segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

CONSULTOR DIZ QUE PARAGUAI É AMEAÇA REAL À ZFM E SUGERE IMPLANTAÇÃO DE FERROVIA COMO SOLUÇÃO PARA BR-319 - ITACOATIARA ESTÁ NO GAME !

Foto: Dayse Nunes / Portal do Zacarias

Fábio Lampert: “Cabe uma ferrovia de alta velocidade na questão da BR-319, capaz de transportar cargas e até passageiros, em uma velocidade maior. É uma questão de custos"
Há dois anos longe de Manaus, onde atuou na Sony, na Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam) e no Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), o gaúcho Fábio Lampert, hoje radicado em Curitiba, servindo à Stefanini, empresa de consultoria na área de tecnologia da informação e gestão de negócios, diz que o PIM vive um momento de instabilidade preocupante. “Os polos relojoeiro e termoplástico sofreram quedas preocupantes, o polo de duas rodas também está pelas tabelas. O polo eletroeletrônico vai mal por causa de uma questão de mudança cultural”, adverte, chamando a atenção para necessidade de renovação do modelo ZFM.




Por J Taketomi, editor de Política do PORTAL DO ZACARIAS

PORTAL DO ZACARIAS – O governador José Melo acaba de reassumir o governo anunciando um plano estratégico de desenvolvimento que, dentre outras coisas, pretende mudar a geografia econômica do Estado, investindo na duplicação da Estrada AM-010 e transformando o Porto de Itacoatiara em referência portuária na região Norte. Essa é a estratégia certa para o Amazonas?

Fábio Lampert – Alguns estados brasileiros já tiraram seus principais portos das capitais, colocando-os em regiões limítrofes de suas áreas metropolitanas. Isso é extremamente positivo, pois é um movimento de atualização, inclusive tecnológica. A estrutura do Porto de Manaus está ultrapassada e requer um investimento muito grande. O governador José Melo, então, está correto ao investir no Porto de Itacoatiara. Ele faz seu movimento de atualização. A área do Porto de Itacoatiara, na beira do Rio Amazonas, recebe navios de grande calado de forma perene. Eu sugiro que o governador, além da duplicação da AM-10, pense também na construção de uma ferrovia, a exemplo do que existe em Paranaguá, no Paraná, onde as cargas mais pesadas são escoadas por ferrovia. A ferrovia é um meio de transporte eficiente e barato.



Portal – A ferrovia não seria, igualmente, a solução para o problema do asfaltamento de um trecho de 400 quilômetros da BR-319 (Manaus-Porto Velho), fonte de polêmica que se arrasta há anos por implicar questões ambientais que nunca se resolvem?

Fábio – Sim, cabe uma ferrovia de alta velocidade na questão da BR-319, capaz de transportar cargas e até passageiros, em uma velocidade maior. É uma questão de custos. Europa, Estados Unidos e Canadá não abandonaram as ferrovias, uma excelente opção de transporte de baixo custo barato de carga. O Estado do Amazonas economizaria muito com uma ferrovia, que eliminaria frotas e mais frotas de caminhões movidos a diesel. O petróleo é caro e poluente, e, logo, a ferrovia rodovia se impõe por ser uma solução verde e mais econômica.

Portal – Os empresários do Polo Industrial de Manaus exigem, das autoridades estaduais e federais, providências imediatas em termos de logística de transporte, sob pena de o PIM definhar mais do que já está ocorrendo. Como o senhor vê essa questão?

Fábio – Em primeiro lugar, o PIM está muito pressionado pelo desenvolvimento muito acelerado da China. E existe agora o fator Paraguai, que não está sendo muito badalado na imprensa de Manaus, mas é uma ameaça real ao PIM. O Paraguai, que está crescendo muito do ponto de vista industrial, abriga 123 empresas brasileiras que importam produtos sem pagar nenhuma taxa e os exportam para o Mercosul.

“Além da duplicação da AM-10, o governador José Melo deve pensar também na construção
de uma ferrovia, a exemplo do que existe em Paranaguá, no Paraná, onde as cargas mais
pesadas são escoadas por ferrovia. A ferrovia é um meio de transporte eficiente e barato”

Portal – Isso é uma ameaça real à Zona Franca de Manaus.

