segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Empresas privadas de Itacoatiara geram 3,8 mil vagas - Só falta a Prefeitura fazer a sua parte

Obras na cidade de Itacoatiara geram 3,8 mil vagas

 
Nos primeiros oito meses desse ano, o município fechou com saldo de 1.083 empregos, ou resultados das contratações com o número de desligamentos, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho
Número de assalariados com carteira assinada em Itacoatiara cresceu 9,32%. Foto: Raimundo Valentim Número de assalariados com carteira assinada em Itacoatiara cresceu 9,32%.
Itacoatiara - Os projetos de infraestrutura e  habitacionais abrem frentes de obras em Itacoatiara com 3,8 mil vagas e transformam o município no segundo maior gerador de empregos, atrás apenas de Manaus.  De janeiro a agosto de 2011, as vagas formais cresceram 22,3%, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A situação mudou em relação há cinco anos, quando o município amargou queda de 16,2% na geração de empregos. Depois de obter o segundo melhor desempenho em 2010, Itacoatiara mantém, este ano, o ritmo de crescimento do estoque de empregos com carteira assinada, ou o saldo das contratações em relação aos desligamentos.
O prefeito da cidade, Antônio Peixoto, explica que o aquecimento do mercado de trabalho é decorrente da realização de empreendimentos executados por quatro empresas. No município estão em andamento a construção de um terminal de reserva de combustível, a realização do serviço de geoprocessamento feito a pedido da Petrobras, as obras do Linhão de Tucuruí e a construção de conjuntos habitacionais. As atividades estão sendo realizadas, na ordem, pelas empresas Equador Log, Georadar, Tabocas e Metro Quadrado.
Nos primeiros oito meses desse ano, o município fechou  com saldo de 1.083 empregos, ou resultados das contratações com o número de desligamentos, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho. A expectativa, segundo Peixoto, é encerrar 2011 com a manutenção de 1.200 postos de trabalho formais, crescimento de 230%  em relação ao ano passado.
Serviços, indústria de transformação e comércio são setores com maior demanda de empregos.  Nos últimos 12 meses, o município foram admitidos 2.725 trabalhadores e 1.541 desligados, resultando em um saldo positivo de 24,9%.
O otimismo é baseado na expectativa da geração de mais empregos pelas empresas instaladas, que irão atuar no município por no mínimo dois anos, segundo Peixoto. “A previsão é que somente a Georadar chegue a abrir, em todo o processo, entre 600 e 700 postos de trabalho com um canteiro de obras”, afirmou. Com as atividades iniciadas em maio deste ano, a empresa ficará na cidade até março de 2013. “Isso é o que diz o primeiro contrato, mas a nossa esperança é que a empresa fique mais tempo”, disse.
Habitações
Atuando no município desde o fim do ano passado, a construtora e incorporadora Metro Quadrado irá construir na cidade 1.250 unidades habitacionais, segundo o Antônio Peixoto. “Desse total, 250 são de um condomínio particular e as outras mil fazem parte do ‘Campo Bello’, empreendimento que pode ser financiado pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’”, afirmou.
Contratada pela Petrobras para executar ecografia do solo em uma faixa que vai de Itacoatiara até Urucará, a Georadar contratou 1.600 trabalhadores. De acordo com o gerente geral do projeto, Donizete Camargo, desse total, 550 ocupam cargos como motorista, encarregado, cozinheiro e técnicos, sendo 430 da região e o restante de outras partes do País. Do Amazonas foram selecionados em Coari, Tefé,  Carauari, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Nova Olinda do Norte, Autazes e Manaus.
