quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Projeto pretende restaurar Praça da Matriz como nos anos 30

O início das obras do espaço, inaugurado em 1845, está previsto para daqui a 60 dias. Até a próxima sexta-feira as informações sobre a licitação serão publicadas no Diário Oficial do Município

Após a reforma, a igreja da Matriz continuará aberta aos fiéis e turistas, entretanto, parte do entorno será isolado para evitar atrasos e a calçada será  iluminada e pavimentada
Após a reforma, a igreja da Matriz continuará aberta aos fiéis e turistas, entretanto, parte do entorno será isolado para evitar atrasos e a calçada será iluminada e pavimentada (Evandro Seixas)
 
Pela primeira vez a praça 15 de Novembro, conhecida popularmente como “Praça da Matriz”, no Centro, será completamente restaurada. O início das obras do espaço, inaugurado em 1845, está previsto para daqui a 60 dias. Até a próxima sexta-feira as informações sobre a licitação serão publicadas no Diário Oficial do Município (DOM). Este e outros nove projetos fazem parte do PAC Cidades Históricas, do Governo Federal.
“Com certeza absoluta é a que mais se destaca. Será o ponto forte dessas dez obras. Vamos restaurar por completo, resgatar o piso original, restaurar o pavimento e as praças em volta. A avenida Eduardo Ribeiro se integrará à Matriz”, disse o coordenador da ação intergovernamental em Manaus, Antônio Nelson. “O chafariz também será resgatado”, completou, ao ressaltar que a fonte não funciona há décadas.
Outros monumentos que serão renovados são o obelisco, o aviquário e o relógio. Este último, inclusive, poderá ser reparado por profissionais do país de origem do objeto. “Dependendo da empresa que ganhar a licitação, deve vir um relojoeiro da Inglaterra para restaurar o relógio, que foi trazido pelos ingleses”, revelou, ao informar que, por ser mais complexa, a obra deverá ter duração de até 12 meses. “Deve terminar no máximo em maio de 2016”, afirmou.
Segundo ele, a igreja continuará aberta aos fiéis e turistas, porém grande parte do entorno será isolado para evitar atrasos. No verão, inclusive, a frente de trabalho será dobrada para tentar entregar antes mesmo do prazo esperado. “A publicação da licitação da Matriz deve sair esta semana; teremos 60 dias para homologar e começar a obra. O mesmo para os outros projetos, que devem ser publicados no Diário na próxima semana”, informou.
 
Resgate histórico
O projeto original de criação do Parque da Matriz de 1897, cedido pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC) — que com a ausência de registros iconográficos e bibliográficos aponta nunca ter sido executado — foi utilizado como base para as modificações que serão realizadas este ano. A praça 15 de Novembro estendia-se da antiga rua Brasileira, atual avenida 7 de Setembro, até às margens do igarapé da Olaria, aterrado em 1860.
A proposta se inicia com a reabertura de parte da avenida Eduardo Ribeiro, evidenciando novamente o canteiro central. O período de referência serão as décadas de 30 e 40, baseando-se inteiramente no registro das fotos desse período. A reabertura da via irá devolver o traçado original da avenida, com pavimentação de concreto tipo paralelepípedo, para diminuir a velocidade dos veículos e propiciar um ar simples ao local.
 
Outras obras do PAC
Liberadas pelo Governo Federal, por meio do PAC Cidades Histórias, as revitalizações das praças Tenreiro Aranha e Adalberto Vale, mais o entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, também começarão a sair do papel em dois meses. Com exceção do último, que deverá ser concluído em um ano, as obras serão finalizadas em oito meses. “As outras são obras menores, com chances de entrega até o fim do ano”, explicou o coordenador da ação, Antônio Nelson.
Ainda de acordo com o coordenador, não há informações sobre a liberação das outras seis obras solicitadas: restauro do Pavilhão Universal, na Tenreiro Aranha; da praça Dom Pedro 2, da Biblioteca Municipal e do prédio da Câmara Municipal de Manaus; restauro e revitalização do antigo Hotel Cassina e revitalização do antigo prédio do Corpo de Bombeiros, na avenida 7 de Setembro.
“Ligamos diariamente para o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em Brasília, em busca de uma resposta. Estamos dependendo deles”, disse, ao informar que uma reunião está marcada para esta quinta feira, às 15h, na sede estadual do órgão em Manaus para agilizar a questão.
 
