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sábado, 13 de setembro de 2014

PAULO ROBERTO COSTA APONTA OUTROS DE POLÍTICOS E DENUNCIA SUAS PARTICIPAÇÕES NO ESCÂNDALO DA PETROBRÁS

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A Revista Isto É desta semana bota mais  lenha na fogueira do escândalo da Petrobrás e revela que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa continua apontando o dedo para mais parlamentares que teriam se beneficiado com dinheiro de corrupção nas obras da companhia. A revista que circulou neste sábado envolve os nomes do governador Cid Gomes, do Ceará, dos Senadores  Francisco Dornelles e Delcídio Amaral, e do deputado Eduardo Cunha. A revista revela que a informação Paulo Roberta Costa apontou esses nomes em depoimento à Polícia Federal e a procuradores federais do Paraná.
A PF, no entanto, apura a origem dos recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e internalizar o dinheiro depositado no exterior. A Justiça da Suíça vai colaborar para apurar todas as informações. Os indícios são de que é lá que  circularam as receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobrás.
A revista revela que no fim de agosto deste ano  um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa apareceu no caixa controlado pelo Senador  Renan Calheiros. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobrás.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas pela Petrobrás engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.
Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC.
Outros três políticos que aparecem no escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobrás. O deputado Cândido Vaccarezza recebeu com R$ 150 mil da UTC. O senador Francisco Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão. Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas, segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações. Ainda não há maiores informações sobre as participações do Senador Delcidio Amaral, do governador Cid Gomes e do Deputado Eduardo Cunha. Segundo as denúncias da revista, eles tabém teriam sido beneficiados com o dinheiro da corrupção de obras da Petrobrás.

fonte:
http://www.petronoticias.com.br/archives/57009

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