sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Mangueiras centenárias da orla de Itacoatiara, preciosa o "pau do cemitério", a castanheira da estrada - AM-010 e o bosque das seringueiras da UFAM! Você conhece alguma árvore que fez parte de sua história de vida ou que representa um ícone da história da cidade, da sua rua ou do seu bairro?

A centenária árvore, conhecida como o pau grande do cemitério pelos antigos moradores da cidade, foi por muito anos ponto de referência dos navegantes, visto que até 1965, quando foi inaugurada a estrada AM-010, a única forma de se chegar e sair de Itacoatiara, era de barco e de avião anfíbio, para os mais afortunados da cidade. diziam que ao se aproximarem de barco na região da boca do Rio Madeira, avistavam a imensa árvore, que se posicionava na parte mais alta do cemitério Divino Espirito Santo. O povo antigo tinha o costume de se tratar com ervas medicinais, onde as cascas da arvores preciosa e pau d´arco, eram utilizadas como banhos para asseio feminino e chás, que segundo a tradição popular, tinha efeito  anti-inflamatório. E tinham até algumas pessoas mais supersticiosas, que diziam que saía sangue do tronco da arvore, que consumia o sangue dos mortos. O fato é que, de tanto tirarem cascas do tronco da árvore de forma agressiva, circundando a totalidade do entorno de seu velho tronco, que acabaram matando a árvore, que ficou com galhos secos por muitos anos. E que começaram a se desprender e cair sobre as sepulturas. Foi então que a pedido das famílias que tinham sepulturas no raio de ação da arvore, pediram ao administrador do cemitério para que fosse derrubada para evitar acidentes. Em 2002, a Prefeitura então determinou que fosse feito o corte da velha árvore, que mesmo seca, acabou fazendo parte da paisagem do bairro da colônia. Por isso na época do corte, houveram manifestações de algumas pessoas, contrárias a derrubada da árvore, por achar que a arvore fazia parte da história da cidade e do cemitério Divino Espirito Santo. Mesmo assim, a arvore foi derrubada.


Seringueiras da UFAM - Havia um bosque de seringueiras, na entrada do Campus Universitário Moyses Israel, atual ICET de Itacoatiara. As arvores foram plantadas na década de 40 compondo um campo experimental de diversas variedades da hevea brasilienses. Mas com a necessidade da construção dos demais blocos de sala de aula e laboratórios, biblioteca e auditório compondo o novo Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), que mesmo protegidas por Lei, foi determinada a derrubada das seringueiras para erguer a nova estrutura acadêmica, composta de 3 blocos de 3 pavimentos. E assim, o bosque das seringueiras da antiga fazenda Cacaia, que foi antiga propriedade particular do empresário Moysés Israel, que doou toda área e inclusive, sua própria casa para a UFAM. A força do progresso para atender os ditames da ciência, subtraiu o bosque  para dar lugar a ambientes estrutural concretado, para atender o comunidade acadêmica da UFAM.

 

 

A castanheira centenária da estrada Am-10, media mais de 60m de altura e serviu de muitos anos de referência para os viajantes da estrada, que ao avistarem a gigantesca castanheira, já sabiam que a sede do município de Itacoatiara estava próximo. Em 2018, um incêndio acidental duvidoso, tomou conta da área em torno da arvore, alcançando o seu velho tronco, matando criminosamente a árvore e deixando consequentemente, os usuários da estrada sem a referência de distância da sede municipal de Itacoatiara. Após o sinistro, houve investigação pata apurar o responsável pelo crime ambiental e até hoje não se sabe quem foi o culpado. Um órgão público, assumiu a responsabilidade de replantar várias mudas da mesma espécie no local, como forma de compensação ambiental, mais isso nunca foi feito! Só ficaram as imagens como recordação dessa árvore gigante, que faz parte do brasão do município de Itacoatiara, portanto, sendo a mesma, árvore símbolo do município.



As centenárias mangueiras da orla da cidade, por muitos anos  serviram de referência para os transeuntes do centro histórico da cidade de Itacoatiara. Segundo depoimento do Sr. Silvio Barros, antigo morador da rua 7 de setembro, que possui mais de 80 anos, que reside próximo da orla da cidade, ele lembra dessas mangueiras, de seus tempos de criança, brincando em torno de seus grandes troncos já em sua tenra idade. Eram 3 árvores da mesma espécie perfiladas no mesmo local, se posicionando de frente para o Rio Amazonas, no barranco de pedras da antiga praia do pecado, que foi parcialmente  soterrada pela construção do muro de contenção da orla da cidade. Com o passar do tempo, se instalou em uma das arvores uma casa de cupim, que matou uma arvore e a outra foi atingida por um raio, que partiu e também matou a arvore, restando das três, apenas uma, que foi parcialmente, atingida pelo raio que afetou a segunda arvore, por isso teve que ser podada, pois estava soltando galhos podres, ameaçando a cair sobre os transeuntes que passeiam pela orla. A medida salvou a arvore, mas precisa de manutenção, no sentido de combate ao cupim, que costuma atacar arvores antigas.

