A
Revista Isto É desta semana bota mais lenha na fogueira do escândalo
da Petrobrás e revela que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa
continua apontando o dedo para mais parlamentares que teriam se
beneficiado com dinheiro
de corrupção nas obras da companhia. A revista que circulou neste
sábado envolve os nomes do governador Cid Gomes, do Ceará, dos Senadores
Francisco Dornelles e Delcídio Amaral, e do deputado Eduardo Cunha. A
revista revela que a informação Paulo Roberta Costa apontou esses nomes
em depoimento à Polícia Federal e a procuradores federais do Paraná.
A PF, no entanto, apura a origem dos
recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas
ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e
internalizar o dinheiro
depositado no exterior. A Justiça da Suíça vai colaborar para apurar
todas as informações. Os indícios são de que é lá que circularam as
receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobrás.
A revista revela que no fim de agosto
deste ano um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa apareceu no
caixa controlado pelo Senador Renan Calheiros. Para que os recursos não
saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o
dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de
diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan
Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O
senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou
proximidade com a diretoria da Petrobrás.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto
Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram
obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos
integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do
dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas
pela Petrobrás engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto
os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o
PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no
escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC
destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma
Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões
pela UTC.
Recém-incluído na rumorosa relação do
delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para
sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A
campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil
da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC.
Outros três políticos que aparecem no
escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras
acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobrás. O deputado
Cândido Vaccarezza recebeu com R$ 150 mil da UTC. O senador Francisco
Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da
Queiroz Galvão. Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas,
segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações.
Ainda não há maiores informações sobre as participações do Senador
Delcidio Amaral, do governador Cid Gomes e do Deputado Eduardo Cunha.
Segundo as denúncias da revista, eles tabém teriam sido beneficiados com
o dinheiro da corrupção de obras da Petrobrás.
fonte:
http://www.petronoticias.com.br/archives/57009
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