Fábio – Sim, é uma ameaça real que está sendo fortemente observada pela Federação das Indústrias do Paraná e pela Federação do Estado do Mato Grosso que já enviaram comitivas de empresários para verificarem possibilidades de investimentos no lado paraguaio. A indústria sulista está pressionada e procura novas alternativas para vender produtos a custos mais baixos e manter sua competitividade no cenário internacional. O Paraguai é uma saída para essa indústria, e um outro país que caminha nesse sentido é o Uruguai. O Paraguai tem a vantagem da energia, tem a Hidrelétrica de Itaipu. Ele não tem porto, mas tem aeroporto e energia elétrica de sobra, e tem baixa carga tributária. Também conta com boa mão-de-obra, próximo que é de estados como Paraná e São Paulo, sem contar os brasiguaios, cerca de 300 mil brasileiros que vivem no Paraguai. À medida em que mais empresas se instalam lá, mais pessoas migram em busca de empregos. A fronteira é aberta. Isso acaba sendo uma ameaça séria ao modelo ZFM.

Portal – Antes, se falava no Paraguai apenas por causa do seu “importabando” a partir da fronteira Foz do Iguaçu/Ciudad Del Este. Mas, agora, o Paraguai se apresenta como um agente de real perigo às vantagens comparativas da nossa ZFM?

Fábio – Sim. Horácio Cartes, que é o atual presidente do Paraguai, tem uma visão empresarial e está mostrando que quer transformar o país num local de investimentos. O Paraguai mantém acordo de preferência comercial com a União Européia e está firmando outro com os Estados Unidos. O plano é transformar o Paraguai numa plataforma de exportações no Mercosul. Não devemos esquecer que recentemente Cartes esteve em Brasília, acompanhado de seus ministros, e recepcionou mais de 170 empresários brasileiros em evento promovido na capital paraguaia. No evento, o presidente cumprimentou a todos pessoalmente e deixou claro que quer saber onde queremos investir e de que forma desejamos fazê-lo. Adicionalmente, também há uma atividade agrícola importante envolvendo os ‘brasiguaios’. Lá no Paraguai há plantações de soja, algodão, menta e capim-limão, que é nosso conhecido capim-santo. Desse capim é extraído o óleo de citronela, utilizado para toda a indústria cosmética e farmacêutica. Ele é largamente consumido e o processamento desse óleo é feito dentro do Paraguai. O óleo é acondicionado em tambores de aço inoxidável e exportado para várias partes do mundo. Lá no Paraguai tem plantação de menta e de erva mate. É necessário que todos fiquem atentos. O Amazonas, como a gente sabe, tem capim-santo como mato, como um vegetal qualquer.

Portal – O que o Amazonas pode fazer diante de uma nova realidade como essa?

Fábio – Esse é um problema a gente não resolve bloqueando o que está acontecendo em outras regiões. O que temos que fazer é buscar um modelo de desenvolvimento bastante agressivo. A região Norte vai crescer demais quando o Estado do Amazonas acordar. O Amazonas é o que mais tem a ganhar e o que mais tem a perder se não tomar uma iniciativa forte e moderna agora. Não se trata de extinguir o modelo ZFM, mas, sim, renová-lo. O PIM vive um momento de instabilidade preocupante. Os polos relojoeiro e termoplástico sofreram quedas preocupantes, o polo de duas rodas também está pelas tabelas. O polo eletroeletrônico vai mal por causa de uma questão de mudança cultural. É que os jovens hoje não querem mais ver televisão, eles dispõem de tudo na Internet. Cada vez mais haverá fusão de tecnologias e é preciso o Amazonas despertar para isso. A linha branca também está mudando em todo o país. Vários tipos de eletrodomésticos serão abolidos em breve. São atividades que decaem, abrindo espaços para novas atividades emergentes no mundo. E quando se fala em tecnologia, fala-se não apenas em tecnologia da informação, mas tecnologia de desenvolvimento genético, tecnologia de biociência, tecnologia de robótica, tecnologia farmacêutica. O Amazonas está fazendo gestões para atrair essas tecnologias para substituírem atividades que já decaíram no PIM ? Essa é a pergunta que se impõe.

