segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Comunidade remanescente de Quilombo é reconhecida em Itacoatiara/AM


Hoje os negros da comunidade Sagrado Coração de Jesus do Lago de Serpa têm muito o quê comemorar (Arquivo pessoal)

Viva na cor da pele e na musicalidade de um povo, nas crenças religiosas e na luta pelo direito de ser livre. Assim, a história de uma comunidade quilombola fundada no meio da floresta amazônica, há aproximadamente 150 anos, foi finalmente reconhecida pelo governo brasileiro, e hoje os negros da comunidade Sagrado Coração de Jesus do Lago de Serpa têm muito o quê comemorar.

Localizada a aproximadamente 170 quilômetros de Manaus, em linha reta, e oito quilômetros acima da sede do Município de Itacoatiara, ao redor de um grande lago, essa comunidade formada por descendentes dos últimos escravos africanos chegados no Brasil conseguiu resistir ao tempo, ao preconceito, e fez sobreviver por mais de um século a cultura e as tradições. Hoje formado por 500 pessoas, o antigo quilombo ocupa 2.525.814 hectares de terra.

E foi no último dia 9 de dezembro que a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, concedeu o título de remanescente de quilombolas à população do S. C. J. do Lago de Serpa: vidas que fazem parte da história do Amazonas, que se confundem com a história afro-brasileira, e que carregam até hoje a alma de seus antepassados.

Os registros documentais sobre a origem dessa comunidade eram poucos e foi preciso trabalhar duro para conseguir levantar informações sobre a história dela. Os pesquisadores Claudemilson Nonato Santos de Oliveira e Thyrso Muñoz Araújo foram os responsáveis por produzir um dossiê sobre a S. C. J. do Lago de Serpa e enviar tal documento à Fundação Palmares.

“A escravidão e a cultura africana na Amazônia foram colocadas em um segundo plano por muito tempo justamente pela ideia que a região era composta estritamente pela cultura indígena”, explicou Claudemilson. Os pesquisadores fizeram levantamento bibliográfico, pesquisa de campo, coleta de depoimentos de antigos moradores e filmagem – um trabalho que começou há seis anos.


África
Conforme estudo bibliográfico, a origem ancestral dessa comunidade remonta a metade do século XIX, época final da escravidão no Brasil, por volta do ano de 1855, quando Dom Pedro II havia proibido a chegada de navios negreiros em território nacional – sob pressão da coroa britânica.

Apesar da proibição, muitos contrabandistas ainda furavam o bloqueio e traficavam carga humana negra para o Brasil vindos do continente pelo oceano Atlântico. Conforme os registros, um dos últimos desembarques de negros clandestinos no Brasil ocorreu em 1857, na costa litorânea de Pernambuco, próximo à cidade de Serinhaém.

Após alerta das autoridades britânicas em Angola, o Império brasileiro soube que um navio vindo do rio Zaire, ou rio do Congo, hoje no território do Congo, tinha como destino a costa do Brasil. A Marinha montou guarda e conseguiu apreender um palhabote (veleiro de dois mastros) com 210 negros. Os traficantes, para não serem pegos, abandonaram a carga e pularam em alto-mar.


Amazonas
Confiscados pelo Ministério da Justiça, os 210 africanos ficaram à disposição da coroa – mas por pouco tempo. O maior empresário do Império brasileiro, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá – dono do Banco Mauá, atual Banco do Brasil – conseguiu junto à Coroa a permissão para trazer 36 daqueles negros para trabalhar, de forma remunerada, em colônias extrativistas no Amazonas.

Irineu, dono da Companhia de Navegação da Amazônia, tinha desde 1854 a concessão pública para explorar as riquezas da Amazônia durante 30 anos. Ele trouxe os 36 negros, mas durante a viagem dois deles morreram. No Amazonas, Irineu tinha duas colônias: uma na orla de Manaus, na atual ponta das Lajes, e outra em Itacoatiara.

A colônia de Manaus, na “Ponta das Lajes”, durou três anos e depois foi à falência. Entretanto, a colônia em Itacoatiara, naquela época chamada de Vila de Serpa, durou até 1860. Lá, em 2 milhões de hectares de terra, os negros trabalhavam em serraria, olaria, carpintaria naval, agricultura, pecuária e lavoura. O local onde a colônia funcionava é hoje em dia o atual bairro da Colônia, na cidade de Itacoatiara.