Árvore de 150 anos é cuidada e preservada no Egito. O processo de expansão urbana, desviou o curso da rua pra preservar a espécie! "Se todos fossem no mundo iguais a você!"

 


Zamalek Tree, 1868, Cairo, Egito !!!

A árvore da Torre do Cairo, ou árvore Zamalek, tem mais de 150 anos ...


É uma das figueiras mais antigas do Cairo e, de acordo com várias fontes, é a única remanescente.

No entanto, a figueira-de-bengala não é nativa do Egito e sua presença no país "esconde" uma história interessante.

Khedive Ismael, interessado em imitar as potências coloniais e expressar o alcance do país, importou as árvores incomuns da Índia em 1868. Ele queria fazer do Cairo uma cidade mundial que exibisse sua riqueza e se promovesse como um homem culto do mundo, e um grande parte disso foi a importação de flora e fauna exóticas.

As árvores exóticas foram inicialmente plantadas em toda a capital, embora apenas algumas ainda existam, principalmente ao longo da corniche que faz fronteira com a Cidade Jardim, Azabakeya e, claro, a mais impressionante em Sharia Al Borg de Zamalek.

Ao longo dos anos, a árvore tornou-se um ícone de Zamalek, um dos bairros mais bonitos do Cairo. Esta enorme figueira está localizada na rua Al Borg, que leva à Torre do Cairo.

Essas árvores perenes são classificadas entre as maiores do mundo. Por natureza, as figueiras "enviam" suas raízes para baixo, criando pilares semelhantes a galhos que parecem mais troncos de árvores.

Será que se fosse em Itacoatiara-AM, os moradores e a especulação imobiliária iriam preservar a arvore?


Fonte: Grupo de Divulgação de Estudos: Ciências e Afins: https://www.facebook.com/groups/320662222359793/?ref=share
Por: Molina Márcia


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Hoje a cultura do Amazonas amanheceu mais pobre, com a partida do poeta e membro da Academia Amazonense de Letras Thiago de Melo

 

Thiago de Mello nasceu no município de Barreirinha em 1926. E foi um dos poetas mais influentes e respeitados no país, com obras traduzidas para mais de 30 idiomas.

Entre as obras de destaque está ainda "Os Estatutos do Homem", de 1964, em que o poeta traz os valores simples da natureza humana, assim como "Narciso Cego", de 1952; "A Lenda da Rosa", de 1956; "Poesia comprometida com a minha e a tua vida", de 1975; "Horóscopo para os que estão Vivos", de 1984; "Mormaço na Floresta", de 1984; "Num Campo de Margaridas", de 1986; e "De uma Vez por Todas", de 1996.


Clique aqui e ouça a mais famosa obra, recitada por Thiago de Melo


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Exposição Itacoatiara em Mosaico apresenta uma seleção de fotos antigas da cidade de Itacoatiara, foi lançada no dia 31 de dezembro de 2021 no 2º pavimento da Academia Itacoatiarense de Letras

Apresentação da Exposição Itacoatiara em Mosaico ao Subsecretário de Cultura Bosco Borges
e aos membros da Academia Itacoatiarense de Letras.










A exposição organizada pelo historiador Frank Chaves, apresenta uma seleção de fotografias antigas da cidade, muitas delas inéditas a apresentação pública. Através das imagens e das informações nelas contidas, na qual o observador faz uma imersão na história da cidade desde seus primórdios através das imagens.
O lançamento foi feito no dia 31 de dezembro de 2021 no salão de eventos da Academia Itacoatiarense de Letras, onde permanecerá até o dia 22 de janeiro de 2022.

Participe do lançamento da Exposição Itacoatiara em Mosaico e do lançamento do livro digital Mitos e Lendas de Itacoatiara, hoje às 18h, no segundo andar do prédio da Academia Itacoatiarense de Letras


 A Exposição Itacoatiara em Mosaico, apresenta fotos antigas da cidade, fazendo um resgate da memória afetiva dos cidadãos itacoatiarense com o patrimônio histórico e diversas imagens de época.

O livro Mitos e Lendas de Itacoatiara, apresenta estórias do  imaginário itacoatiarense, como a lenda da loura que aparecia na estrada, do curupira que apareceu nas matas da Mil madeireira, da alma penitente, da cobra grande da matriz entre outras. 


Para acessar o livro, clique nos links a baixo


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

PARTICIPE DO LANÇAMENTO DO LIVRO MITOS E LENDAS DE ITACOATIARA DO ESCRITOR FRANK CHAVES

 


O livro Mitos e Lendas de Itacoatiara, apresenta estórias do  imaginário itacoatiarense, como a lenda da loura que aparecia na estrada, do curupira que apareceu nas matas da Mil madeireira, da alma penitente, da cobra grande da matriz entre outras, meticulosamente selecionadas e descritas pelo historiador Frank Chaves

O lançamento do Livro ocorrerá às 18:30h no salão de Exposições da Academia Itacoatiarense de Letras, no dia 31 de dezembro de 2021. Localizada na Rua Rui Barbosa, 419 -Centro.