Fábio Lampert com o jornalista Juscelino Taketomi na Redação do PORTAL DO ZACARIAS:
“A indústria sulista está pressionada e procura novas alternativas para vender produtos
a custos mais baixos e manter sua competitividade no cenário internacional. O Paraguai é uma
saída para essa indústria. O Paraguai tem a vantagem da energia, tem a Hidrelétrica de Itaipu"
(Fotos: Dayse Nunes / Portal do Zacarias)
 
 Portal – Fala-se no Amazonas como um polo internacional de turismo.

Fábio – Fala-se muito, mas o que se está fazendo para tornar Manaus uma cidade realmente atrativa para o turismo internacional ?.Houve algumas providências por parte da iniciativa privada com a construção de hotéis de selva. Não houve mais nada. Enquanto isso, há duas semanas Curitiba ganhou da BBC de Londres um prêmio por ser uma das dez cidades com melhor qualidade de ar no mundo. Curitiba foi distinguida por possuir grande infraestrutura de opções para o turista se divertir, com seus parques e opções de diversão noturna. Esse prêmio bem que poderia distinguir Manaus, que tem vocação natural para tanto. Mas, Manaus exige investimentos nesse sentido, exige a renovação do modelo ZFM.

Portal – O Estado do Amazonas está acomodado e ainda terá que enfrentar uma nova guerra fiscal contra os estados do Sul e do Sudeste por conta dos produtos de informática cujas tecnologias se dinamizam a cada instante. O senhor não concorda?

Fábio – A tendência é desaparecer a fronteira entre o que é e não é bem de informática. A tecnologia da informação está presente hoje em todos os processos empresarias e, basicamente, do ponto de vista fiscal, o Governo Federal força a barra para que se use nota fiscal eletrônica, escrituração fiscal eletrônica. Isso é algo que vai evoluir de forma muito rápida. Mas, quanto a questão da guerra fiscal, ela continuará a existir, sem dúvida. O que o Amazonas tem que fazer é sair do discurso para a prática. Há trinta anos se fala que o Amazonas tem potencial turístico. No entanto, o Estado nunca saiu do potencial. Estados como Paraná e Santa Catarina conseguiram sair do discurso buscando, inclusive, recursos internacionais. O Amazonas tem que fazer o seu dever de casa e ir além das facilidades dos incentivos fiscais que possui há cinqüenta anos. O governador José Melo parece disposto a acender uma luz no fim desse túnel histórico.


Portal do Zacarias

Gerente diz que furtou cachaçaria em “momento de fraqueza” e que agiu sozinho


Pedro Marks Brito se entregou no município de Urucurituba - Filhofoto: reprodução
Pedro Marks Brito Filho se entregou no município de Urucurituba na noite do domingo (4) – foto: reprodução

 Após se entregar em município de Urucurituba (a 208 quilômetros da capital), Pedro Marks Brito Filho, 26, que forjou o próprio sequestro e furtou pouco mais de R$ 80 mil da Cachaçaria do Dedé, afirmou em depoimento que cometeu o crime “em um momento de fraqueza, coisa de momento, sem planejamento prévio”. Os detalhes da declaração do rapaz foram passadas pela delegada Titular do 12º  Distrito Integrado de Policia (DIP), Fabiola Queiroz, em coletiva a imprensa nesta segunda-feira (5).
  

A delegada afirmou que, durante depoimento em Urucurituba (a 208 quilômetros da capital), o rapaz relatou os detalhes do furto. “Ele contou que, por volta das 18h, do dia 31 de dezembro, ele foi responsável por finalizar os trabalhos no estabelecimento. Verificar o se o gás estava desligado, se as portas estavam fechadas e se as câmeras estavam funcionando. Quando ele viu que estava tudo devidamente organizado, iniciou a conduta delituosa. Ele disse que desligou as câmeras e se dirigiu ao cofre que fica no balcão do caixa. O sistema lá é ‘boca de lobo’, ele forçou a parte superior e retirou onde fica a boca de lobo e começou a fazer a retirada de uma forma aleatória, não sabendo inicialmente o valor que tinha tirado”.

Ainda conforme a delegada, o rapaz contou que, por volta das 19h15, foi para casa de uma irmã, no bairro Eldorado, confraternizou com os familiares, não demorou muito, e em seguida foi para rodoviária tentar pegar uma condução para Itacoatiara, onde residem outros familiares.