Obras aprovadas
Praça Tenreiro Aranha - Reforma e revitalização adequando a praça quanto às normas de acessibilidade, instalação de novo sistema de iluminação pública, sinalização, mobiliário urbano e paisagismo. Valor: R$ 2.085.844,14
Praça Adalberto Vale - Adequação da praça quanto à acessibilidade, instalação de novo sistema de iluminação pública, sinalização e paisagismo. Valor: R$ 376.600,97
Entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa – Recuperação das áreas pavimentadas com adaptação e acessibilidade nas calçadas, iluminação pública, sinalização, mobiliário urbano e paisagismo. Ruas:  dos Barés, Barão de São Domingos, Miranda Leão, avenida Manaus Moderna e praça do Mercado. Valor: R$ 6.554.322,14
Praça 15 de Novembro (Matriz) – Reabertura da avenida Eduardo Ribeiro, recuperação das áreas pavimentadas com adaptação dos passeios para deficientes físicos, requalificação do canteiro central, paisagismo, iluminação, sinalização, drenagem e mobiliário urbano (trecho da Eduardo Ribeiro, entre a avenida 7 de Setembro e a Alfândega, incluindo calçadas da Praça 15 de Novembro). Valor: R$ 6.869.980,00.
 
Jornal acrítica - 21 de Janeiro de 2015 - NATÁLIA CAPLAN

A Ufam quer saber a sua opinião. Participe!
















A Pró-reitoria de Planejamento prorrogou até 31 de janeiro a pesquisa que tem por objetivo captar as expectativas dos públicos da Ufam acerca da atuação da Instituição na educação superior do Amazonas.  As respostas comporão o diagnóstico estratégico da Ufam, o qual subsidiará a elaboração do Planejamento Estratégico (PE) e de revisão do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para os próximos dez anos. Contribua com o futuro da nossa Universidade.

Quem poderá responder o questionário?
      Comunidade acadêmica;

PE e PDI Ufam
A Ufam deu inicia as ações de elaboração do PE e do PDI em setembro de 2014. Desde então, com a orientação da Fundação Getúlio Vargas, a Universidade tem realizado encontros envolvendo membros da comunidade acadêmica, no chamado G40, e de gestores, no G1, para fornecerem informações sobre como a Ufam é vista atualmente e como seus integrantes desejam vê-la no até 2025.

ICET promove reciclagem de lixo eletrônico com inclusão digital em Itacoatiara

 
Com o objetivo de preservar o meio-ambiente, visando a inclusão digital de comunidades residentes nos bairros da periferia de Itacoatiara, o Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) desenvolve o Projeto Reciclagem de Lixo Digital. Coordenado pela professora Anacília Cavalcante, o projeto de extensão recicla peças de computadores e periféricos com defeito, ou em desuso, para a reconstrução de novos computadores, de forma sustentável, a fim de diminuir os riscos ambientais causados pelo lixo eletrônico.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Amazonino Mendes critica políticos do AM em entrevista à 101,5

O ex-governador falou sobre "líderes que ele fez, mas que o desapontaram". Situações particulares também foram contadas por Amazonino
- Atualizado em 19/01/2015 09:09:54
Radar 10 radar10@redeamazonica.com.br                    

19/01/2015 | Ouça a entrevista com Amazonino Mendes:

 
MANAUS - O ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, recebeu a equipe da 101,5 em sua residência - em um condomínio fechado na Zona Oeste de Manaus. Foi a primeira entrevista dele para uma emissora de rádio, após deixar a Prefeitura da capital. O ex-governador admitiu que se recolheu nos últimos anos e não atendia nenhum repórter, mas deixou claro que está atento a tudo que acontece em Manaus, no Amazonas e no país.
Durante a entrevista, Amazonino falou sobre vários assuntos, entre eles o cenário político no Estado (em nível municipal e estadual), a Zona Franca de Manaus e até mesmo particularidades.
 