Refúgio

Após uma grave crise financeira provocar a falência de todas as empresas do grupo Mauá, no Brasil e no exterior – o Banco Mauá tinha filiais em Montevidéu, Nova York, Londres e Paris –, a colônia na Vila de Serpa também faliu e acabou vendida em leilão para duas famílias empresariais: os irmãos judeus Marcos e Moisés Ezagui ficaram com a parte industrial e o empresário português Antônio Pataraz adquiriu a parte da agricultura.

Com a falência, alguns negros continuaram a trabalhar para os novos empresários, outros foram para casas de famílias e comércios, mas a maioria, desempregada, teve dificuldade de viver no ambiente urbano e, por isso, migrou e se isolou em uma região de difícil acesso, um quilombo oito quilômetros acima dali: a atual comunidade S. C. J. da Vila de Serpa.

Naquela época, o lugar era de difícil acesso. A chegada era apenas pelas águas de um estreito igarapé onde não passava barcos grandes, apenas pequenas embarcações – no período da vazante o caminho ficava ainda mais tortuoso. Segundo o pesquisador Claudemilson, a migração do povo negro para aquela nova região é confirmada através de depoimentos recheados de memória oral dos antigos moradores da comunidade.

E no meio da mata, os negros se multiplicaram e formaram uma comunidade livre que sobrevivia e resistia à opressão externa. Além dos negros da colônia (vindos por Pernambuco), moradores antigos afirmaram que a comunidade também é formada por escravos que vieram da África para a Amazônia pelo estado do Maranhão, segundo os pesquisadores.

“Essa diáspora (deslocamento) também ocorreu como forma de se protegerem da violência da escravização e discriminação por parte dos brancos”, disse Claudemilson. Segundo ele, o isolamento era necessário como uma proteção, já que naquela época, anterior à Abolição da Escravidão (1888), o negro era rejeitado por causa da cor da pele.


Comunidade
Após 150 anos, a comunidade S. C. J. do Lago de Serpa “se reconstruiu”. Os moradores herdaram culturas e saberes indígenas e também dos brancos, mas ainda mantém em si as histórias das gerações e gerações de negros. Hoje, eles sobrevivem com trabalho tirado da agricultura familiar, criação de pequenos animais e extrativismo. Costumes do caboclo como culinária, uso de ervas e contato espiritual com a floresta também foram herdados.


Acesso

Atualmente o acesso à comunidade é feito pelo ramal de Serpa, antigo ramal Osório da Fonseca, que fica no km 256 da rodovia estadual AM-010 (Manaus-Itacoatiara). A comunidade não tem acesso a telefone, não possui nenhum hospital e não recebe água tratada ou saneamento básico. O local é abastecido com energia elétrica.EducaçãoA comunidade recebeu recentemente uma unidade escolar de Ensino de Jovens e Adultos (EJA), por meio da Coordenadoria Regional de Educação de Itacoatiara (Crei), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Prefeitura de Itacoatiara. Ao todo, 68 descendentes de negros passaram a ler e escrever pela primeira vez, já que devido ao isolamento histórico a comunidade não tinha acesso à educação. “Tem gente com 70 anos que começou a estudar agora. Isso faz parte de uma dívida que está sendo paga”, disse Thyrso.


Reconhecimento

No Amazonas, apenas nove comunidades quilombolas conseguiram a certificação da Fundação Palmares: cinco em Barreirinha (comunidades Santa Teresa do Matupiri, São Pedro, Trindade, Ituaquara e Boa Fé), duas comunidades em Novo Airão (Tambor), uma em Manaus (Barranco, no bairro Praça 14) e agora a de Itacoatiara, conforme o pesquisador Emmanuel de Almeida Farias, da Nova Cartografia Social da Amazônia.


Signatário

A partir de 1960 o Brasil foi signatário da Convenção da Organização Internacional do Trabalho, que promoveu políticas públicas em favor das populações afro-descendentes, indígenas e ciganos. Em 2003, foi sancionada a lei 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas públicas e particulares.


Crenças e conflitos religiosos



Durante a incursão da igreja Católica na Amazônia, as crenças religiosas de matriz africana foram substituídas por ritos cristãos

Os moradores da comunidade Sagrado Coração de Jesus do Lago de Serpa são, majoritariamente, católicos – poucos são protestantes ou adventistas. Na época do Império, durante o período de incursão da igreja Católica na Amazônia, as crenças religiosas de matriz africana se perderam com o tempo. Também foram recriminados pelo poder público outros costumes e festejos de tradição africana.