Como não tinha transporte, ele dormiu em um hotel próximo à rodoviária e no dia 1º de janeiro, por volta das 10h, ele pegou um táxi e se dirigiu ao município. Chegando lá, por volta das 15h, pegou uma lancha e se dirigiu a Urucurituba, onde se encontra no momento.
Por volta das 16h, ele chegou ao município, não procurou os familiares e se hospedou em uma pousada. Somente na manhã do dia 2 de janeiro ele procurou a família.

“Nesse contato é que a ficha dele caiu. A família conversou com Pedro para que ele fizesse a devolução do dinheiro e se entregasse. Nós tivemos uma grande ajuda dos familiares nas investigações, tanto de Manaus, quantos dos municípios do interior, mas ele estava com medo porque estava sendo procurado em todo o Estado”, disse Fabiola Queiroz.

Pedro afirmou ainda em depoimento que só teria furtado o valor de R$81.900. No sábado foram devolvidos R$80.900 na delegacia de Itacoatiara e que ele só teria gasto mil reais em despesas e para entrega do dinheiro.

Ainda de acordo com a titular do 12º DIP, o rapaz se apresentou espontaneamente na noite de domingo (4) e foi interrogado. O inquérito foi enviado à justiça e agora ele será indiciado por furto qualificado, mas, por enquanto, vai responder em liberdade.

A advogada da Cachaçaria do Dedé, Danielle Dias, informou que vai tentar um acordo judicial com Pedro para reaver o valor gasto pelo rapaz. “Nós vamos tentar um acordo judicial, a família está disposta a pagar esse valor, já que ele ainda tem salário a receber uma parte já pode ser abatida. Caso esse procedimento não ocorra nós vamos entrar com as medidas cabíveis, que é ação de cobrança no valor de R$ 3.470”.

A advogada ainda acrescentou que o caso só conseguiu ser solucionado graças à ajuda da família. “Junto com a família nós conseguimos pressionar para que ele se entregasse. O Pedro era um excelente funcionário, o André confiava nele tanto que ele era gerente. Foi uma decepção muito grande, mas conseguimos reaver quase o valor total. Agora ele será demitido por justa causa e a prisão é procedimento judicial. O André só queria que resolvesse isso, porque de inicio acabou expondo o estabelecimento de forma errônea”, concluiu.

Kattiúcia Silveira
(Especial EM TEMPO Online)

domingo, 4 de janeiro de 2015

Pecuaristas itacoatiarenses são notícia no Globo Rural da Rede Globo deste domingo

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Criadores do Amazonas começam o ano preocupados com a alimentação do gado. O rio voltou a subir e invadiu a pastagem das várzeas, deixando os animais sem ter o que comer.
O arroz nativo, que nesta época serviria de alimento para o gado, cresce pelas margens do rio, mas a terra está encharcada e há o risco de atoleiro para os bois.
Durante alguns meses do ano, o nível do rio Amazonas sobe e o pecuarista leva seu rebanho para áreas mais altas. Em terra firme, o pasto costuma ser insuficiente. Por isso, quando a água recua, o gado retorna à várzea, para ganhar peso no pasto que cresceu durante a cheia, mas este ano os animais vão ter menos tempo para engordar.
 
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Emerson Guimarães
 
O gado voltou para a área de várzea há três meses, ainda não recuperou completamente o peso e o rio já voltou a subir. Daqui a cerca de dois meses, o rebanho deve ser levado novamente para terra firme. A preocupação dos produtores é que por lá ainda não há pasto. 
A propriedade de Emerson Guimarães fica em um afluente do rio Amazonas em Itacoatiara. O produtor teve 15 perdas. “Aqui chegou magro, morreu atolado, morreu de fraqueza e lá morreu magro. O gado cai, não levanta mais”.
O pecuarista Claudiano Xavier reclama que nos últimos quatro anos seu rebanho caiu para a metade. Perdeu 200 cabeças de gado. Ele já não sabe mais como agir diante do ciclo das águas no Amazonas, que tem ocorrido de forma imprevisível. “Do jeito que está enchendo, daqui a dois meses tem que tirar. Aí é pau de novo, não tem para onde se defender, não”.

