segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

19 municípios do interior serão beneficiados com entrega de títulos pelo Governo do Amazonas

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A política fundiária do Governo do Amazonas deverá beneficiar neste ano, por meio da Secretaria de Política Fundiária (SPF), 19 cidades do interior do Estado com a entrega de 5 mil títulos definitivos rurais. Outros 1 mil títulos urbanos também deverão ser entregues para a cidade de Novo Airão e aproximadamente 12 mil documentos vão atender famílias da capital amazonense.
As novidades foram anunciadas no último sábado, dia 24 de janeiro, pelo secretário estadual de Política Fundiária, Ivanhoé Mendes, que esteve reunido com moradores do bairro São Jorge, onde o Governo irá distribuir 1 mil títulos. “Após o Carnaval vamos percorrer várias cidades como Barreirinha, Maués, Itacoatiara, e outras. Só em Novo Airão vamos entregar mil títulos urbanos, a maior entrega de títulos de terra urbanos fora da cidade de Manaus”, destacou o secretário.
Ainda segundo Ivanhoé, a previsão é que a entrega dos títulos aos amazonenses do interior seja feita com a presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias.
O título definitivo do imóvel garante segurança jurídica sobre a posse da propriedade, além de possibilitar o acesso às inúmeras políticas públicas e de crédito em agências de fomento, como a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e o Basa, e também aos bancos privados. “Você vê famílias que estão há quase uma década morando numa casa, elas têm a posse da casa mas não são os legítimos proprietários. E a partir de agora, com o título, elas poderão registrar e ter segurança jurídica”, ressaltou Ivanhoé.


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domingo, 25 de janeiro de 2015

Percorrendo longos trajetos pela capital, carteiros comemoram o seu dia neste domingo (25)

Com uma rotina que inclui 15 quilômetros de caminhadas diárias, eles percorrem a cidade e ajudam a reduzir distâncias entre a correspondência e o destinatário. Dia do Carteiro é comemorado no dia 25 de janeiro
Há 12 anos entregando cartas, Fredson Freitas conta que caminha, em média,  15 km por dia, carregando uma carga de até 12kg. 

Há 12 anos entregando cartas, Fredson Freitas conta que caminha, em média, 15 km por dia, carregando uma carga de até 12kg. (Antônio Lima)
 
Não é por acaso que neste domingo é celebrado o dia carteiro: em 1663, nessa mesma data, foi instituído o primeiro correio-mor do Brasil. Desde então, esse profissional está nas ruas de todo o País entregando as correspondências e diminuindo as distâncias entre as pessoas.
A distância só não diminui para o próprio profissional, que anda em média 15 km por dia com uma carga de aproximadamente 8 kg, caso seja uma carteira, e 12 kg se for um carteiro.
 
Bem vindo
Segundo o carteiro Fredson Freitas da Silva, 37, que trabalha há 12 anos no mesmo distrito, no bairro Presidente Vargas (mais conhecido como Matinha), Zona Sul da capital, quando está com a farda, ele é bem-vindo em todos os locais da cidade e não tem a segurança ameaçada mesmo quando está em locais considerados mais perigosos pela polícia. “No trabalho vou em locais onde se sabe que existem usuários de drogas e pessoas envolvidas com tráfico, mas nada acontece comigo. As pessoas sabem que se fizerem mal aos carteiros, não receberão suas cartas”, afirma Fredson.
Ele também conta que, após trabalhar por todo esse tempo no mesmo distrito, já conhece os “clientes” pelo nome e viu muitas crianças do bairro tornarem-se praticamente adultos.“Sou amigo dos meus clientes e eles são meus amigos também. Sempre nos convidam (os carteiros) para um café, uma água... conversamos um pouco, mas tudo deve ser com um pouco de pressa”, afirma Fredson, justificando que ele tem hora para concluir as entregas.
 
Use a conta de água
Uma das dificuldades descritas por Fredson na hora de entregar as cartas é o endereço. “É que sempre a prefeitura muda o nome da rua, não sei por que isso acontece. Para mim, que já conheço bem o meu distrito, não é um problema, mas para um novato na área, sim”, explica o carteiro Fredson.
Ele também deixa uma dica valiosa para quem deseja receber sua correspondência sem erro. “Recomendo que as pessoas usem as contas de água na hora de fornecer o endereço para uma loja ou coisa assim. Como é fornecida pela prefeitura, os dados se mantém atualizados”.
Concorrência
De acordo com o experiente carteiro, o e-mail e outros novos recursos da comunicação não influenciaram no trabalho deles. “Não diminui nossa quantidade de trabalho porque as pessoas preferem receber a conta do que ter que imprimir, então continuamos trabalhando igual como quando eu comecei, com meus 25 anos”, garante Fredson.
 
