Os dados foram divulgados na pesquisa Estatísticas de Gênero, do IBGE
As mulheres no Estado chegam mais ao nível superior ( 9,46%) do que os homens (7%). Foto: Wilson Dias/ ABr
Com índices de
escolaridade superiores aos dos homens, as mulheres do Amazonas
continuam atrás quando analisados o rendimento e a inserção no mercado
de trabalho. Os dados constam na pesquisa Estatísticas de Gênero,
divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), e correspondem a uma análise dos resultados do
Censo Demográfico 2010.
Além de terem menor taxa de analfabetismo,
de 9,6% contra 10,3% dos homens, as mulheres no Estado chegam mais ao
nível superior ( 9,46%) do que os homens (7%). Mas o rendimento médio
das mulheres ainda é de 69,1% do rendimento dos homens.
Em 2000, a
disparidade de rendimento entre sexos, que permanece alta apesar do
maior ganho para mulheres, era de disparidade era de 73,4%. Entre as
mulheres da população parda, a disparidade ainda era de 70,4%, em 2010.
Em 2002, era de 73,52%.
A pesquisa também mostra que, no Amazonas,
a média do percentual do rendimento das mulheres na família em relação
ao rendimento familiar total subiu de 32,3% em 2000, para 41,1% em 2010,
passando da média nacional, de 40,9%.
Brasil
Além
da valorização do salário mínimo, houve aumento real do rendimento
médio de todas as fontes na comparação entre 2010 e 2000.
As
mulheres tiveram o maior aumento relativo (12,0% frente a 7,9% dos
homens), e a maior variação ocorreu na região Centro-Oeste (22,1%).
O crescimento do rendimento feminino reduziu um pouco as disparidades entre os sexos, mas não foi uniforme em todo o País.
Em 2010, o rendimento médio era de R$ 1.587 para os homens e R$ 1.074 entre as mulheres (67,7% do rendimento masculino).
Nas
cidades com mais de 500 mil habitantes, a desigualdade de rendimento
entre mulheres e homens é menor comparativamente às cidades menos
populosas. Quase todas as capitais demais apresentaram redução na
desigualdade de rendimentos por sexo entre 2000 e 2010, com exceção de
Porto Velho e João Pessoa.
Além das disparidades regionais, dado
que o rendimento médio das pessoas no Nordeste (R$ 881) é 43% menor que o
rendimento médio das pessoas no Sudeste (R$ 1.575), a componente racial
é um importante atributo.
O rendimento médio das mulheres pretas
ou pardas (R$ 727) correspondia a 35,0% do rendimento médio dos homens
brancos (R$ 2.086).
As mulheres rurais são as que apresentam os
rendimentos mais baixos (R$ 480), valor inferior ao salário mínimo
vigente no período (R$ 510).
No Brasil, o rendimento médio das
mulheres com os 20% maiores rendimentos é de R$ 3.367, equivalente a
20,5 vezes o rendimento médio das mulheres com os 20% menores
rendimentos.
No caso dos homens, essa relação é 14,1 vezes, o que
mostra que a distribuição do rendimento entre as mulheres é mais
desigual comparativamente à dos homens.
A desigualdade de
rendimentos por sexo é mais acentuada entre os 20% mais pobres (45,3%).
Neste grupo, a maior desigualdade de rendimentos entre mulheres e homens
é observada na região Norte (40,9%), e a menor, na região Sul (71,9%).
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