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Secretário de produção do município de Itacoatiara-AM Clemente Júnior
 
Segundo a Agência de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas, os criadores de Itacoatiara perderam oito mil cabeças de gado em 2014. O secretário de produção do município, Clemente Junior, diz que o ideal seria  investir em pasto na terra firme, mas os custos chegam a R$ 2,5 mil por hectare. “O que precisa é uma mobilização dos pecuaristas, dos criadores, junto ao poder público, às instituições de assistência técnica e de pesquisa, para que haja uma ação de recuperação de pastagem em toda a nossa região. Realmente é caro, mas quando se trabalha de uma forma correta, isso passa a ter resultado positivo”.
Em outra fazenda, o pasto está começando a se recuperar, mas não  deve ficar pronto até fevereiro, quando os bois voltam da várzea. Por isso, o veterinário Jaderson Weiller decidiu plantar capineira, como forma de melhorar a alimentação do gado. “A gente já vai estar preparado para não ter o efeito sanfona, que ocorre no gado aqui da região. É aquele gado que vai para a várzea magro, engorda, volta para a terra firme emagrece. O nosso não, a gente consegue manter ele gordo todo o ano”.

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Veterinário Jaderson Weiller
 
Em 2014, o nível do rio Amazonas subiu acima da média e desceu menos do que o normal.  Por isso, muitos pastos de várzea permaneceram alagados.
 
 
Amazonfest

sábado, 3 de janeiro de 2015

Lamentável! Arrependido, gerente de cachaçaria devolve dinheiro furtado, mas não se entrega!

 Gerente de cachaçaria devolve dinheiro e deve se entregar, mas não será preso
Delegada Fabíola Queiroz diz que a boa vontade da família foi fundamental na investigação, mas ela ainda espera pela rendição de Pedro Marks (Antônio Menezes)
         

A família de Pedro Marks Brito Filho, de 26 anos - coordenador de garçons da Cachaçaria do Dedé localizada no Shopping Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, que fugiu com R$ 86 mil furtados da empresa e forjou o próprio sequestro -, se arrependeu e devolveu quase todo o dinheiro à Policia Civil de Itacoatiara (a 177 quilômetros da capital) na manhã deste sábado (3).
Segundo a delegada titular do 19º Distrito Integrado de  Policia (DIP), Fabíola Queiroz, o pai de Marks foi quem devolveu o valor de R$ 80,930, quase R$ 5 mil a menos do que foi levado. "O pai de Pedro Marks foi na manhã de hoje na delegacia e disse que o filho se arrependeu ao se sentir ameaçado, pois estava sendo procurado (pela polícia)”, revelou Fabíola, durante coletiva de imprensa.
Ainda conforme a delegada, o dinheiro foi devolvido mas Pedro Marks ainda não se entregou, mas ela frisou que a Polícia Civil está aguardando por uma atitude assim. "O caráter e a boa vontade da família foi fundamental durante as investigações, e vamos aguardar”, concluiu. Informações dão conta, ainda, que o funcionário fugiu para o município de Urucurituba, a 208 quilômetros de Manaus.
 
Jornal Acrítica
Manaus (AM), 03 de Janeiro de 2015
PERLA SOARES

 
 
Gerente de cachaçaria devolve dinheiro e deve se entregar, mas não será preso
O gerente da Cachaçaria do Dedé, Pedro Marques Brito, que desapareceu há três dias, devolveu, neste sábado (3), a quantia de mais de R$ 80 mil que havia roubado da loja e deve se entregar à polícia. Porém, ele não vai ser preso.
De acordo com a titular do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegada Fabíola Queiroz de Oliveira, que investiga o caso, o gerente será indiciado por furto, mas não será preso por não ter sido flagrante. Pedro Marques responderá o processo em liberdade.
A delegada esclareceu que o cunhado do acusado, identificado apenas como André, foi quem confirmou que Pedro Marques tirou a quantia de mais de R$ 80 mil da loja no dia 31 de dezembro.
De acordo com o depoimento do cunhado, Pedro estaria nas proximidades do município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) e se arrependeu do que fez. Por isso, pediu para que o pai dele entregasse o dinheiro, que foi recebido na delegacia do município.
De acordo com a delegada, Pedro Marques estaria se dirigindo a Manaus para se entregar e esclarecer mais detalhes do caso.


Com informações de Ive Rylo (Jornal EM TEMPO)

Funcionário itacoatiarense de restaurante e Cachaçaria do Dedé some na noite do réveillon em Manaus

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O funcionário de um restaurante e cachaçaria desapareceu em Manaus no último dia 31. Segundo a família, Pedro Marques Brito Filho, de 26 anos, sumiu durante trajeto entre os bairros Parque Dez e Armando Mendes. A Polícia Civil investiga o desaparecimento.