Ouça a entrevista completa no podcast do início do texto.
Amazonino deixou claro que está atento a tudo que acontece em Manaus, no Amazonas e no país. (Foto: Marcos Dantas/Rede Amazônica)
 
Click aqui e: ouça a entrevista

domingo, 18 de janeiro de 2015

Ozório Fonseca faz belo pronucniamento sobre o caso do amazonense fuzilado por tráfego de drogas

Conheço a Lurdinha Archer Pinto, desde priscas eras e sequer consigo imaginar a grandeza de sua dor, mas esse sentimento de solidariedade humana tem que ser direcionado a todos e, nesse caso, também a um povo que não tolera o desrespeito as suas crenças, suas leis e seu jeito de viver. Por aqui esse episodio triste e lamentável colocou em evidencia duas hipocrisias e uma tristeza:
 
1) a presidente Dilma expos enorme hipocrisia ao pedir clemencia, contrariando suas posições de ...guerrilheira que decidia, com armas na mão e julgamentos pessoais, qual militar deveria morrer. Ou era assim ou não era guerrilheira o que constitui outra farsa em sua vida;
 

2) o direito brasileiro tem como um de seus pilares teóricos o livro "O Contrato social" de Jean-Jacques Rousseau que, entre outras coisas diz; a) "todo malfeitor, atacado o direito social, converte-se pelas suas façanhas em rebelde e traidor da pátria...cessa de ser membro dela ao viciar suas leis..." "Num estado bem regido há poucos castigos, não porque se concedem anistias senão porque ha poucos criminosos". "reconhecido como tal, deve ser, em seu domicilio, afastado pelo desterro, como infrator do pacto, ou pela morte, como inimigo publico, porque tal inimigo não eh uma pessoa moral, eh um homem e então se aplica o direito de guerra que ordena matar ao vencido". CADA ESTADO SOBERANO TEM O DIREITO DE INTERPRETAR ESSE CODIGO NOS MOLDES DE SUA CULTURA.
 

3) a tristeza esta manifesta na solidariedade aos familiares do executado, mas isso não pode incluir uma incitação de desrespeito as leis de um pais. No Brasil o perdão aos criminosos chega ao limite da tolerância máxima e isso faz crescer a quantidade de jovens que morrem vitimas do crime alicerçado nas drogas. O Amazonas deve muito a família Archer Pinto, pela contribuição que deu a imprensa livre com seus veículos "O Jornal" e "Diário da Tarde", que poucos dos comentaristas desse episodio leram, por não terem ainda nascido.
Lamento muito pela perda da Lurdinha e, mesmo que isso não tenha grande significado para ela, envio daqui meu abraço de condolências e meus lamentos pela trágica historia que atingiu sua família.


 
 
 
 

Ufam, a primeira universidade do país completa hoje 106 anos

Em entrevista Márcia Perales, reitora da Universidade Federal do Amazonas, anunciou que a unidade de Coari irá ganhar um curso de Medicina 

Entrada do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus
Entrada do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus (Marcio Silva)
 
Fundada no dia 17 de janeiro de 1909, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Artur Virgílio Filho completa 106 anos hoje. A Faculdade de Direito também está em festa  já que hoje se comemora os 100 anos da formatura da primeira turma de bacharéis. “Na verdade foi no dia 19 de dezembro de 2014 que a Faculdade de Direito de fato completou esses 100 anos da primeira turma formada no Brasil, mas preferimos transferir a comemoração para hoje juntamente com o 106º do aniversário da Ufam”, revelou a reitora da instituição, a professora Márcia Perales.
Sem revelar muitos detalhes, Perales também anunciou que a Unidade da Ufam na cidade de Coari (363 quilômetros de distância de Manaus em linha reta) ganhará um curso de medicina. A reitora ainda enfatizou a importância da instituição para os amazonenses. “A Ufam contribui de inúmeras maneiras, inclusive com as pesquisas. São 40 mil alunos em todo o estado trabalhando em projetos em benefício da sociedade amazonense”. 
Ela ressaltou, ainda, que durante esses 5 anos à frente da instituição, a universidade superou problemas como a falta de energia elétrica, e os casos de furtos. “Conseguimos reduzir bastante esses problemas por meio de investimentos que funcionaram muito bem”, afirma.
Para a reitora, um desafio atual da universidade é a formação de novos doutores. “Por vários motivos as pessoas desistem de realizar o doutorado na Ufam é precisamos do apoio do Governo Federal para solucionar. É importante lembrar que nossa relação com o Governo Federal é a melhor possível”.
 
100 ANOS DIREITO
A faculdade de direito foi a única sem interrupções durante esses 106 anos da instituição. “Graças à faculdade de direito nós somos a universidade mais antiga do Brasil”, reconhece a reitora.
O Diretor, professor Sebastião Gomes faz o convite: “Gostaríamos que todos os ex-alunos, ex-professores, ex-diretores, todos que fazem parte dessa história estejam presentes essa noite, às 18h30, no Auditório Eulálio Chaves”.
De acordo com o diretor, durante a cerimônia os ex-diretores, vice-diretores e professores aposentados da faculdade receberão homenagens e medalhas.
 
