirinho, e espero que com esses novos equipamentos possamos ajudar as pessoas, dando condições para chegar aos hospitais e ter um tratamento mais adequado”, frisou Omar Aziz.

Com a aquisição das novas ambulâncias, o investimento do Governo do Estado é de R$ 5.945.480,00, com recursos próprios. Esta é a terceira grande entrega de veículos de remoção, realizada pelo governador Omar Aziz. Em abril de 2013, 24 ambulâncias foram repassadas aos municípios. Em dezembro, outras 13 ambulâncias e 33 ambulanchas foram entregues. Ao todo, o Governo do Estado entregou 92 ambulâncias e 45 ambulâncias para reforçar a estrutura de remoção da Susam.

As novas ambulâncias vão beneficiar os municípios de Alvarães,  Amaturá, Anamã, Apuí (sede e comunidade Sucurundi), Autazes, Barcelos, Barreirinha, Beruri, Boca do Acre, Borba, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Codajás, Envira, Fonte Boa, Borba (comunidade Foz do Canumã), Humaitá (sede e comunidade Realidade), Iranduba, Itacoatiara (sede e comunidades Vila de Lindoia, Novo Remanso e Vila do Engenho), Juruá, Jutaí, Manacapuru, Manicoré (comunidade Santo Antônio do Matupi), Maués, Nhamundá, Novo Aripuanã (sede e Assentamento Acari), Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santa Izabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, Tefé, Tonantins, Urucurituba (comunidade Itapeaçu).

As unidades móveis fluviais – mais conhecidas como “ambulanchas” – vão atender Barcelos, Carauari, Codajás, Guajará, Santa Izabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.
Com a presença de uma comitiva de prefeitos de municípios amazonenses e do secretário de Estado de Saúde, Wilson Alecrim, Omar Aziz aproveitou a solenidade para celebrar a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em seis municípios da Região Metropolitana de Manaus. Os veículos foram repassados pelo Governo Federal. São outras nove ambulâncias e seis ambulanchas. Na ocasião, o governador e o prefeito de Manaus, Arthur Neto, assinaram um termo de compromisso para fortalecimento do SAMU na capital, com a aquisição de 13 novos veículos para a frota da cidade.

O governador lembrou que durante sua gestão implantou o SAMU em nove municípios da calha do Alto Solimões. Na Região Metropolitana de Manaus, o SAMU entrará em operação nos municípios de Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.
Balanço da gestão - Emocionado durante a solenidade, Omar Aziz fez um discurso de despedida e agradecimento aos servidores da saúde pelo empenho nas atividades e as novas conquistas para a área obtida nos últimos anos. Ele foi homenageado pela servidora Myriam Moura, 74, conhecida como “Dona Café”, que é servidora da Susam há 44 anos e agradeceu as melhorias obtidas para a categoria durante a gestão de Omar. Entre elas, a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Saúde, uma reivindicação de duas décadas da categoria.

Omar lembrou que deixa o Governo do Estado com mais de R$ 3 bilhões de obras e investimentos em andamento e enumerou alguns dos trabalhos que considera mais importantes, desenvolvidos ao longo da sua gestão. “Deixo o governo com muitas obras em andamento, importantes para o futuro do Amazonas. Legados na segurança, educação, saúde, na habitação, área social. Importantes programas implantados que são irreversíveis, como é o caso do Ronda no Bairro, que está presente na capital e no interior, o Viver Melhor, com a atenção para as pessoas com deficiência e na área de saúde com conquistas inéditas”, frisou o governador, destacando ainda a entrega de mais de 15 mil unidades habitacionais para famílias de baixa renda, número que vai ultrapassar 22 mil até o final de 2014.

A prorrogação dos benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus, aprovada em primeiro turno no Congresso Nacional, e a expansão do setor primário no interior também são motivos para comemoração, destacou o governador. “Tive a oportunidade de consolidar a democracia na UEA, com as eleições para diretores e agora a para reitor, dei a independência financeira da Defensoria Pública, o que garante mais autonomia; dobrei o número de defensores públicos, policiais civis e militares e fiz o plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação, inédito para eles, com promoção vertical, horizontal, diagonal, e proporcionamos ainda a data base para todos os servidores, tratando-os com dignidade”, pontuou.
Na área de saúde, Omar Aziz destacou o que considerou os principais avanços conquistados durante a sua gestão a frente do Governo do Estado. Entre as iniciativas, ressaltou a construção e inauguração de dez novos hospitais no interior do Estado, o programa inédito de vacinação de meninas contra o HPV, a abertura da Clínica de Reabilitação para Dependentes Químicos, o programa de prevenção ao Câncer de Mama com a instalação de mamógrafos nos municípios, a implantação do serviço de SAMU em 15 municípios.

Na saúde, o Governo do Estado também promoveu a ampliação do Hospital Francisca Mendes para funcionar como Fundação do Coração do Amazonas, abriu as primeiras UPA’s em Manaus e Tabatinga, e instalou oito unidades do Serviço Residencial Terapêutico para pacientes do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Somente nos primeiros três meses deste ano, foram inaugurados novos hospitais em Silves, São Paulo de Olivença,  Humaitá, também, e uma Unidade de Pronto Atendimento e Maternidade, em Tabatinga, com investimentos superiores a R$ 50 milhões.

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