sábado, 1 de outubro de 2011




O projeto de instalação das Zonas de Processamento de Exportação – ZPE, foram criados em 05 de janeiro de 1990 pelo então presidente José Sarney, na época foram o aprovadas a criação de 12 ZPE’s no Brasil, e por esmero de um grupo de empresários do município, entre eles Moysés Israel, que inclusive disponibilizou a área para a construção do porto, a qual foi transformada no atual lixão municipal. Os empresários Mirom Fogaça, Ademar Marques e o engenheiro Nelson Neto entre outros, com o apoio velado do então prefeito Francisco Pereira da Silva, o popular Chico do Incra, que na época inclusive contratou uma empresa renomada de consultoria econômica, para elaborar o projeto da  Zona de Processamento de Exportação de Itacoatiara: ZPE-ITA, cuja empresa fez um levantamento apurado de toda infra-estrutura necessária e providenciou toda a tramitação para instalação junto aos órgãos do estado e do governo federal como: IBAMA, CEAM, SAAE, SUFRAMA entre outros.  Por esse motivo na época, a Assembléia  Legislativa fez a sua primeira sessão itinerante no interior do Estado, aconteceu lá no Botafogo Clube, vieram todos os deputados para discutir e aprovar  a criação da ZPE de Itacoatiara, e segundo as normas da lei, o Governo do Estado do Amazonas teria um prazo de 12 meses para implantar o projeto, Aí foi que a coisa começou a desandar, pois o prefeito da época era o Mamoud e Governador era o Amazonino, e aí o prazo foi inspirando e nada saiu do papel. Ao contrario das ZPE’s dos outros estados que avançaram significativamente, pois por conta própria, começaram a construir, fazer a terraplanagem, construir galpões e escritórios para implantar as suas ZPE’s, e o governo do nosso estado começou a brecar tudo, aí foi o tempo em que o Chico do Incra terminou  o seu mandato e assumiu o Mamoud, e tudo parou definitivamente, fato complementado com a posse dos ex-presidente Color, que baixou um ato determinando o prazo de mais doze meses para a implantação das ZPE’s criadas, aí meus amigos, o tempo passou e o prazo inspirou novamente e o projeto da ZPE de Itacoatiara que iria ser a redenção econômica e social do município de Itacoatiara foi para o espaço.

Só a titulo de esclarecimento, o que é são ZPE? As ZPE’s – São Zonas de Processamento de Exportação, que são definidas como área de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados exclusivamente no exterior, via exportação. Isto significa dizer que as ZPEs são consideradas micro países dentro do Brasil, sendo todas suas transações com o exterior efetuadas em moeda estrangeira. Em Itacoatiara, o projeto contemplaria a construção de um novo porto no formato intermodal, com área alfandegada, área para construção de armazéns de estocagens, e principalmente área para instalação de indústrias, as quais teriam isenção de impostos para incentivar a sua instalação no município. A sua transação comercial seria voltada exclusivamente para a exportação, ao contrario da Zona Franca de Manaus – ZFM, que está voltada para a importação de produtos  estrangeiros. Essa diferença de modelo econômico justamente é o fato que demonstra que os interesses de mercado são antagônicos, portanto não conflitariam,  mas isso não foi bem interpretado pelo governador, pela maioria dos deputados e até pela Câmara de Manaus, que na época montou até uma comissão par ir a Brasília para derrubar a criação na nossa ZPE. O engraçado é que logo depois de tudo isso, os engraçadinhos vieram aqui em Itacoatiara com a cara mais deslambida pedir votos, e como boa parte do nosso povo tem memória curta ainda votaram nesses caras de pau. Mas eu que fazia parte daquele movimento prol ZPE-Ita, gravei o nomes deles e qualquer momento vou publicar na rede para o conhecimento de todos os itacoatiarenses.  

Vale ressaltar que na época, fizemos um grande barulho na cidade, teve até gente que foi presa por distribuir panfletos do nosso movimento na rua, o qual inclusive esclarecia o que era uma ZPE e nominava os vereadores que na época votaram contra a realização da audiência publica de Itacoatiara, que estávamos criando para debater o assunto com a sociedade itacoatiarense e com os órgãos públicos afins. Outra coisa interessante que vale registrar é que o nosso movimento resolveu nomear o ex-vereador Antonio Peixoto, para nos representar na Câmara, tarefa muito bem desempenhada na época, todavia,  quando assumiu a Prefeitura, silenciou-se e acabou de enterrar o sonho da nossa ZPE de vez.
Com a posse do ex-governador Eduardo Braga, criamos um movimento intitulado Fórum de Desenvolvimento Econômico e Social de Itacoatiara, lá na sede da Associação Comercial de Itacoatiara, aí começamos a fazer reuniões com os empresários locais, bem como, contatamos com deputados, com o ex-Senador Arthur Neto e com o presidente da Associação Nacional das Zonas de Processamento de Exportação, que veio de Brasília para realizarmos uma audiência publica na Assembléia em Manaus e outra na Câmara Municipal de Itacoatiara. A audiência de Manaus foi estarrecedora, pois se publicou que os empresários do Distrito Industrial de Manaus eram contra criar a ZPE de Itacoatiara, coisa que foi desmentida, pois a Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA e a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM através de seus representantes, declaram que não haveria nenhum problema de instalar uma ZPE em Itacoatiara. Nesta audiência foram convidados todos os órgãos estaduais envolvidos com a questão. O Governador Eduardo Braga não compareceu, mas mandou o Secretario de Estado de Planejamento Denis Minev, que representando o governo declarou-se contrário a criação da ZPE de Itacoatiara.

