O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, vai conversar com o
governador José Melo para, juntos, traçarem uma estratégia que garanta a
implantação do Polo Naval em Manaus. A garantia foi dada logo após uma
ampla apresentação dos projetos de construção do Complexo Naval,
Mineral e Logística do Amazonas (CNML-AM), feita pelo diretor executivo
da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas
(Seplan), César Peixoto, na quarta-feira à noite, no Palácio Rio Branco.
Após analisar detalhadamente o projeto, o prefeito ficou
convencido de que é uma ação importante para a economia do Estado e da
cidade, especificamente, que virá a fortalecer a geração de divisas e
empregos para ambos, com aproveitamento dos incentivos concedidos à Zona
Franca de Manaus. Ele sugeriu, no entanto, que no primeiro momento seja
retirado de pauta o polo mineral, por trazer empecilhos ambientais que
demandam medidas de prevenção a longo prazo e que podem retardar a
implantação do Polo Naval.
“O
Polo Naval é muito importante porque estaríamos aproveitando os
incentivos da Zona Franca e criando um novo polo industrial forte,
grande como o PIM e perene. Acredito muito nessa ideia e gostaria muito
de poder ajudar nisso”, destacou.
Durante a reunião, Peixoto informou que apesar de concluído, o
projeto ainda não está execução porque existem embargos feitos pelo
Ministério Público Federal. O secretário garantiu que todas as
exigências estão sendo estudadas e serão cumpridas.
“O projeto tem como foco a atração de investimento,
principalmente na área de construção naval e na parte de logística que
tanto precisamos no Estado. Nós estamos aqui com o prefeito, justamente
para reunir os esforços necessários para que o projeto se realize. Junto
podemos fazer muito mais”, comentou.
De acordo com o secretário da Seplan, o projeto prevê a
implantação do polo em uma área do Puraquequara, na zona Leste, mas
também há estudos para que seja construído no município de Itacoatiara.
Para o presidente do Sindicato da Construção Naval de Manaus,
Matheus Araújo, é imprescindível que ele seja erguido em Manaus. “Esse
Polo não pode sair de Manaus, porque se ele chegar a ser construído em
Itacoatiara, foge do perímetro de abrangência da Zona Franca de Manaus e
perde os incentivos e todas as sus vantagens. Se isso ocorrer, vamos
perder as vantagens comparativas com outros estados brasileiros, sem
incentivos e vantagens. Nós precisamos mais do que nunca deste novo
ciclo econômico”, frisou. (
Enquanto o município de Manaus corre atrás da implantação do
Polo Naval em sua sede, apesar de estar impossibilitado de construir o empreendimento
na região do Puraquequera, ocasionado por questões ambientais, além do fato de
que o referido local, estar fixada em um sítio arqueológico, motivo que também causou
uma ação jurídica pelo IPHAN e Ministério Público. O Município de Itacoatiara a
curto prazo, está desimpedido de qualquer problema dessa natureza. Por isso já
está mais que na hora de que sejam articuladas medidas para a que cidade de
Itacoatiara não perca esse investimento que já possui até estudos de uma provável
instalação no município. Não podemos nos dar o luxo de deixar mais um grande
investimento escapar de nossas mãos. Itacoatiara precisa de investimentos e de
geração de emprego e renda, e com a construção do Polo Naval em Itacoatiara que
já tem vocação natural com a questão portuária, possuindo o melhor calado fluvial do Estado, não pode perder essa
oportunidade de se transformar no maior centro de construção naval da Amazônia. (Frank Chaves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário