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Túmulo de Santa Teresa Cristina, no Cemitério de São João Batista, em Manaus. |
Teresa Cristina Baltazar Nabullsi (29 de abril de 1964 - 28 de abril de 1971) é a santa popular mais jovem de Manaus. Filha de mãe católica e pai muçulmano, nutria grande interesse por assuntos religiosos. No ano de 1971 faleceu em um acidente aéreo no Aeroporto de Ponta Pelada. A mãe de Teresa, sobrevivente, tentou ajudá-la, mas ela morreu carbonizada entre os destroços da aeronave.
Passados seis meses após o desastre, sua mãe, dona de uma pensão no Centro, recebeu a visita de um imigrante, sem dinheiro, que pediu para ficar hospedado. A senhora lhe acolheu. No outro dia, esse hóspede foi até a casa da família de Cristina para acertar os detalhes da hospedagem. Chegando no local, viu um quadro da criança e perguntou quem ela era. A senhora disse que era sua filha. Ele disse que foi aquela criança que o guiou até a pensão. A mãe de Teresa disse que isso era impossível, pois há meses a criança morrera em uma acidente aéreo. Curiosa, ela perguntou onde a encontrou. Ele disse que encontrou Teresa brincando na rua, perto de uma casa velha.
O local descrito era a antiga residência da família, abandonada após o acidente. O boato de sua aparição se espalhou rapidamente pela cidade. Um outro hóspede, com uma doença degenerativa que estava lhe tirando a visão, fez orações a Teresa Cristina, sendo curado. Nos dias de hoje, seu túmulo é bastante visitado por pais acompanhados de seus filhos e por membros de sua família, que deixam pirulitos, bombons, refrigerantes e brinquedos como pedidos de intercessão e em sinal de agradecimento. (SANTOS, 2008)
Eu conhecia a mãe da Tereza Cristina, que fazia parte da minha família, que se chamava Terezinha. Minha avó tinha um retrato dela grande na sala de sua casa e sempre fazia preces pra ela. Acho que fez até algumas pra mim enquanto estudante para eu ser bem sucedido nos estudos. Sua mãe Terezinha, contava com aflição a morte trágica de Cristina, que morreu queimada em um acidente aéreo, com destino a São Paulo. Onde houve uma pane no avião, ainda na pista do aeroporto de Manaus. E ainda conseguiram para o avião em chamas e muitos se salvaram. Mas Cristina que estava ao lado da mãe, ficou presa com o cinto do avião, que desesperadamente sua mãe, tentou tira-la más não conseguiu e foi retirada com queimaduras em todo o corpo, seu rosto e braços era visível as marcas.
Ela dizia que queria ter morrido abraçada com a filha, mas alguém a puxou com força do local do incêndio e atirou do avião, para salva-la e a menina linda de 7 anos, não teve a mesma sorte e faleceu. O acidente comoveu Manaus na época e sua mãe Terezinha ficou conhecida pelo sofrimento que carregava. E que depois, transformou o sofrimento em luta em favor de crianças doentes, dos mais pobres e necessitados em memória da Santa Terezinha.
Ainda visitei sua casa no Japiim, onde sua mãe mantinho o quarto de Cristina, intacto, como se ela ainda viva fosse, tudo preservado, com sua cama arrumada, com o quarto acarpetado com pelúcia e suas sandálias postas debaixo da cama, como se ela fosse chegar a qualquer momento e calça-las. Com a família, fui quando garoto, no inicio da década de 80 ao São João Batista visitar o seu jazigo e era esse mesmo da fotografia. E já se falava na época dos milagres, que tinham o mesmo público da Itelvina, com presença marcante de alunos e mães pedindo bençãos para seus filhos passarem de ano e cura de doenças infantis.
E colocavam muitos cadernos, livros, bombons e até dinheiro no jazigo. Lembro que a Terezinha recolhia e repassa para a paróquia da região. Ela tinha muitos seguidores e recebia doações, que ela também repassa para obras de caridade. Depois que a Terezinha, mãe da Tereza Cristina morreu, o jazigo ficou desassistido, pelo que pude perceber. Pois ano passado fui a procura de outro jazigo de um ente querido da minha família no São João Batista. E fui visitar o jazigo da Cristina e notei que não recebia uma manutenção há muitos anos, lamentavelmente, mas que percebi, que ainda recebia flores e algumas oferendas. Ao ver o local fiz uma viagem no tempo.