Em 30 de maio de 2007, foi criada a Região Metropolitana de Manaus - RMM, formada inicialmente por sete cidades (Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Careiro da Várzea, Iranduba e Novo Airão), mais tarde foi acrescentado o município de Manacapuru. O termo refere-se à extensão da capital amazonense, formando com seus municípios vizinhos a Região Metropolitana de Manaus. Esse fato, fez reviver a chama dos defensores da ZPE-Ita, pois vimos na criação da RMM, uma chance de Itacoatiara receber a extensão dos incentivos fiscais da ZFM, fato que possibilitaria que o nosso município pudesse reconfigurar a sua plataforma industrial e portuária, bem como a sua política de incentivos fiscais, para atrair industrias, construir o novo porto para receber navios de grande calado, bem como, receber todos os serviços de melhoramento de infraestrutura da cidade, do aeroporto, duplicação da estrada Am-010, e melhoramento no sistema de fornecimento de energia e de comunicações. Mais, até agora, nem uma coisa nem outra, o nosso prefeito se calou, o governador emudeceu, os nossos deputados serraram a boca. E Itacoatiara continua jogada ao vento, entregue a sua própria sorte.
Mas uma coisa é certa, enquanto tivermos forças não desistiremos de lutar pela nossa ZPE e pela extensão dos incentivos fiscais para a nossa maltratada Velha Serpa, que entroniza deputados, senadores, governadores e que inclusive deu uma das maiores votações a presidente Dilma no Amazonas, e que ainda não correspondeu as expectativas desse povo sofredor, e usurpado por décadas por políticos mentirosos, traiçoeiros, aproveitadores e que travam e massacram o desenvolvimento do nosso município a muito tempo.  Eles, e todos que os acompanham são culpados por tudo isso, são todos cúmplices do atraso e da falta de expectativa que se encontra a nossa cidade.

Atualmente o cenário econômico local aposta sua fichas nos empregos gerados pelas empresas GEORADAR e do linhão de Tucuruí, pena que vão gerar postos de trabalho temporários, ainda temos a possibilidade da exploração da Silvinita que continua congelada nos gabinetes executivos do Palácio da Compensa e do Palácio do planalto. O único investimento seguro que se desponta a longo prazo, é a instalação do Terminal de Petróleo da Equador Log, que está sendo construído lá na antiga área da Madeireira Carolina, no bairro Jauari. Pois trata-se de um investimento privado, que infelizmente não sofreu nenhuma intervenção publica para a sua implantação final. E só ocorreu, pelo fato do nosso município esta localizado em área de navegação estratégica do Médio Amazonas, com calado fluvial navegável o ano inteiro, pois há uma área muita baixa no canal do Rio Amazonas em frente a região do tabocal, próximo a desembocadura do Rio Madeira, que impede a passagem de navios com mais de trinta toneladas, e isso onera o custo do transporte, por esse motivo a HERMASA se instalou aqui em 1997. Como vemos, Deus nos deu a graça de estamos assentados no lugar mais estratégico e propicio ao desenvolvimento, o que nos faltou ate agora, é a sorte de termos tomadores de decisão em todas as esferas de Poder, afinados e comprometidos com o desenvolvimento de nossa cidade. Pois a cidade tem crescido até agora de forma involuntária, sem planejamento, sem ações e políticas publicas de desenvolvimento, acho que o itacoatiarense vive e investe aqui de teimoso e apaixonado pelo seu torrão, e não perde a esperança de que um dia a nossa cidade vai se encontrar com o destino que a ela foi confiada, de “CRESCER, VIVER E REINAR” como preconiza o nosso hino municipal.

Juiz proíbe construção de Porto das Lajes até conclusão de processo judicial | Manaus | Acritica.com - Manaus - Amazonas

Juiz proíbe construção de Porto das Lajes até conclusão de processo judicial | Manaus | Acritica.com - Manaus - Amazonas

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Caça ao tesouro em Itacoatiara, pode causar danos as relíqueas históricas encontradas e afetar o meio ambiente.