Segundo o pesquisador Claudemilson Nonato Santos de Oliveira, no Império muitos escravos adultos foram batizados e convertidos ao catolicismo. Hoje, eles rejeitam, por exemplo, a umbanda, crença originalmente africana.

O próprio nome da comunidade, antes “Lago dos Pretos”, recebeu elementos da igreja (o termo Sagrado Coração de Jesus). “Pelo lado humano, a história deles é mais importante do que eles têm ou perderam com o tempo”, explica o pesquisador Thyrso Muñoz Araújo. Hoje, a maioria dos moradores é devota de Nossa Senhora de Aparecida (santa negra católica). Eles promovem uma procissão fluvial anualmente durante o mês de setembro. Entretanto, essa data não é oficial para a Igreja Católica, que festeja a santa no dia 12 de outubro. “Os negros têm a procissão fluvial em setembro, e dá até mais gente. E o da igreja é a tradicional”, explica Thyrso.

Segundo pesquisador, a igreja quis transformar os dois festejos em um só, em 12 de outubro. “Até hoje existe esse conflito. Eles queriam unificar a festa. É mais uma prova de discriminação da igreja”, lamenta Thyrso. Para ele, a permanência da procissão à santa em setembro representa uma nova resistência do povo negro perante a igreja e ao homem branco.

Ainda conforme Thyrso, muitos moradores rejeitaram, de início, a condição de serem descendentes de africanos e da cultura negra. “Foi preciso conscientizá-los”, contou o pesquisador. Todos os comunitários tiveram que assinar um documento afirmando se reconhecerem como remanescentes de quilombolas.


Especulação imobiliária

Apesar de agora serem oficialmente reconhecidos como remanescentes de quilombolas, os moradores da comunidade S. C. J. do Lago de Serpa não têm o título de propriedade das suas terras. “Existem conflitos desde especulação imobiliária, grileiros, famílias que perdem suas terras e são expulsas”, denuncia Thyrso Muñoz.

 
 
Segundo ele, alguns moradores venderam pedaços de seus territórios a preços irrisórios. “Uma pessoa comprou um terreno de um morador a preço muito baixo: R$ 15 mil. Depois dividiu (loteamento) e revendeu. São terrenos de pessoas carentes”, lamenta. A maioria das casas é de madeira.


Reserva

Para conseguir a propriedade das terras, os moradores deverão enfrentar uma nova batalha: transformar os 2 milhões de hectares em reserva quilombola, concessão feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o que demora entre cinco a dez anos, segundo os pesquisadores.

A comunidade existe dentro de uma Área de Preservação Permanente (APA) – lei 4126 de agosto de 1998. Entretanto, essa lei não é cumprida, conforme denunciam Claudemilson e Thyrso. “APA só está no papel, mas nunca foi implantada”, denuncia Thyrso.

Segundo ele, além da especulação imobiliária, está havendo a destruição da mata ciliar ao redor do lago, aterramento das nascentes do rio e diminuição da fauna de peixes.

 

Amazonfest

35 ANOS DO PT: LUTA E AGONIA

 
O mar de lama que o PT vem espalhando pelo Brasil provoca em todas as classes e segmentos sociais responsáveis um total descontentamento com indignação e revolta. A corrupção campeia, a imoralidade reina com graves perdas na política institucional e nos processo democráticos com ênfase no fortalecimento dos movimentos sociais. É nesta conjuntura que o PT de Lula e Dilma completa 35 anos de luta e agonia, mais agonia que luta.
Por esta razão alguns dirigentes do partido propuseram fazer um registro com pouco alarde, mais reflexivo, com foco no resgate da política e na valorização das instituições democráticas numa perspectiva do reordenamento do partido. Proposta esta vencida pelo lulismo que definiu a favor do foguetório da mídia, incentivando manifestações de massa por todo o país, visando à defesa do governo Dilma Rousseff e do PT como pai do Bolsa família.
E assim fizeram na sexta-feira (6), nas Minas Gerais, na capital do Estado, quando iniciaram as comemorações dos 35 anos do PT sob a batuta do Lula, da Dilma e dos governadores do partido embalados pelos militantes acríticos a gritar lula lá. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em sua fala lembrou a época em que ficou preso, junto com Rui Falcão, na prisão da Ilha das Pedras Brancas, no Lago Guaíba, no Rio Grande do Sul, durante a ditadura militar. E disse que a história do PT foi sempre uma história de luta e agonia, agora não é diferente. Não satisfeito, o governador Pimentel, na busca de garantir certa unidade, afirmou que a oposição a Dilma e ao PT querem a volta da ditadura:
“Nós somos o partido que nunca temeu. Mas não aceitamos os pré-julgamentos. O que eles querem é o retrocesso político. Dormem e sonham com a volta da ditadura. Isso não aceitamos”.
O discurso apologético do governador de Minas fez lembrar o trabalho da pesquisadora Margaret E. Keck, Ph. D. da Columbia University, publicado no Brasil em 1991, pela Ática, sob o titulo: PT a lógica da diferença. Neste trabalho de fundo pautado em entrevistas, documentos originários do partido e outras fontes, a autora definiu com todas as letras a importância do PT como fato novo entre as instituições políticas brasileiras e passa a enumerar as razões, que historicamente se justificam, vejamos:
“Primeira, porque ele se propõe a ser um partido que expressava os interesses dos trabalhadores e dos pobres na esfera política; segunda, porque procurou ser um partido internamente democrático; e por fim, porque queria representar todos os seus membros e responsabilizar-se perante eles pelos seus atos” (p.271). Os fatos presentes refutam as motivações originárias.
Que o PT faça aniversário tudo bem, mas que venha festejar em praça pública não deixa de ser um “tapa na cara” daqueles que confiaram o presente e o futuro do Brasil a este partido hoje marcado pela corrupção, desmando e malversação de verba pública.