Somente em Itacoatiara, a empresa preencheu 180 postos de trabalho em funções como técnico em enfermagem e segurança, motorista, cozinheiro, zelador e operador de motosserra. Desde o início até hoje, 350 saíram da empresa por inadaptação, segundo Camargo. “Essa rotatividade está ocorrendo porque essas pessoas pedem pra sair porque não suportaram o confinamento, já que é preciso ficar 15 dias trabalhando e 15 de folga, algumas vezes tendo que acampar no mato”, explicou.
Segundo o gerente, há a possibilidade de aumentar o quadro de auxiliares e até de expandir o tempo de permanência. “Tudo vai depender se a Petrobras quiser maior nível de detalhamento”.
A petroleira  tem autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para explorar o subsolo da área.
Linha de transmissão de Tucuruí abre oportunidades
A Tabocas está trabalhando desde fevereiro passado, na construção civil e montagem eletromecânica de parte da linha de transmissão que ligará a usina hidroelétrica de Tucuruí, no Pará, até Manaus. A empresa deve abrir até 1.300 vagas para executar uma das fases da empreitada, que no Amazonas vai atravessar os municípios de Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Silves e Rio Preto da Eva.
“Temos um quadro de aproximadamente  mil funcionários na obra em localidades como Silves, Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manaus”, informou o gerente administrativo Donato Tostes. Segundo o executivo, a  previsão é que a demanda alcance 1.300 trabalhadores, sendo 300 de Itacoatiara e comunidades vizinhas.
A obra de R$ 1,3 bilhão vai integrar o parque energético do Amazonas ao Sistema Interligado Nacional. No Amazonas e Pará, a terá da linha de transmissão de 558 quilômetros. Somente no município de Itacoatiara, o linhão terá 178 quilômetros de extensão.
Entre as diferentes áreas de atuações dos empregados no empreendimento estão engenheiros, médicos e pessoal do setor administrativo. “Para funções de campo como serventes, pedreiros, soldadores, montadores e mecânicos foram recrutados principalmente pessoas com baixa escolaridade”, disse.
Após o término da obra, previsto para maio de 2012, alguns dos contratados terão uma oportunidade. “Muitos funcionários que se destacarem serão convidados a continuar na empresa em novas regiões do Amazonas ou do Brasil”, afirma Tostes.
Equador Log faz tancagem e um porto
A Equador Log toca a primeira etapa da construção de uma base de tancagem para armazenar combustíveis e de um porto. De acordo com engenheiro e gerente da obra, Silvio Lobo, a empresa abriu 240 empregos diretos e cerca de 400 indiretos somente nesta primeira fase de operação.
 “Aproximadamente 90% da mão de obra é local, alguns trabalhadores de atividades mais qualificadas vieram do Recife”, disse. Para trabalhar nos setores de tanque, civil e tubulação foram empregados profissionais como soldadores, engenheiros, mestres de obras, encarregados, pedreiros, carpinteiros, ferreiros e eletricistas.
Iniciada em julho do ano passado, a primeira fase tem previsão de conclusão em agosto do próximo ano, informa o engenheiro.
A equipe comandada por Lobo tem a missão de construir dez grandes tanques com capacidade de 5 milhões de litros, um de 10 milhões e outros dois menores de 2 milhões de litros de combustíveis.
“O porto e suas ligações ficarão prontos já nessa primeira etapa, a segunda fase do parque de tancagem ainda não tem previsão para começar”, afirmou.