Cachorros
As cicatrizes de Fredson não o deixam esquecer dos piores inimigos dos carteiros: os cachorros. “Já fui mordido umas três vezes, são ossos do ofício”, conclui.
 
 
Jornal acrítica - Manaus (AM), 25 de Janeiro de 2015
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sábado, 24 de janeiro de 2015

AMAZÔNIA E O CLIMA


AMAZÔNIA E O CLIMA.
O desabastecimento dos reservatórios de água no sudeste, nesses meses de verão acendeu a discussão sobre o clima, com alguns palpites totalmente fora do contexto científico. Para entender melhor o problema é preciso recorrer aos eventos da nossa história geológica e dizer que o clima se estabilizou por volta de 11 a 12 mil anos (Holoceno) permitindo, na Amazônia, a expansão das ilhas de alta biodiversidade (Teoria dos Refúgios) dando origem ao atual cenário florestal. Nesse período, entretanto, houve uma forte crise climática, (entre 5 e 6 mil anos atrás) decorrente do derretimento de geleiras, que elevou o nível do mar, represou o Amazonas e originou as várzeas atuais onde uma riquíssima biodiversidade é indissociável da manutenção do equilíbrio ecológico dos rios de água branca.

A INFLUÊNCIA HUMANA.
A Revolução Industrial iniciada no final dos anos de 1800 provocou grandes transformações nas características do planeta o que levou Paul Crutzen, Premio Nobel de Química de 1955, a sugerir o surgimento de uma nova era - Antropocena - (pós Holoceno) assentando sua teoria no fato das atividades humanas terem se tornado a principal força por trás das grandes mudanças na topografia e no clima do planeta.
Na Amazônia, as alterações humanas só vieram quase 100 anos depois da Revolução Industrial, quando a ditadura militar (1964) com a justificativa de manter a soberania sobre o território, optou por ocupar a região pela via da migração, usando inclusive um “slogan” que dizia “homens sem terra para terra sem homens”. Essa opção é o marco inicial da destruição da floresta e da biodiversidade que, juntas e sob o primado da energia solar, constituem o alicerce do clima regional.

O CLIMA NA AMAZÔNIA.
Um fator determinante do clima, portanto, é a radiação solar incidente que, em média, chega a 400 calorias por centímetro quadrado, por dia, das quais 73% são utilizadas na produção de vapor d’água através da evapotranspiração das florestas e da evaporação dos espelhos de água, 25-26% utilizadas para o aquecimento do ar e apenas 1–2 % para formação de matéria orgânica nova, através da fotossíntese.

O CICLO DA ÁGUA.
A precipitação pluviométrica média na bacia do rio Amazonas é de 2.400 milímetros por ano sendo que, na porção noroeste, na área conhecida como “cabeça de cachorro” - região fronteiriça entre Brasil, Colômbia, Venezuela - não ocorre estiagem e a chuva pode atingir até 3.500 mm/ano. Precipitações elevadas também ocorrem no litoral do Amapá em razão da influência das linhas de instabilidade que se formam ao longo da costa no período da tarde e que são levadas para o continente pelos ventos marinhos.
Esses ventos marinhos introduzem na atmosfera da Amazônia, cerca de 10.000.000.000.000 metros cúbicos de vapor d’água por ano, dos quais mais ou menos 4.000.000.000.000 saem pelos “rios voadores” para abastecer a formação de nuvens e chuvas no Pantanal, no Centro Oeste e no Sudeste. Ficam, portanto, na região, cerca de 6.000.000.000.000 metros cúbicos que são reciclados pela floresta e transformados em 15.400.000.000.000.000 metros cúbicos de chuva. Esse balanço hídrico do clima da Amazônia, só fecha porque os dados e conclusões científicas (eu sei e não eu acho) mostram que a floresta, através do processo de evapotranspiração, reintroduz a água na atmosfera dando origem a novas nuvens formadoras de novas chuvas que se precipitam sobre a floresta, com a mesma água chovendo de duas a três vezes. É difícil definir com precisão o que a destruição das florestas e da biodiversidade provocará no clima amazônico, porém simulações em computadores indicam que haverá chuvas torrenciais, assoreamento dos rios, erosão do solo, e significativas alterações climáticas regionais com consequências de maior ou menor intensidade sobre o resto do Brasil.
Evidentemente a questão é muito mais complexa do que cabe em uma coluna de jornal, mas ele serve como indicador da impossibilidade de entender o clima do Brasil, sem refletir sobre o ciclo da água na bacia amazônica, pois a quantidade de energia solar, o volume de água e a área da bacia têm dimensões inseridas em uma enorme ordem de grandeza.


Por Ozório Fonseca: Esse texto foi publicado na edição deste final de semana do Jornal do Comércio.

Sequestro de ônibus aterroriza passageiros que utilizam o transporte entre Manaus e Itacoatiara

O assalto seguido de sequestro aterrorizou a todos devido a forma violenta como ocorreu

Da Redação – Uma prática criminal comum no sul do pais agora parece assustar também em Manaus. O sequestro de ônibus. Na manhã da última quinta-feira (22), os usuários do ônibus da Eucatur que faz a Linha Itacoatiara-Manaus viveram essa triste situação. O clima de terror tomou conta de todos que estavam no veículo. Os assaltantes estavam munidos de forte armamento, ameaçaram a todos colocando em risco o bem mais precioso que um ser humano possua: a própria vida.
 
A tomada do ônibus ocorreu já em Manaus, em plena 11 horas da manhã, na Avenida Torquato Tapajós, na altura da comunidade Campos Sales. Os sequestradores e assaltantes se revezavam nas agressões aos passageiros e a tripulação roubando dinheiro, joias, roupas, além dos Celulares e dois Notebooks de duas professoras.
 
“Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças", disse Rosquildes
“Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças”, disse Rosquildes
 
Uma das vitimas foi o vereador Francisco Rosquildes (PT) que ficou bastante horrorizado com a situação. Ele ficou só com a roupa do corpo, literalmente, pois tudo foi levado. Foi por iniciativa dele que todas as vítimas foram até o 12º Distrito Integrado de Policia, onde registraram o ocorrido, formalizando um Boletim de Ocorrência. Rosquildes costuma fazer com frequência essa viagem, e esta estarrecido com o ocorrido. “Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças, uma experiência que não quero que ninguém sinta, e espero que a empresa possa ressarcir os prejuízos causados pelos sequestradores”, disse o parlamentar.
 
Um representante da Eucatur esteve conversando com os passageiros e disse que no espaço de 30 dias a empresa irá saber como atender ou reparar os prejuízos. (Texto e Fotos: Kennedy Lyra)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Ônibus intermunicipal que faz linha de Itacoatiara para Manaus é assaltado



Ônibus da agencia de viagens Eucatur, que saiu as 7h da manhã do dia 22 de janeiro de Itacoatiara para Manaus, foi abordado por assaltantes em frente ao armazém da empresa de motocicletas DAFRA em Manaus. Fizeram um arrastão nos pertences dos 27 passageiros. Não há informação de sequestro ou de feridos. A fonte é da própria agência de viagens de Itacoatiara. (Nara Mendes)
 
Testemunhas informaram que os meliantes pegaram o ônibus já em Manaus, depois da barreira, já em frente a empresa Dafra, e após anunciarem o assalta, mandaram o motorista desviar a rota para a estrada do Tarumã, onde finalizaram o roubo e abandonaram o ônibus com os passageiros. 
 
Certamente essa situação dos motoristas fazerem parada na estrada facilita esse tipo de ação. Essa situação das empresas de ônibus intermunicipal ficar parando no meio da estrada, além de atrasar a viagem propicia a ação de assaltantes.
 
Vale ressalta que é a segunda vez que ocorre assalto em ônibus desta mesma empresa. Em dezembro de 2014 houve um outro assalto de um ônibus na estrada BR-174, com destino a Roraima.
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Ônibus é atacado na BR-174, a caminho de Boa Vista
Armados, os bandidos levaram dinheiro e pertences das vítimas e efetuaram tiros no para brisas do ônibus, levando as chaves do veículo
Michel Sales
31/12/2014 12:48

 
 

Para quem tem curiosidade sobre a obra Dois Irmãos, publicamos um resumo para o seu conhecimento.