OAB
De acordo com a coordenadora da Graduação, professora Marina Araújo, a faculdade de direito não enfrenta muitos casos de desistências ou retenção e seus alunos tem a tradição de serem aprovados com louvor no exame nacional da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB). “Os alunos sabem que se reprovarem em alguma matéria vão demorar para recuperar, por isso, eles estudam e evitam essa situação. Isso faz com que terminem o curso com excelência e no devido tempo”, esclarece.

EM NÚMEROS
Atualmente, 250 estudantes da Ufam estão atualmente em intercâmbio internacional nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha e em Portugal.
Enquanto outros 800 estudantes da Ufam estão em municípios como Coari, Iranduba, São Gabriel da Cachoeira, Caapiranga e Huimaitá, somando 65 projetos em desenvolvimento.

Jornal acrítica -
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sábado, 17 de janeiro de 2015

Entidades cobram solução definitiva para fomentar logística de grãos no Amazonas

Representantes do setor na região dizem que pacote anunciado pelo Governo Federal é uma medida emergencial



MANAUS
- As medidas anunciadas pelo Governo Federal para fomentar a logística de grãos do agronegócio brasileiro foram minimizadas pelas entidades que representam as empresas do setor no Amazonas e os países pan-amazônicos. De acordo com o presidente da Associação PanAmazônia, Belisário Arce, as medidas anunciadas são muito bem vindas, mas têm caráter emergencial, paliativo, sem grandes benefícios para o Amazonas. “Precisamos de solução definitiva para a logística na Amazônia”, avaliou.
O pacote anunciado pelo governo inclui melhorias na infraestrutura de corredores multimodais em seis Estados: Mato Grosso, Roraima, Amazonas, Pará, Tocantins e Maranhão em especial a garantia de trafegabilidade na BR-163, entre os municípios de Sorriso-MT e Marituba-PA. As medidas visam evitar os congestionamentos de veículos no corredor de acesso ao Porto de Santos, e melhorar as condições de transporte na região Norte.
Segundo Arce, toda solução para a região precisa ter caráter pan-amazônico, ou seja, que englobe o espaço continental amazônico integralmente. “Isso depende de muitos fatores, dentre os quais uma intensa coordenação por parte das lideranças empresariais e políticas dos Estados e dos países amazônicos”, sugeriu.
 

