domingo, 12 de agosto de 2018

Casas mais antigas de Manaus serão leiloadas em pregão este mês de agosto!


Foto: Alexandre Fonseca/SeminfFoto: Alexandre Fonseca/Semin 

Um Pregão Presencial tendo como objeto a permissão onerosa e uso das casas 69 e 77, que estão localizados na rua Bernardo Ramos, Centro Histórico, consideradas as residências mais antigas de Manaus, será realizado no dia 20 deste mês por uma Comissão Municipal de Licitação da Prefeitura. 

O aviso de licitação foi publicado na edição 4410, do Diário Oficial do Município (DOM). O edital está disponível aos interessados desde o último dia 2 de agosto, no site sistemas.manaus.am.gov.br ou na Comissão de Licitação, localizada na avenida Constantino Nery, 4080, Chapada, zona Centro-Sul, das 8h às 14h, de segunda à sexta-feira. O Pregão Presencial acontecerá no dia 20 de agosto, às 9h. 

Localizadas na rua Bernardo Ramos, as casas 69 e 77 carregam em sua arquitetura uma parte da história de Manaus, do período colonial, e são consideradas as residências mais antigas da capital amazonense, construídas em 1819. 

Depois de dez anos fechadas e após a desistência de três empresas em operar a reforma, a Prefeitura de Manaus retomou a obra com recursos do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultura (Funpatri), que elegeu essas casas para aplicação do recurso. 

A obra está em fase de acabamento e as casas estão recebendo pinturas, novas cerâmicas e peças sanitárias. A casa 69 possui 137,86 m², onde funcionava um escritório de contabilidade, há mais de dez anos, quando foi desapropriada pela Prefeitura por conta do valor histórico da residência. A casa de número 77, que faz esquina com o beco José Casemiro, tem 151,24m², e já foi um bar antes de ter a desapropriação aprovada. 

Em Manaus, o Funpatri foi criado pela Lei nº 722, de 4 de dezembro de 2003, e regulamentado pelo Decreto nº 8.525, de 21 de junho de 2006. 

Fonte: G1

Curtiss C-46 Commando

model: 
 C-46 Commando
class: 
 military

C-46 2058
C-46 2058 (MAP)


Em fins da década de 30, a aviação experimentou um desenvolvimento extraordinário e, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, ficou patente a necessidade do emprego de aeronaves de maior porte para a realização das missões de transporte aéreo.
Nesse sentido, a Curtiss Wright Corporation, dos Estados Unidos, iniciou o projeto de uma aeronave de grande porte, para os padrões da época, designada Curtiss CW-20, que teria a capacidade de transportar até 36 passageiros e concorreria diretamente com os Douglas DC-2 e DC-3, recém-lançados e com menor capacidade.
O protótipo, matriculado 41-5159, realizou o primeiro vôo em 26 de março de 1940, excedendo as expectativas dos projetistas.
Com a entrada dos Estados Unidos na IIª Guerra Mundial, a produção da Curtiss foi inteiramente orientada para as atividades militares, onde o novo avião passou a ser identificado como C-46 Commando, pelas United States Army Air Forces - USAAF(Forças Aéreas do Exército Norte-Americano), e como R5C, pela U.S. Navy - USN(Marinha Norte-Americana). A primeira aeronave de série ficou pronta em maio de 1942 e as primeiras entregas ao U. S. Army começaram em julho do mesmo ano.
Do total de 3.182 unidades fabricadas, a USAAF utilizou 2.900, que foram as responsáveis pela execução das mais diversas missões durante a guerra, onde transportavam 50 soldados equipados, carga e outros materiais, principalmente na ponte-aérea do Himalaia, quando os americanos abasteceram pelo ar a China, decolando da Índia com os aviões abarrotados de suprimentos destinados às tropas aliadas sitiadas pelos japoneses na Birmânia.
Quando o conflito terminou, os C-46 foram despojados das marcas militares e iniciaram uma nova e longa carreira, desta vez na pujante aviação comercial de pós-guerra. Oferecidos por preços extremamente atraentes, tiveram uma enorme aceitação num grande número de países, e só as empresas aéreas brasileiras utilizaram cerca de 157 deles entre os anos de 1947 a 1986.
Inúmeros países também receberam dos americanos, ou compraram de empresas comerciais algumas aeronaves C-46, que foram incorporadas às suas frotas de transporte militar, onde operaram até meados dos anos 70, com muito sucesso e eficiência.
Após a guerra, a Curtiss desenvolveu o Modelo CW-20E, para a aviação comercial, que não obteve muito sucesso, pois os modelos desativados da guerra eram os preferidos para conversão para o transporte de passageiros e de carga, com a colocação de poltronas e revestimento interno.
PRINCIPAIS MODELOS DO CURTISS C-46
Em sua época, os aviões tinham uma versão básica, que recebia os arranjos internos necessários para a sua operação; com o Curtiss Commando não foi diferente. Os seus principais modelos foram:
  1. CW-20: Designação de fábrica. Mais conhecido na aviação militar como C-46; e
  2. CW-20E: Desenvolvido após a guerra, para a aviação comercial. Não obteve sucesso.