Dois Irmãos, romance de Milton Hatoum, narra história de ódio familiar
Escrito em estilo enxuto e ao mesmo tempo repleto de sutilezas, o romance narra a tumultuada relação de ódio entre dois irmãos gêmeos, numa família de origem libanesa que vive em Manaus
 
O romance Dois Irmãos, publicado em 2000, rompeu um silêncio de 11 anos que Milton Hatoum vinha mantendo desde Relato de um Certo Oriente, sua estréia como romancista. O autor costuma dizer, em entrevistas, que “cada livro nos ensina a escrever”. Se sua afirmação for levada ao pé da letra, nenhum livro lhe ensinou tanto quanto Dois Irmãos. Nessa obra, Hatoum demonstra grande domínio da técnica da ficção, num estilo mais enxuto que o da primeira obra e, ao mesmo tempo, repleto de nuanças e sutilezas.

A trama gira em torno da tumultuada relação entre dois irmãos gêmeos, Yaqub e Omar, em uma família de origem libanesa que vive em Manaus. O ambiente que forma o pano de fundo da história é o de imigrantes que se dedicam ao comércio, numa cidade que vê aprofundar-se sua decadência, após o período de grande efervescência econômica e cultural vivido no início do século XX.

AVANÇOS E RECUOS NO TEMPO
A narrativa apresenta avanços e recuos no tempo, sem uma cronologia linear. Os problemas vão sendo revelados ao leitor aos poucos, conforme o narrador rememora fatos esclarecedores e os encadeia para solucionar (ou deixar em suspensão) os enigmas da história.

Uma breve introdução narra a morte de Zana, em situação de enorme angústia. Na cena descrita, o silêncio que responde negativamente à última pergunta da mulher (“Meus filhos já fizeram as pazes?”) coincide com o fim do dia.

O primeiro capítulo começa com a volta do jovem Yaqub de uma viagem forçada ao Líbano. Pode-se concluir que essa ação se passa em 1945, no fim da II Guerra Mundial, pois o porto do Rio de Janeiro está “apinhado de parentes de pracinhas e oficiais que regressavam da Itália”.

O motivo da viagem ao Líbano é esclarecido em mais um recuo cronológico: a tentativa de separar os gêmeos e evitar o conflito entre eles. As diferenças entre os personagens, que parecem vir do berço ou ter começado em sua mais remota infância, tornam-se cada vez mais acentuadas.

ÓDIO PERENE
A primeira disputa séria entre os irmãos tem como pivô Lívia, uma garota pela qual os dois se apaixonam. Numa primeira ocasião (o baile dos jovens), a mãe ordena a Yaqub que leve a irmã Rânia para casa, o que favorece Omar. O troco não demora a chegar: numa sessão de cinematógrafo na casa dos vizinhos, uma pane no equipamento deixa a sala escura. Quando as luzes se acendem, os lábios de Lívia estão colados ao rosto de Yaqub. Omar se vinga quebrando uma garrafa e cortando, com ela, o rosto do irmão. A cicatriz em forma de meia-lua será uma marca do ódio perene entre ambos.

Os pais percebem que o incidente pode despertar uma série de vinganças entre os dois e, para evitar isso, mandam Yaqub a uma aldeia remota no Líbano. A estratégia resulta inútil, pois a única coisa que não muda em Yaqub, ao voltar para o Brasil, é o ódio que sente do irmão; o mesmo pode ser dito de Omar.

Yaqub chega da viagem e se aferra aos estudos, revelando-se um matemático excelente. O irmão, que permanecera sob os cuidados da mãe, mostra-se irrequieto e indisciplinado.

Durante uma aula de matemática, o Caçula agride o professor Bolislau, o preferido de Yaqub, e é expulso do colégio dos padres. Vai para uma escola de reputação duvidosa – Liceu Rui Barbosa, o Águia de Haia, conhecido como “Galinheiro dos Vândalos”. Lá, conhece o professor Antenor Laval, admirador de poetas simbolistas franceses e defensor da liberdade.

Em contrapartida, o sucesso de Yaqub tem como prêmio uma viagem a São Paulo, a fim de que possa aprimorar os estudos. Seu professor de matemática, o padre Bolislau, ajuda-o a decidir-se pela partida, ao dizer: “Se ficares aqui, serás derrotado pela província e devorado pelo teu irmão”. Antes de seguir, Yaqub tem um encontro amoroso com Lívia.

PROSPERIDADE VERSUS BOEMIA
Aos poucos, a identidade do narrador é revelada. Sua mãe, Domingas, trabalhadora prestativa e submissa, nada diz ao filho sobre quem seria seu pai.