domingo, 16 de outubro de 2011

Ponte sobre o Rio Negro pode não ter taxa de pedágio

Governo descarta cobrança de pedágio na ponte sobre o rio Negro em Manaus

O Governo deve realizar estudos para viabilizar a manutenção da ponte

Redação - portalamazonia@redeamazonica.com.br
A Ponte sobre o rio Negro ligará a capital amazonense ao município de Iranduba. Foto: Divulgação
MANAUS- O Governador do Amazonas, Omar Aziz, decidiu descartar a cobrança de pedágio na Ponte sobre o rio Negro, em Manaus. A informação foi divulgada pela Agência de Comunicação do Amazonas (Agecom) neste sábado (15), em Manaus.
Procurado pelo portalamazonia.com, o titular da Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), René Levy, se limitou a dizer que o Governo realiza estudos para viabilizar a manutenção da ponte. Em julho deste ano, Omar Aziz chegou a defender a cobrança de pedágio na área de tráfego, com a justificativa de que o valor serviria para a manutenção da mega estrutura.
Foto: Divulgação/Governo do Amazonas
“Alguém terá que pagar pela manutenção. Caso opte pelo pedágio, quem vai pagar é quem vai utilizar a ponte. Mas, se o recurso tiver que sair dos cofres estaduais, todos estarão pagando, inclusive um cidadão que mora em Pauini e que jamais precisará passar pela ponte”, afirmou na ocasião. A reportagem tentou contato com a assessoria do governador Omar Aziz, mas não obteve resposta.
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Na época, Omar citou alguns serviços básicos ao funcionamento da ponte, como guincho e a manutenção das defensas por conta do regime de subida e descida das águas, bem como a manutenção do sistema de iluminação.  A inauguração da Ponte sobre o rio Negro está marcada para o dia 24 de outubro, no aniversário de 342 anos de Manaus, e deverá contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
Foto: Divulgação/ Governo do Amazonas
O tráfego na ponte será liberado às 6h do próximo dia 25 e só será interrompido se houver problemas climáticos que possam causar insegurança aos usuários. A ponte tem extensão de 3.595 metros. A iluminação e sinalização horizontal e vertical da construção estão previstas para serem concluídas neste fim de semana.
A Ponte sobre o rio Negro ligará a capital amazonense ao município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) e às cidades de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) e Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus).

EXITE IMPARCIALIDADE NA IMPRENSA DE ITACOATARA, SE NÃO EXISTIR ISSO É UMA VERGONHA !



A notícia da ameaça de desmoronamento da orla da cidade, ocasionada pela acomodação do Rip-rap que ampara o Muro de Contenção da Orla da cidade de Itacoatiara, não saiu uma linha se quer no Blog Kitudiz, que se “destinado a divulgar os fatos de Itacoatiara”.
Da mesma forma aconteceu com o Jornal O Candirú, “que penetra no outro lado da notícia", mas que em alguns fatos, especialmente sobre o caso dos remédios descartados na lixeira pública do Município de Itacoatiara, não penetrou a fundo e nem tampouco divulgou nada na forma investigativa e impactante como tem feito em outras matérias de natureza política local.
As emissoras de rádio meu amigo, nem se fala, cada uma puxa a sardinha pro seu lado, e as emissoras de TV parecem seguir o mesmo destino. E como diz o adágio popular, “é cada um por sí e Deus por todos”.
Que me desculpem os profissionais e boa parte da população que aprecia esses noticiários, mas, ou suas equipes de redação estão ficando desatentas com os principais fatos que estão ocorrendo em nossa cidade, ou simplesmente estão se silenciando ante suas relações afetivas com os agentes ligados direta e indiretamente aos respectivos casos e com outros fatos bem particulares que tem surgido e não tem sido noticiado com a mesma maneira enfática que outros casos são explorados, como diz o jornalista Boris Casoy “ISSO É UMA VERGONHA”

Falta de planejamento leva à formação de bairros de Manaus em lixões

Galhos de árvores, restos de construções e até eletrodomésticos impossibilitam a formação de gases subterrâneos nestas áreas, segundo o presidente do Ipaam, Antônio Stroski
O bairro do Novo Israel surgiu a partir da ocupação de pessoas que trabalhavam no local onde funcionava o antigo lixão de Manaus.
O bairro do Novo Israel surgiu a partir da ocupação de pessoas que trabalhavam no local onde funcionava o antigo lixão de Manaus. Foto: Eraldo Lopes
 