O serviço de resgate das ruínas das embarcações Jaguaribe e do Andirá, envolvidas na revolução constitucionalista de 1932, não deve ser encarada como um simples capricho, como a remoção de um sinistro qualquer, que está com suas estruturas perfeitas. A ação deve ser encarada como um estudo científico e inestimável de um achado significativo para a história do Município de Itacoatiara, e não como um troféu politiqueiro, que pode ser danoso a integridade do achado e afetar seriamente o meio ambiente.
O que tenho a acrescentar, é a data correta do episódio, que se deu em 24 de agosto do ano de 1932 e não 1928, e os navios que estão submersos no Rio Amazonas, são o Jaguaribe e o Andirá. O quanto o serviço de resgate dos escombros dos navios, Acho que só as suas localizações é o suficiente. Pois as ruínas já fazem parte do habitat da fauna e flora, bem como existe todo um bioma localizado no lugar. Uma remoção abrupta, sem as técnicas apropriadas, seria certamente nociva a integridade do estado de conservação dos objetos, além de afetar o meio ambiente estabelecido no local, pois já faz parte do ambiente natural e serve de deposito de vidas aquáticas. Talvez o resgate de alguns objetos, e principalmente a placa com o nome dos navios, bastava como prova cabal do achado. Pois, essa operação deveria ser acompanhada de escafandristas especializados neste tipo de achado, arqueólogos, biólogos, historiadores, fotógrafos, cinegrafistas e engenheiros navais e oceanógrafos. Pois só uma ação de pesquisa interdisciplinar, seria capaz de fazer uma pesquisa com parâmetros científicos e com técnicas específicas para executar tal operação a contento. O fato de se fazer rastreamento e dragagens, sem utilizar os métodos corretos e apropriados a tipo de sondagem que se apresenta, pode danificar seriamente o que resta das estruturas das embarcações, que estão com boa parte de suas estruturas possivelmente soterradas a 79 anos nas profundezas do nosso caudaloso Rio Amazonas. A final trata-se de uma ação de extrema seriedade e respeito a memória.
Em 2004, foi montada uma exposição científica para vasculhar navios no litoral de Santa Catarina, na aventura submarina foi envolvido um aparato técnico e equipe de profissionais especializados. Pesquisadores como americano Dwight Coleman, um dos grandes nomes da exploração subaquática, foi contratado para ajudar nas buscas. Coleman faz parte da equipe de Robert Ballard, o homem que encontrou o transatlântico Titanic e o navio alemão Bismarck, deu suporte a equipe brasileira, inclusive na época da pesquisa, enfatizou que esse tipo de busca “é como se descobrir uma agulha no palheiro”.
Para encontrar as relíquias marítimas, foram necessários equipamentos trazidos dos Estados Unidos. São traquitanas que rastreiam o fundo do mar e identificam corpos estranhos abaixo da areia. “Estes navios [...] provavelmente estão soterrados, se encontrados, levará anos e muito dinheiro será gasto para que sejam retirados. “A areia deve ser dragada com muito cuidado para não danificar nenhum objeto” diz Fernando Luiz Diehl, presidente da Associação Brasileira de Oceanografia, em entrevista a revista Istoé Dinheiro.
Desde o anuncio dos servicos de resgate, pela Marinha por solicitação da Prefeitura de Itacoatiara, em nenhum momento foi dado conhecimento publico das técnicas utilizadas e do perfil acadêmico da equipe de busca. O acompanhamento e autorização do IBAMA, IPAAM bem como do IPHAN, para a execução dos referidos serviços, é de extrema necessidade, para se dar segurança a integridade da originalidade das relíquias náuticas que possam ser encontradas no interior das embarcações. A final os bens históricos e a memória coletiva, devem ser tratados com seriedade e respeito, e não encarados como um devaneio tardio de quem quer mostrar serviço de qualquer maneira no apagar das luzes de sua enfática aurora.

Frank Chaves
Historiador

Rodovia AM-070 vai ser duplicada

A Assem­bleia Leg­isla­tiva do Ama­zonas (ALEAM) au­tor­izou na manhã desta quinta-feira (29) o Gov­erno do Es­tado a con­tratar op­er­ação de crédito no valor de R$ 164 mil­hões junto ao Banco Na­cional de De­sen­volvi­mento Econômico e So­cial (BNDES). O din­heiro será uti­lizado na du­pli­cação da Rodovia AM-070, que liga Manaus ao mu­nicípio de Iran­duba.

De modo geral, os dep­utados pre­sentes na Casa Leg­isla­tiva en­tendem que o em­prés­timo junto ao BNDES se faz necessário por se tratar de uma rodovia im­por­tante que vai mel­horar o trân­sito de au­tomóveis e pedestres, além do escoa­mento da pro­dução dos mu­nicí­pios si­tu­ados no en­torno da Ponte sobre o Rio Negro.

O dep­utado es­tadual Marco An­tonio Chico Preto (PP) disse que será con­struída uma nova avenida, com du­pli­cação, cujo pro­jeto vai ser dis­cu­tido na Comissão de Obras Públicas da ALEAM, a qual o par­la­mentar preside. “Vou trazer a se­cretária da Seinf, Valdívia Alencar, na ALEAM, para mostrar o pro­jeto”, disse, res­saltando a ne­ces­si­dade de que seja criada uma ci­clovia entre Iran­duba e Cacau-Pirêra.
(fonte: Blog da Floresta)

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