De São Paulo, Yaqub envia cartas cada vez mais lacônicas. Forma-se em engenharia, prospera profissionalmente e casa-se. Enquanto isso, um Halim velho e nostálgico fala sobre o passado ao narrador. Conta como foi o nascimento dos filhos e a abertura de sua loja. Afirma, também, que a vinda dos filhos o incomodou, pois sentia que eles lhe roubavam a atenção da mulher, principalmente o Caçula.

Omar torna-se boêmio, entrega-se a festas e a bebedeiras, terminando sempre suas noitadas estirado numa rede da casa, onde permanece grande parte do dia. Na noite em que traz uma mulher para casa, isso ultrapassa os limites até mesmo de seu permissivo pai. Halim levanta-se e expulsa a desconhecida, que dormia na sala. Depois, arrasta o filho pelo cabelo, dá-lhe uma bofetada, prende-o ao cofre e parte por dois dias.

Quando Omar leva formalmente outra mulher, Dália, para casa, Zana antevê nela uma potencial concorrente, por isso a expulsa. O Caçula parte atrás de Dália, que descobrem ser uma das Mulheres Prateadas, grupo de dançarinas amazonenses que se apresentava em uma casa noturna.

Após o episódio da mulher prateada, Zana decide enviar Omar a São Paulo. Yaqub nega-se a abrigar o irmão, mas se propõe a alugar para ele um quarto numa pensão e matriculá-lo num colégio particular. O Caçula parte para São Paulo e, durante algum tempo, porta-se de maneira exemplar.

De repente, chega a notícia de seu desaparecimento. Algum tempo depois, descobre-se que ele se envolvera com a empregada de Yaqub para ter acesso à casa do irmão. Ao chegar lá, descobrira que a mulher de Yaqub não era outra senão Lívia, alvo das disputas infantis dos gêmeos. Tomado pela raiva, Omar cobrira as fotos de Yaqub e de sua mulher com desenhos obscenos. Roubara também 820 dólares do irmão, mais o seu passaporte, e viajara para os Estados Unidos.

MORTE DE HALIM
Numa visita de Yaqub à família, em Manaus, o narrador observa sua mãe e o visitante de mãos dadas e desconfia ter descoberto a identidade de seu pai. De volta a São Paulo, o gêmeo mais velho prospera cada vez mais.

Omar retorna a Manaus, onde se envolve em atividades de contrabando e com uma mulata conhecida como Pau-Mulato. Depois foge de casa por longo tempo.

Halim decide procurar o Caçula, mas a busca, que dura meses, não surte resultado. É Zana quem dá o passo decisivo para encontrar o filho: procura um velho peixeiro manco, o Perna-de-Sapo, que conhecia a floresta como ninguém. Em pouco tempo, o homem descobre o paradeiro de Omar. Zana vai atrás dele e, após uma discussão, o traz para casa.

O narrador revela sua paixão por Rânia, que, no entanto, só irá conceder a ele uma única noite de amor. Halim envelhece, e a presença definitiva do Caçula o deixa pouco à vontade em casa. Zana pede a Nael, o narrador, que acompanhe o filho em suas noitadas.

Outra faceta de Omar é narrada no episódio de prisão e morte do professor Antenor Laval. Em abril de 1964, logo após o golpe militar, Laval é espancado por policiais em praça pública e preso. Dois dias depois, sabe-se que está morto.

Omar, abalado com o destino do mestre, fecha-se em luto e deixa temporariamente as noitadas. Halim se entrega cada vez mais ao passado e sai de casa frequentemente, para longas caminhadas pela cidade, sempre seguido por Nael. Até que, na véspera do Natal de 1968, só volta de madrugada, depois que todos já dormiam. De manhã, os familiares o encontram: sentado sobre o sofá, não respira mais. Omar dirige, então, grandes ofensas em direção ao corpo do pai.

Vizinhos chegam a tempo de impedir o filho de atacar o cadáver. Yaqub envia para o enterro uma coroa de flores e um epitáfio: “Saudades do meu pai, que mesmo à distância sempre esteve presente”. Zana, pela primeira vez, trata Omar com dureza e o repreende severamente.