UTILIZAÇÃO MUNDIAL DO CURTISS C-46
Após a guerra, os E.U.A. cederam inúmeros Curtiss Commando para os países aliados, que os empregaram como transporte militar em suas forças aéreas: Bolívia, Brasil, China Nacionalista, Colômbia, Coréia do Sul, Inglaterra, Japão, Peru, dentre outros.
O CURTISS C-46 NA FAB
A história dos Curtiss C-46 da Força Aérea Brasileira é particularmente interessante e bem pouco conhecida. O seu início ocorreu em novembro de 1947, quando o empresário Vinícius Valadares Vasconcelos importou dois deles dos Estados Unidos, transferindo-os, no ano seguinte, para a FAB, por não ter condições de manter as aeronaves em operação comercial.
As aeronaves foram designadas como C-46 e matriculadas FAB 2057 e FAB 2058, sendo destinadas ao 2º Grupo de Transporte - 2º GT, sediado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, onde seriam utilizadas para a realização de missões de transporte de passageiros e de carga nas linhas do Correio Aéreo Nacional - CAN, no Brasil e para o exterior.
Por infelicidade, o FAB 2057 teve vida efêmera na FAB, pois, onze meses após ter sido incorporado, acidentou-se, em 13 de outubro de 1949, nas proximidades da cidade de Oruro, Bolívia, com perda total, quando realizava missão em proveito do CAN.
UNIDADES QUE OPERARAM O CURTISS C-46 NA FAB
UNIDADEPERÍODOOBSERVAÇÕES
2º GT1948 a 1956Transporte de passageiros e carga
PAAF1956 a 1968Transporte logístico
FONTE: DIRETORIA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA - DIRMA


C-46 2058C-46 2058
O C-46 2058 em 1975 (esq.) e em 1978 (A. Camazano A).


Mais afortunado, o FAB 2058 operou no 2º GT até 1956, quando foi transferido para o então Parque de Aeronáutica dos Afonsos - PAAF, onde foi utilizado como aeronave orgânica, realizando missões de apoio às Unidades da FAB cujos aviões eram revisados em tal Parque, até abril de 1968, quando foi desativado das fileiras do PAAF e da FAB.
Após a sua desativação, o 2058 permaneceu estacionado nos pátios do PAAF, no aguardo de ser preservado. Infelizmente, o parecer da época foi desfavorável, pois foi julgado de valor insignificante para a FAB, que só havia operado duas unidades. Assim sendo, o 2058 foi revisado, recebeu a matricula civil PP-PLB, e foi colocado à venda.
CURTISS C-46 NA FAB - FROTA COMPLETA
MATRÍCULAC/NEx-USAAFDESATIVADOOBSERVAÇÕES
FAB 205704443-4697313/10/1949Acidentado Oruro, Bolívia 13/10/49
FAB 205815543-4708417/04/1968PT-LBP; Preservado MUSAL
FONTE: ARQUIVO DE APARECIDO CAMAZANO ALAMINO


