Área foi reconhecida como dotada de elevado valor histórico, arquitetônico, urbanístico e paisagístico
O tombamento do Centro Histórico de Manaus foi aprovado na tarde desta quinta-feira (26) durante reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), em Brasília.
Com o tombamento, as ações para a conservação e preservação da área delimitada deverão ser intensificadas, bem como um acompanhamento mais rigoroso nas intervenções que, porventura, estejam previstos para o local.
Conforme consta no edital do Iphan, por ocasião do comunicado no Diário Oficial da União no dia 22 de novembro de 2010, o Centro Histórico de Manaus merece ser tombado em razão do seu elevado valor histórico, arquitetônico, urbanístico e paisagístico, a ser inscrito no Livro do Tombo Histórico, e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
José Leme Galvão, um dos coordenadores técnicos do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam), disse ao portal acritica.com que, com o tombamento, a expectativa é que as intervenções sejam controladas para a reorganização do centro.
“Todos os agentes têm que ser consultados. O que temos que fazer é melhorar o conhecimento sobre Manaus e trabalhar projetos a longo prazo. É preciso mais interação entre o Município, o Estado e o governo federal”, disse, por telefone, de Brasília.
Galvão destacou que grandes empreendimentos, como é o caso do monotrilho, responsáveis por grandes impactos no Centro Histórico, devem ser melhor avaliados e levar em consideração as áreas preservadas da área. “A gente não tem certeza se o elevado é a melhor ideia de mobilidade”, observou.
Com a decisão desta quinta-feira, Manaus passa a ter seis bens tombados pelo Iphan: Teatro Amazonas, Complexo Portuário do Centro, Mercado Adolpho Lisboa, Reservatório do Mocó e Encontro das Águas.
O tombamento do Encontro das Águas passa por uma pendência jurídica.. Em agosto passado, seu tombamento foi anulado pela justiça federal. A liminar da Vara do Meio Ambiente, contudo, foi derrubada pela corregedoria federal. Atualmente, ela tramita para julgamento no mérito.
Segundo Galvão, enquanto não for julgado, o tombamento do Encontro das Águas permanece reconhecido como provisório.