                              Para ler e acessar o livro grátis em formato digital, clique nos links a baixo








terça-feira, 23 de novembro de 2021

Destilaria de óleos essenciais e aromáticos inaugura em Itacoatiara (AM), gerando negócios de forma sustentável

 

Confiantes em uma possível mudança de paradigma, o agrônomo radicado em Itacoatiara, Sergio Souza, e o pesquisador paulista, Eduardo Mattoso, uniram esforços para recuperar a produção de óleo essencial de pau-rosa no País, de forma sustentável e legal. Em 2013, deram início ao plantio em uma área nas proximidades de Itacoatiara. Atualmente, o plantio tem aproximadamente 25 mil árvores, com idade entre um e oito anos, distribuídas em 17 hectares.

A produção de óleo essencial de pau-rosa no Estado do Amazonas teve seu auge em meados do séc. XX, quando dezenas de destilarias foram espalhadas nas regiões de Silves, São Sebastião do Uatumã, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo e por todo o rio Madeira. A exploração intensa e descontrolada da espécie causou sua inclusão na lista de espécies em perigo de extinção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no início dos anos 90, e da Convenção Internacional sobre Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção (CITES), em 2009.

Uma iniciativa que está sendo desenvolvida no coração da Amazônia, próximo ao município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus, pode ser um novo caminho para incentivar a produção de pau-rosa no Brasil, uma planta nativa presente na lista de espécies ameaçadas de extinção.

É a usina de extração de óleos essenciais da Kaapi Fragrâncias que, depois de oito anos cultivando e pesquisando pau-rosa na região, iniciará sua operação, a partir da procriam semana, no dia 24 de novembro, com a previsão de processar até 300 toneladas de material vegetal por ano, podendo aumentar essa capacidade em até cinco vezes conforme a oferta de material originário das comunidades parceiras.

Localizada na Fazenda Simpatia, no quilômetro 235,5 da estrada AM-010, a aproximadamente 40 minutos de Itacoatiara, a usina é uma esperança de incentivo à produção local, além da geração de renda e emprego. A Kaapi, inicialmente, fará a extração de óleos essenciais de pau-rosa, louro rosa, capim santo e priprioca. Tudo rigorosamente feito a partir de um sistema de manejo sustentável, que respeita a floresta e a conservação ambiental.

 Aproximadamente R$ 4 milhões foram investidos na construção da usina, que possui três mil metros quadrados, além de R$ 2 milhões no plantio, em uma área de 17 hectares.

 “Um dos principais destaques dessa destilaria é a extração do óleo essencial de pau-rosa a partir de galhos e folhas. Trata-se de um modelo de negócio sustentável que pretende ser um modelo inspirador para outros empreendedores na região.”, afirma Eduardo Mattoso, um dos idealizadores do projeto e responsável pela Kaapi.



É esse modelo de extração do óleo de pau-rosa, feito de forma sustentável, respeitando a floresta e sem degradação, que está sendo desenvolvido na destilaria da Kaapi Fragrâncias, que será inaugurada nesta quarta-feira, dia 24 de novembro. Após mais de oito anos de pesquisas e adaptações para a região, a destilaria apresenta uma proposta viável no coração da floresta amazônica, apta a ser replicada por pequenos produtores.

“O apoio do Idam é fundamental para alcançarmos um número significativo de pequenos produtores e orientá-los corretamente quanto ao manejo adequado, tanto do pau-rosa como das demais espécies aromáticas que compõe o projeto. É um planejamento a médio e longo prazo. Portanto, aqueles que se interessam em aprender a cultivar plantas aromáticas em um modelo de agricultura sustentável e ter garantia de venda da sua produção, podem conversar conosco”, declara Eduardo.

 

Sobre a Kaapi

Com sede em Campinas (SP), a Kaapi Fragrâncias desenvolve uma série de produtos e serviços de excelência em diversos mercados como perfumaria fina, cosméticos, fragrâncias para ambientes, produtos para pets, saneantes e outros.

A paixão pelo Brasil, o respeito pelas pessoas e pela natureza são os valores fundamentais que guiam as ações da Kaapi na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Inicialmente, a empresa fará a produção dos óleos essenciais de pau-rosa, louro rosa, capim santo e priprioca. Tudo rigorosamente feito a partir de manejo sustentável, que respeita a floresta e a conservação ambiental.

Estamos implantando um modelo que respeita o meio ambiente e as peculiaridades da região amazônica. Queremos incentivar produtores locais a conhecerem o projeto e fornecerem material vegetal para a usina. Além de gerar renda de forma sustentável, a iniciativa trará outras oportunidades de uso da terra, além daquelas tradicionais na região, como a criação de gado e o cultivo da mandioca.”, comentou o pesquisador, idealizador do projeto e responsável pela Kaapi, Eduardo Mattoso.


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