Em fins de 1980, a aeronave foi trasladada para o Aeroporto Santos-Dumont, onde permaneceu por cerca de oito anos abandonada no tempo e na maresia, quando foi recuperada novamente e deslocada para Belém - PA, onde operou na Taxi Aéreo Royal até meados de 1996, quando foi novamente parada.
Já com nova filosofia, em meados de 1997, o Museu Aeroespacial - MUSAL, iniciou gestões junto aos seus proprietários, com a finalidade de adquirir o C-46 PP-LBP e trazê-lo para o Rio de Janeiro, para que fosse preservado.
QUADRO GERAL DA OPERAÇÃO DO CURTISS C-46 NA FAB
DESIGN.PERÍODOQUANTIDADEMATRÍCULASOBSERVAÇÕES
C-461948 a 196802FAB 2057
FAB 2058
Ex-USAAF
FONTE: CURTISS - EMAER - DIRMA - 2º GT - PAAF


A aeronave foi novamente adquirida e trasladada em vôo para as oficinas da VARIG, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, onde recebeu a pintura da FAB, em seu último esquema, que foi utilizado no PAAF no final de sua operação, e preparou-o para o seu último vôo, que ocorreu em 03 de julho de 1998, na rota Galeão - Campo dos Afonsos, sendo pilotado pelos Comandantes José Jaú Margalho e Elizeu Fernandes.
C-46 2058
C-46 2058 no MUSAL (R. Hebmuller).


Assim, esta singular aeronave será preservada para sempre em tal museu e poderá ser visitado e admirado por todos que não viveram a sua gloriosa época de utilização no mundo e no Brasil.


História da força aérea brasileira
por APARECIDO CAMAZANO ALAMINO

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Noticiamos com pesar o falecimento da matriarca da família Franco - DONA LOLA

É com imenso pesar, que tomamos conhecimento e noticiamos o falecimento da grande matriarca da família Franco. Que deixou um grande legado de honradez, honestidade e trabalho. DONA LOLA FRANCO, como era carinhosamente conhecida no seu bairro. Que desde cedo pegou no batente para ajudar no sustento de sua família. Iniciando os negócios da família, com uma pequena padaria de fundo de quintal, ali progrediu, floresceu comercialmente e começou a introduzir seus filhos Antônio Franco e Chiquinho Franco, no mundo do trabalho e dos negócios, que lhes serviu de lição para tornarem-se depois grandes e respeitados empresários do tradicional bairro do Jauari. Que por sua vez, também progrediram na vida e constituíram família, mas que também partiram precocemente. E que estão no paraíso recebendo sua amada mãe. Que pelo exemplo e legado de trabalho e honradez deixado, pavimentou sua escada para o paraíso. Que Deus conforte os corações de seus familiares e amigos, neste momento de tão irreparável perda. 


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

MORRE LENTAMENTE - Pablo Neruda

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Morre lentamente quem se torna escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos percursos, quem não muda a marca, quem não se arrisca vestir uma nova cor, quem não fala com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos "is", em vez de um remoinho de emoções, justamente aquelas que fazem brilhar os olhos, aquelas que fazem de um bocejo um sorriso, aquelas que fazem bater o coração diante dos erros e dos sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca a certeza pela incerteza para prosseguir um sonho, quem não se permite ao menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não escuta música, quem não acha graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem passa os dias se lamentando da própria sorte ou da chuva contínua.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de começá-lo, quem não faz perguntas sobre assuntos que não conhece, ou quem não responde quando lhe perguntam sobre algo que domina.
Evitamos a morte em pequenas dores, lembrando sempre que estar vivo requer um esforço muito maior do que o simples fato de respirar.
Só a ardente paciência nos levará a conquistar uma esplêndida felicidade.


Texto de Pablo Neruda - Livro: A dança

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