Ademir Ramos

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Região amazônica receberá investimentos para reforma e construção de 80 aeroportos

Os 80 aeroportos que receberão os investimentos foram escolhidos estrategicamente (confira no mapa abaixo).
O avião, transporte cada vez mais popular no Brasil e no mundo, ainda é um meio escasso na região amazônica, onde o tempo de deslocamento é medido por dias de barco ou por horas de voo. Para mudar essa realidade, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) investirá R$ 2 bilhões na construção ou reforma de 80 aeroportos regionais em oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. A medida integra o Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, apontado como prioridade do governo federal para o setor.
  

Os 80 aeroportos que receberão os investimentos foram escolhidos estrategicamente (confira no mapa acima). A dificuldade de acesso ao local foi decisiva para isso. O programa pretende deixar 96% da população a pelo menos 100 km de um terminal. As primeiras licitações devem ser lançadas a partir de julho deste ano. Do total, nove serão construídos do zero. São eles: Codajás (AM), Jutaí (AM), Maraã (AM), Uarini (AM), Cametá (PA), Ilha de Marajó (PA), Bonfim (RR), Rorainópolis (RR) e Mateiros (TO). Esses aeroportos levam, em média, até 30 meses para ficarem prontos, a partir da apresentação do projeto. Para a reforma, a estimativa é de 8 a 18 meses.
Para o ministro, o enfoque na região amazônica permitirá não só a interiorização do transporte aéreo, como também do desenvolvimento econômico da área. “Vamos integrar o Brasil para que todos os brasileiros tenham acesso a um transporte que um dia atendeu apenas uma parcela da população e hoje é quase popular”, comemora Padilha.
Por esse ângulo, a região demanda essa necessidade de democratização do transporte aéreo. Em grande parte dos estados do Norte, driblar os desafios para se deslocar faz parte da rotina da população. A cheia do rio, a estiagem ou os constantes alagamentos de estradas podem custar a vida de uma pessoa ou causar enormes prejuízos aos ribeirinhos que fazem de pequenos comércios seu ganha pão.
É o caso do professor Dalcides Santana, de 45 anos. Ele sofre de problemas cardíacos e precisa se deslocar duas vezes por mês para fazer o tratamento em Belém. Como mora em Portel, na Ilha de Marajó (PA), onde o acesso por estrada é precário, ele perde muitas horas para chegar à capital paraense. Desse modo, ele tem duas opções: um barco, que demora 17 horas de viagem e custa entre R$ 90 e R$ 130 o trecho; ou ir de lancha, um serviço recente na região, que demora 7 horas e não fica por menos de R$ 140. “Como eu, todo mundo aqui depende do rio para se locomover. Para chegar à capital eu precisei contar com a ajuda de outras pessoas. O serviço ainda é caro e a viagem é muito cansativa”, contou.
Diante desse cenário, o capitão-de-mar-e-guerra da Marinha, Eduardo Santana, explica que somente na Amazônia Ocidental, composta por Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, há 40 mil quilômetros de rios navegáveis. “Aqui, os rios são as nossas estradas. No período da seca, mercadorias que são transportadas normalmente em uma embarcação, tem que ser divididas em duas. Isso aumenta o frete para o empresário. Em contrapartida, um barquinho pequeno não consegue nadar contra a correnteza em tempos de cheia”, explicou.