Manaus - Todas as áreas onde funcionavam antigos lixões na cidade de Manaus estão hoje ocupadas e representam riscos para a saúde das pessoas pela instabilidade e contaminação do solo. “Não se recomenda o consumo de alimentos que tenham sido cultivados nestas regiões da cidade, por causa do acúmulo de materiais químicos”, avalia o engenheiro agrônomo e diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Antônio Stroski.
Para Stroski, a ocupação destas áreas mostra a falta de planejamento na gestão dos resíduos sólidos. “Trata-se de um problema nacional e que também afeta o Amazonas, seja na capital ou, especialmente, no interior do Estado”, frisou.
O bairro Novo Israel, zona norte, foi totalmente construído em cima de um lixão. O surgimento do bairro coincide com a desativação da área de deposito de lixo e a inauguração do lixão no quilômetro 19 na rodovia AM-010, onde atualmente está instalado o aterro controlado de Manaus.
Na zona norte de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) tenta desocupar um conjunto residencial construído em cima de um antigo lixão. Segundo a Companhia, a área corre risco de explosão por causa da presença de gás metano na região. “Em Manaus não há área residenciais construídas regiões com possibilidade de explosão por causa da existência de gás subterrâneo. Nos antigos lixões da cidade, não havia apenas resíduos orgânicos, mas também eletrodomésticos, galhos de árvores, entulho de construção civil e esta situação diluiu a quantidade de lixo orgânico e evita o acúmulo de gás”, explicou.
De acordo com Stroski, no caso de São Paulo, o lixão onde atualmente há risco de explosão era depósito apenas lixo doméstico, em que metade era lixo orgânico, maior produtor do gás.
Para o professor do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário Luterano de Manaus (Ceulm/Ulbra), Paulo Frias, o caso de São Paulo é muito diferente dos lixões em Manaus. “A quantidade de lixo naquela região de São Paulo é muito maior do que qualquer outro lixão em Manaus e ocupa também uma área muito maior. Por isso é necessário que se faça um trabalho preventivo para evitar acidentes”, ressaltou.
A comerciante Elza Marques da Silva é uma das primeiras moradoras do bairro Novo Israel  e ela conta a resistência dos órgãos ambientais quando começou a invasão que deu origem ao bairro. “Eles diziam que a gente não podia ficar aqui porque tinha gás e era perigoso. Isto foi em 1986. As famílias resistiram, mesmo com o depósito de lixo que existia próximo à (Avenida) Torquato Tapajós”, lembra a comerciante que reside na Avenida Chico Mendes.                                                                            
Áreas onde funcionavam antigos lixões da cidade de Manaus se tornaram bairros de classe média alta e regiões em desenvolvimento na capital. O Horto Municipal, no bairro Aleixo, zona centro-sul, foi um dos primeiros lixões da cidade, explicou Stroski. “A cidade terminava nas imediações da Avenida Álvaro Maia, então aquela era uma região fora da cidade. Com o crescimento da área urbana, ele se tornou uma zona residencial. O mesmo aconteceu com outros lixões que vieram depois”, explicou.
A área onde, atualmente, está instalada a Vila Olímpica de Manaus, no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital, também já foi um deposito de lixo. “Os materiais eram deixados na parte mais baixa de onde ficam as instalações da Vila Olímpica. Mas, em geral, eram provenientes de mutirões de limpeza realizados na cidade: galhos de árvores e restos de construções eram os principais materiais despejados naquele local”, explicou o diretor-presidente do Ipaam.
Gestão
A partir de 2 de agosto de 2012, todos os municípios brasileiros devem  apresentar um plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. Segundo a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os municípios que não tiverem o plano aprovado nos órgãos ambientais não terão crédito do governo federal.
Este trabalho é essencial porque através dos planos de gestão se faz um diagnóstico dos lixões, sistemas de coletas, a infraestrutura que os municípios dispõem, assim  como a qualificação e a quantificação dos resíduos.
O plano de gestão deve ser revisto a cada quatro anos, de acordo com a legislação.
“Uma das importâncias deste plano é porque o destino destes resíduos deve ser aproveitado com racionalidade e inteligência. Um dos maiores erros cometidos nos lixões do interior do Estado é a realização de queimas destes resíduos”, disse Strosk.
Infelizmente as pessoas pensam que colocar fogo no lixo resolve o problema. Ele está é poluindo a atmosfera”, avalia.
A Associação Amazonense de Municípios (AAM) comunicou ter firmado um convênio de R$ 1 milhão com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), em março deste ano,  para investimentos em suporte, treinamento e coordenação das atividades em 61 municípios do Estado voltadas para a elaboração de seus respectivos Planos Municipais de Resíduos Sólidos até março de 2012, como determina a Lei 12.305.
Segundo técnicos da SDS, o município de Carauari (a 788 quilômetros a oeste de Manaus) não está incluso no projeto por ser o único em todo o Amazonas que possui instalações adequadas para os produtos descartados por sua população.


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