Segundo a irmã de Pedro e auxiliar de saúde bucal, Nicéia Marques Brito, de 39 anos, ele foi visto pela última vez na véspera de Réveillon, por volta das 20h30, no Conjunto Eldorado, na Zona Centro-Sul de Manaus. Antes de seguir o trajeto de ônibus de volta para casa no bairro Armando Mendes, Zona Leste, ele chegou a visitar uma das irmãs. O funcionário havia saído às 18h30 do estabelecimento onde trabalha, situado em um shopping na Ponta Negra.
“Ele saiu do trabalho e veio diretamente para a casa da nossa irmã no Eldorado. Depois foi embora para a casa dele no bairro Armando Mendes, dizendo que iria para a igreja com a esposa. Meu irmão é evangélico, não ingere bebida alcoólica e não fuma. Percebemos o desaparecimento poucas horas depois quando a esposa ligou perguntando se ele ainda estava aqui”, relatou Nicéia. “Ele nunca tinha desaparecido antes. Já completou mais de 30 horas e isso nos deixa mais angustiados, pois não temos nenhuma pista do paradeiro do meu irmão”, acrescentou.
A esposa de Pedro, a professora Dayane Brito, de 23 anos, disse que o casal tem relação conjugal há dois anos e que o marido tem poucos amigos em Manaus. “Meu marido trabalha há quatro meses no restaurante e há oito anos mora em Manaus. Ele é de Itacoatiara e tinha poucos amigos na capital, apenas colegas de trabalho”, revelou a esposa.
Sem nenhum contato de Pedro Marques, a família registrou o caso no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ao G1, a assessoria da Polícia Civil informou que a delegada Fabíola Queiroz, do 19º DIP, acompanhará o caso. A Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (DEOPS) deve ser acionada.
O Shopping Ponta Negra, onde está localizado o restaurante e cachaçaria onde Marques Brito Filho trabalha, informou, por meio de nota, que está à disposição da Secretaria de Segurança Pública as imagens do circuito interno do centro de compras, com o objetivo de contribuir para as investigações. “A gerência destaca que, pelas imagens, tudo indica que não houve sequestro nas dependências do shopping. O centro de compras possui uma Central de Monitoramento 24hs de CFTV (Circuito Fechado de TV) e todo o sistema é digital”, diz o comunicado.
 
 
Amazonfest

NOTA DE FALECIMENTO



Noticiamos o falecimento de Dona Maniquinha, neste dia 03/01/14, na cidade de Manaus. Morava na Rua General Carneiro - Bairro da Colônia - Itacoatiara/AM.
 
"Quando um prédio histórico é demolido e quando os mestres das artes populares tombam, a cultura de um local empobrece". A comunidade coloniense e a cultura itacoatiarense ficam tristes, pela perda de Dona Maniquinha, assim a cultura cada vez mais se apequena e se definha!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Cena artística local se prepara para entrar em ebulição em 2015

Novas edições de festivais alternativos e novidades nas artes visuais, cênicas, literárias, cinematográficas, musical e regional prometem agitar Manaus e o Amazonas neste Ano Novo.

Festival Até o Tucupi agitou o fim de semana em Manaus
Os Tucumanos é uma das bandas à frente do projeto socio-cultural Pirão AM. Acima, a participação do grupo no festival local Até o Tucupi (Bruno Kelly)

 
Festivais alternativos
O Coletivo Difusão, que coordena o festival de artes integradas Até o Tucupi, pretende fortalecer e ampliar o debate sobre políticas públicas para a cultura na programação do evento, que chega à sua décima edição em 2015. O planejamento já está a todo vapor, segundo Elisa Maia. Já o movimento cultural Pirão dá boas vindas ao novo ano com projetos que vão consolidar a proposta de difusão da música amazonense. Além da realização de circuitos e festivais, o Pirão prepara o lançamento de um disco duplo com a participação de 12 artistas e bandas que aderiram ao movimento. A produção do álbum é assinada por Rosivaldo Cordeiro.
 