PROJETO FRACASSADO
Omar passa a trazer para casa um indiano chamado Rochiram, que pretende construir um hotel em Manaus. Zana vê aí a possibilidade de reconciliar os dois irmãos. O Caçula prevê as intenções da mãe e tenta esconder inutilmente o indiano. Por carta, Zana chama Yaqub, que, após algum tempo, aparece secretamente em Manaus e se hospeda num hotel isolado. Está associado a Rochiram. Numa manhã, Yaqub surge na casa e deita-se na rede, chamando Domingas para sentar-se a seu lado. Nesse instante, Omar irrompe na varanda e agride brutalmente o irmão indefeso. Rasga também seus projetos para a construção do hotel. Os planos de Zana vão por água abaixo: Yaqub tentara trair o irmão, que descobrira tudo e o teria matado se não fosse a interferência de Nael e dos vizinhos.

Para piorar a situação, o fracasso do projeto resulta em gigantesca dívida com o empresário indiano. Pouco tempo após o conflito, Domingas fica doente e morre. Antes, revelara ao filho que, no passado, fora estuprada por Omar.

Rânia prepara um bangalô para levar a mãe, que resiste a abandonar o velho lar. Um dia, Rochiram aparece e pede a casa como forma de acerto da dívida. A sugestão viera de Yaqub. Omar torna-se um foragido, porque a agressão fora denunciada pelo irmão à polícia. Nesse tempo, ocorre a morte de Zana. Uma pequena parte da casa, nos fundos, torna-se posse de Nael. “Tua herança”, afirma-lhe Rânia.

Numa tarde, Omar aparece diante de Rânia. A irmã não tem tempo de falar com ele, já que policiais estavam à espreita e o capturam, depois de agredi-lo.

O narrador cita rapidamente a morte de Yaqub. Omar sai da cadeia pouco antes de cumprir sua pena. Na última cena do romance, chove torrencialmente e o Caçula aparece diante do narrador. Olha fixamente para Nael, parece estar a um passo de pedir perdão, mas recua e parte lentamente.


fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_419529.shtml

CAUÃ REYMOND E JULIANA PAES GRAVAM CENAS DE 'DOIS IRMÃOS' EM ITACOATIARA DIA 28 DE JANEIRO



Os atores globais Cauã Reymond e Juliana Paes desembarcam no Amazonas, na próxima semana, para gravarem mais cenas da minissérie “Dois irmãos”, da Tv Globo, baseada na obra homônima do escritor amazonense Milton Hatoum.
As gravações devem começar na próxima quarta-feira, dia 28, nas cidades de Itacoatiara, Iranduba, Manacapuru e,... no mês de abril, em Manaus. As gravações no interior vão contar ainda com a participação dos atores Eliane Monjardim e Emilio Orciollo Netto.
A produção contará com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, mediante Amazonas Film Commission (AFC), para auxílio em logística nas locações nos municípios e na capital.
Em Manaus, o apoio da AFC e da Secretaria de Cultura vai incluir a encenação de um trecho da ópera “Carmen”, de Georges Bizet, no Teatro Amazonas. A apresentação servirá como pano de fundo para uma das cenas da produção e contará com a participação de instrumentistas e artistas de orquestras e grupos vocais mantidos pela secretaria. (fonte: Iol Itacoatiara On Line)

Primeiro foi com a produção do Filme francês Le Jaguar em 1996, que movimentou a cidade, trouxe investimentos, contratação de mais de dois mil figurantes e investimento de mais de 4 milhões de dólares. Na época a Velha Serpa recebeu atores internacionais como: Jean Reno, Patrick Bruel, Danny Trejo, Patrícia Velasquez entre outros.

O filme se trata de uma adaptação do livro “Dois Irmãos”, do escritor amazonense Milton Hatoum, que será dirigido por Marcos Paulo. Os interessados em participar da seleção de figurantes devem ir até a sede da AIRMA, localizada na Galeria Marina Penalber, bem em frente da Casa das Tintas. Inscrições para seleção com a Hiléia Palmeira.

A produção do filme filme Dois Irmãos, está sendo a articulada no Amazonas pela produtora Luppi Produções do jovem produtor Luppi Pinheiro, vale ressaltar que esse em 1996 o Luppi foi responsável local pelo recrutamento dos figurantes do Le Jaguar. Como o filme prevê cenários típicos do Amazonas, nossa cidade volta a reviver o clima das grandes produções cinematográficas, onde serão utilizados figurantes e possivelmente cenários típicos da cidade. Com isso, a Velha Serpa volta a reviver o clima das grandes produções cinematográficas e respirar cultura. (Frank Chaves)



 
 

 
 

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