Ações estratégicas para viabilizar o escoamento da safra agrícola 2014/2015 foram apresentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foto: Reprodução/Shutterstock
Os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e a Secretaria de Portos, Edinho Araújo, apresentaram na terça-feira (13), em Brasília-DF, ações estratégicas para viabilizar o escoamento da safra agrícola 2014/2015. O objetivo é dar continuidade às ações adotadas para evitar congestionamentos de veículos no corredor de acesso ao Porto de Santos, além de melhorias na infraestrutura dos corredores multimodais do Arco Norte nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Tocantins e Maranhão.
Arce defende a ideia de que as medidas para beneficiar a logística do Amazonas e consequentemente promover a integração nacional, venham de dentro dos Estados envolvidos. “É essencial também que as instâncias amazônicas sejam empoderadas e que as decisões tomadas em âmbito federal reflitam os anseios dos amazônidas e não visões de centros de poder de fora da Amazônia”, frisou.
Na opinião do presidente da Associação PanAmazônia, promover a infraestrutura logística que conecte a parte Norte da Amazônia ao resto do Brasil, requer urgência por ser imprescindível para o desenvolvimento sustentável da região e do país. “O que é mais urgente e imperioso”, alertou Arce.
Ainda segundo Arce, o extremo Norte da Amazônia já se interliga pela BR-174 à Venezuela, pela Ponte de Letten à República Cooperativa da Guiana, e pela Ponte de Oiapoque-Saint Jorge à Guiana Francesa. “Essa ponte foi finalizada em 2011, mas ainda não inaugurada!!!”, disse.
Arce explica que o Arco Norte, apesar de precário, já atende à região Sul da Amazônia, integrando pela BR-163, Mato Grosso, Rondônia, sul do Amazonas, sul do Pará, Tocantins e Maranhão. A oeste, a Amazônia se conecta ao Pacífico pela Transoceânica, que passa pelo Estado do Acre e chega ao porto de Illo no Peru.
Ainda lembrando que falta a ligação terrestre entre as partes Sul e Norte da Amazônia, “que se daria pela BR-319, que tem de ser pavimentada e complementada com a construção de pontes”, observou. Arce também disse que falta transformar os rios Nappo e Solimões em hidrovias, de fato. “O que permitiria transporte eficiente entre o Estado do Amazonas, Peru e Equador”, afirmou.  Belisário Arce, natural de Manaus, pan-amazonista engajado, organizou a obra literária “Desafios Logísticos na Amazônia Continental, lançado em 2014. Por uma Amazônia altiva, integrada e forte Fetramaz 
De acordo com a Federação das Empresas de Logística, Transportes e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz), as medidas anunciadas possuem grande importância para o escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste, em especial da soja. A BR-163 é um importante canal de escoamento da produção de soja para o Norte. Sob a ótica do PIM, a conclusão da rodovia, com seu asfaltamento, oportunizará uma nova rota para o fluxo de caminhões e semirreboques com cargas do PIM por Santarém/Miritituba/PA.
O representante da Fetramaz, Raimundo Augusto, disse que em relação às oportunidades da soja, há um estudo sendo realizado por um pesquisador da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) que avalia a possibilidade de escoar parte da produção de soja do Centro-Oeste do país por meio de contêineres em Manaus. “Como a safra precisa ser escoada de forma mais eficiente, parece-me uma boa oportunidade para o Centro-Oeste, mais do que para o Polo Industrial de Manaus (PIM).
Segundo informações que tive, de uma pessoa que fez esse trajeto pessoalmente, esta rota vem sendo usada pelos caminhoneiros de maneira intensa, por isso a necessidade de manutenção. Todavia, contamos com seu asfaltamento”, informou Augusto.
Rios são parte da solução 
A produção da safra brasileira 2013/2014 foi de 193 milhões de toneladas. Para 2014/2015, a expectativa é que esse número alcance 202 milhões de toneladas. Foi o que revelou o 4º levantamento de grãos divulgado em 9 de janeiro pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A ministra Kátia Abreu destacou que o complexo soja/farelo, que teve produção de 86 milhões de toneladas na safra 2014, tem uma previsão de 11% de aumento para 2015, com total de aproximadamente 96 milhões de toneladas. Para viabilizar o escoamento, o ministro dos Portos, Edinho Araújo, anunciou, entre outras, duas estratégias para o Plano Safra 2015, com foco no Porto de Santos. Uma delas é o aperfeiçoamento do sistema de agendamento de caminhões que acessam a instalação portuária. Antes, o controle era feito manualmente. Agora, será automatizado.
O sistema é denominado Portolog, ferramenta que faz parte do projeto “Cadeia Logística Portuária Inteligente” e que contemplará 12 portos públicos, sendo que Santos será o projeto piloto. Araújo disse, ainda, que o Porto de Santos contará com novo pátio neste ano. “Esse pátio terá capacidade de movimentar 650 caminhões por dia, foi credenciado pela Codesp no segundo semestre de 2014 e está a 20 minutos do Porto de Santos”, destacou o ministro dos Portos.
Em relação ao Arco Norte, haverá incentivo à instalação de novos terminais de uso privado no Pará, com a alteração da poligonal de Vila do Conde; início da operação do Tegram, com capacidade de movimentação de 10 milhões de toneladas por ano; e oito novas instalações portuárias privadas e mais três em processo de autorização na região Norte.
O Ministério dos Transportes realizará diversas ações. Entre elas, melhorias na infraestrutura para utilização de corredores multimodais em seis Estados (MT, RO, AM, PA, TO e MA); garantia de trafegabilidade na BR-163/MT/PA entre Sorriso/MT e Miritituba/PA, que já possui 809 km pavimentados; continuidade das obras de pavimentação da BR- 163/PA e de duplicação da BR-163/364/MT; manutenção das demais rodovias do Arco Norte: BR-364/174/158; incentivo à multimodalidade no Arco Norte, com financiamento de 426 embarcações hidroviárias com recursos do Fundo da Marinha Mercante para operação nas Hidrovias do Madeira e do Tapajós-Teles Pires; e incentivo ao uso do modal ferroviário, com a duplicação da ferrovia entre Campinas e Santos (223 km), que está 95,5% concluída.
 
Tanair Maria - Jornal do Commerciotmaria@jcam.com.br
Atualizado em 16/01/2015 07:46:03

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