Depoimentos:
Me chamo Georgete Mubarac, sou natural de Itacoatiara e convivi com a Teresa Cristina, meu pai era Patrício de seu pai, ambos libaneses, lembro de passear de bicicleta com ela, após a tragédia, viemos a Manaus, meu pai, minha mãe e eu para visitar D. Teresa (sua mãe) que perdera não só a filha, seu marido também morreu no acidente daquele avião que incendiou, lembro de seu corpo com sequelas por conta das queimaduras. Seus pais tinham uma pequena pensão na rua Dos Andradas aqui em Manaus. Todas as vezes que meu pai precisava vir a Manaus, ficava hospedado lá, ele sempre me trazia por ser a única filha mulher e porque tinha a Teresa Cristina para brincar, ela era a única filha mulher da D. Teresa. Minha família ficou abalada com essa tragédia. https://www.instagram.com/georgete.mubarac/
Eu fui várias vezes aí, no cemitério São João Batista com minha avó materna, todas as segundas feiras. Conheci a mãe de Teresa Cristina. Enquanto minha avó ia ao cruzeiro ascender velas às " almas penadas ", eu ficava no túmulo de Teresa. Temos que aprender a respeitar o que cada um acredita...se não acreditarmos, o viver se tornará mais difícil do que está. Paz e Luz para todos, inclusive para os que já partiram antes de nós! https://www.facebook.com/jacqueline.taketomi?comment_id=Y29tbWVudDoxMjQ0MTYxNjM2ODIyMDk2XzU4MzgxODQzNDIyNzExNA%3D%3D&__cft__[0]=AZWdzvAbYVVwuKJelh-7QA-xRFXi-ApH_WCUEVSjL20w72FJRZsmuyrCndsp3Bql3wRBazTJTf6d5Oq2dflwcRzYlt1vhEwBAyv5Hnm_0tM8aYN9sObnw7AjxrWXPBROsZPbRPzBARSlEbNIaOyh9j3ilOZsMfeh6Lgh8pYaE_UDYg&__tn__=R*F
Fiz promessa pra Telvina! Precisa de muita nota pra passar do segundo ano e acredite, passei e nem fui pra recuperação. No outro ano, estava lá pagando minha promessa! Meu caderno já esteve entregue em seu túmulo. https://www.instagram.com/isabellevalois/
Minha mãe trabalha na rua major Gabriel esquina com a boulevard, onde ficava o prédio da Semef, ela me levava pro trabalho dela quando eu tinha uns 11 anos, sempre ia no túmulo da Teresa Cristina brincar com as bonecas dela, passava o dia brincando lá, era muito legal, fiquei quase um ano nessa rotina de segunda a sexta pela parte da manhã, pela tarde eu ia pra escola, certo dia eu furei meu pé no prego enferrujado e não falei nada pra minha mãe, fiquei muito mal febre alta, nesse dia me lembro muito bem que a Teresa ficou do meu lado sempre, brincava muito com ela, minha mãe descobriu um vermelhão no meu pé e viu a furada do prego, ela me levou pro hospital, estava infeccionada, graças a Deus que deu tempo de tomar as vacinas pra tétano e os antibióticos, em fim estou aqui pra contar minha experiência te ter visto a Teresa Cristina, ficou todo tempo do meu lado quando eu estava doente, minha mãe falou que eu ria muito e chamava o nome da Teresa quando eu estava com febre 😍 ela me ajudou e ficou comigo, acho que eu tinha uns 12 anos. https://www.instagram.com/sarrandramamede/
Curiosos e fiéis vão à sepultura da menina todos os anos. Segundo Lígia Lopes, de 39 anos, "a menina é realmente uma santa". "Venho aqui rezar por esta criança todos os anos. Minha irmã sofria de depressão, e pedi que Terezinha curasse a doença dela. Hoje minha irmã está bem. Tenho certeza que ela levou meu pedido a Deus", relatou.
G1 - Fiéis homenageiam mortos considerados milagrosos no AM - notícias em Amazonas
De acordo com o Jornal do Commercio o nome da criança constava inicialmente na lista de feridos. O avião acidentado era um DC6 matrícula FAB2414. https://www.instagram.com/frger_1/
Minha mãe estava neste avião e lembra dela sempre fala sobre ela no avião. https://www.instagram.com/finkpordentro/
Quando criança conheci dona Tereza mãe dela... se dedicava a cuidar de tudo q a filha deixou, inclusive o túmulo q está abandonado e mal cuidado... 😢 triste https://www.tiktok.com/@eritoncruz1204
Eu toda vez que vou no cemitério São João Batista eu asendo vela para ela 🥰🥰 https://www.tiktok.com/@ronyperes35763
Conheço o túmulo dessa criança fica perto da quadra do túmulo do meu pai, realmente sempre tem lembranças e velas acesas no túmulo dela https://www.tiktok.com/@soniamariasantos483
A mãe de Tereza Cristina ,já falecida chamava-se Tereza e era madrinha de meu filho mais velho https://www.tiktok.com/@user3806721016581
Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa.
SANTOS, Fabiane Vinente dos; MAIA, Jean Ricardo Ramos. Hagiografia de cemitério: História social e imaginário religioso nas canonizações populares em Manaus. Os Urbanitas, SP, v. 5, 2008.
E Frank Chaves