Artes visuais
Embora ainda careçam de uma política cultural séria no Estado, as Artes Visuais têm uma perspectiva promissora na terceira edição do Seminário do segmento, em 2015, decorrente do diálogo construído entre artistas locais e curadores e pesquisadores do circuito nacional na recente edição. No circuito, vale a pena conferir “Maurbcaos”, exposição de Jandr Reis inspirada no caos urbano da cidade, prevista para março, na Galeria do Icbeu.
 
Banzeiro Poético
Lançado este ano, o Banzeiro Poético seguirá “agitando as águas” na capital com novas edições do sarau boêmio “#NoitesLiterárias”, a serem anunciadas, e com o lançamento da primeira Antologia Poética do projeto, em meados do ano.
 
Novo longa
As filmagens terminaram há apenas um mês, mas o novo filme de Sérgio Andrade, “Antes o tempo não acabava”, já produz expectativa no cenário audiovisual amazônico. Não é para menos: o primeiro longa do amazonense, “A floresta de Jonathas”, chamou a atenção internacional, tendo passado por mais de 20 festivais ao redor do mundo. Mesmo sem data de lançamento definida, o novo projeto deve ser finalizado ainda em 2015, segundo o diretor.
 

Sérgio Andrade e Silvia Cruz
Curtas em produção
Vários curtas do Amazonas foram destaque em festivais aqui e lá fora este ano, e em 2015 não deve ser diferente. Alguns títulos que saem do forno no próximo ano são “Pranto lunar”, de Dheik Praia, “Mau hábito”, de Moacyr Massulo, e “Nascer, crescer e negar”, de Emerson Medina. Os dois últimos são produções do grupo Planos em Sequência, que já tem outros três filmes em produção. E com o programa Brasil de Todas as Telas, do Ministério da Cultura, as perspectivas para o audiovisual no Estado são ainda mais promissoras.
 
Literatura
O escritor Diego Moraes, que se destacou em 2014 pela idealização da Flipobre, primeiro festival literário 100% virtual, prepara a publicação de dois livros para o próximo ano: “Um bar fecha dentro da gente”, de poesia, pela editora portuguesa Douda Correria, e “Eu já fui aquele cara que comprava vinte fichas e falava ‘eu te amo’ no orelhão”, pela editora Corsário-Satã, de São Paulo. Quanto à Flipobre, Moraes garante a realização de um sarau, além de mais uma edição do festival.
 
Em discos
Vêm aí novidades na cena musical amazonense. A banda Alaídenegão lança ainda em janeiro seu primeiro álbum, “Senoide Sensual”, gravado pela Deckdisc. No dia 30 de janeiro, Zeca Torres apresenta novo disco de inéditas após 20 anos longe dos estúdios. “Bailando na escuridão” será lançado em show com participações especiais, no Teatro Amazonas. A banda de indie rock Alado’s também está com EP novo: “Antes Que Seja Tarde” será disponibilizado em formato físico até o mês de março.
 

Banda Alaídenegão
Parintins 50 anos
Um dos maiores espetáculos a céu aberto do mundo, o Festival Folclórico de Parintins chega à sua 50ª edição como um ícone da cultura popular brasileira. A festa, que consagrou a disputa entre os bois-bumbás Caprichoso e Garantido, será acompanhada por uma série de ações comemorativas por parte das duas associações.
 
Projetos no teatro
A Cartolas Produções (foto) comemora cinco anos com projetos nas linguagens do clown, teatro de rua e adulto. Os artistas ainda articulam com o Ateliê 23 a montagem de um espetáculo infantojuvenil. Por falar em Ateliê, a companhia estreia trabalho com texto próprio que abordará o tema da transfobia. Já a Soufflé de Bodó Company circulará, entre fevereiro e março, pelos 52 municípios de Rondônia com o espetáculo de rua “O Dragão de Macaparana”. “Boi de Piranha”, peça do diretor do grupo, Francis Madson, também fará parte do circuito nacional do Palco Giratório.
 
Projetos na dança
A Contém Dança Cia. (foto) realiza já em fevereiro uma série de intervenções urbanas em Manaus, projeto contemplado com um prêmio da Funarte. Ainda no primeiro semestre, a companhia realiza nova temporada do espetáculo “Chico: o corpo em cores e sons”. Enquanto isso, a Cia. de Intérpretes Independentes produzirá “Mito de criação”, trabalho sobre a criação do universo a partir da cosmogonia indígena.
 
 

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