Impulsão para o turismo na região
Além de aproximar a população e conectar melhor o país, o programa de aviação regional, criado em junho de 2013, pretende interiorizar o desenvolvimento econômico. Hoje, o PIB da região Norte representa 5,3% do país, ou seja: R$ 53 bilhões. Pesquisa do Fórum Econômico Mundial mostrou que o Brasil lidera o ranking dos países quando o assunto é “atrativo natural”. E a Amazônia tem grande influência nesse resultado. Mas, segundo o anuário da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Norte ainda é a região onde menos se voa no Brasil.
“O patrimônio natural é uma das principais vantagens comparativas do Brasil. Investimentos bem aplicados, a melhoria da infraestrutura e do capital humano têm a capacidade de transformar esse estoque potencial de riqueza turística em empregos, renda e divisas, atraindo investimentos”, afirmou o ministro do Turismo, Vinicius Lages.

Passagens mais baratas
Não adianta, no entanto, construir aeroportos modernos e acessíveis sem um incentivo às empresas aéreas e uma facilidade à população. Paralelamente ao investimento em infraestrutura, o governo federal vai subsidiar gastos das companhias aéreas com enfoque especial para a Amazônia. A ideia é que as empresas sintam-se confortáveis para operar as rotas regionais e que a população consiga arcar com o valor das passagens.
Além disso, a Lei 14.097, aprovada em janeiro deste ano no Congresso Nacional, prevê os subsídios para a aviação regional com olhar especial voltado para a Amazônia. Segundo o secretário de Política Regulatória da SAC, Rogério Coimbra, um voo regional é, em média, 31% mais caro por quilômetro que um voo entre capitais.
Enquanto no restante do Brasil é considerado aeroporto regional aquele que recebe até 600 mil passageiros, no Norte, o teto é de 800 mil passageiros. Outro item abordado pela legislação é o pagamento pelo governo federal de parte dos custos de até 60 passageiros ou de 50% de uma aeronave maior. Para a Amazônia Legal, o limite de 50% não se aplica. A lei seguirá para regulamentação da Presidência da República. Ainda não tem prazo definido para isso acontecer.
O difícil acesso e os altos preços refletem na realidade: o Anuário da Anac mostra que o Norte é a região com o menor número de passageiros pagos embarcados em 2013 no mercado doméstico: 5,6 milhões. “Não adianta construirmos um belo aeroporto com tudo novo e a companhia aérea dissesse que não iria pra lá por falta de demanda e alto preço. O governo terá que ter sensibilidade para criar condições para a companhia e para o usuário. Esse é o novo desafio”, avaliou o ministro Padilha.
O aeroporto de Tabatinga, cidade localizada na tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia, receberá investimentos do governo federal e o fomento para a aviação comercial. Uma empresa atua hoje no aeroporto e outras duas demonstraram interesse para o futuro. Em Tabatinga funciona um hospital do Exército que atende as pequenas demandas da população. Os casos mais graves são encaminhados para Manaus, que fica a 2h30 de avião ou 5 dias de barco.

Regras próprias para a Amazônia
Em outubro de 2014, a SAC enviou à Casa Civil uma proposta de Medida Provisória para adequar as regras dos aeroportos da Amazônia Legal à realidade da região. Hoje, algumas regras propostas pela Anac (a mesma de Norte a Sul do país) não respeitam as especificidades de cada região e as condições de cumpri-las.

Por Portal Brasil

Parintins ganha o primeiro condomínio fechado do interior do Amazonas

Terra conhecida no Brasil e no mundo pelo Festival Folclórico foi descoberta pelo mercado imobiliário e terá, em 2015, um prédio de sete andares em pleno Centro da cidade 

 

Fachada do empreendimento em computação gráfica apresenta uma ideia de como ficará o prédio após ser entregue à cidade (Divulgação )
         

Mudar a cara de Parintins. É isso que a Azulay Construtora e Incorporadora está fazendo com a terra dos bumbás Garantido e Caprichoso. A cidade, que já tem um ar cosmopolita, vai ganhar em pleno Centro o primeiro condomínio fechado do interior do Estado, o Amazon Residence. O empreendimento de sete andares está com as obras a todo vapor e a previsão de entrega é agosto de 2015.
O prédio, localizado na avenida Amazonas esquina com a rua 31 de Março, tem cinco plantas, com três tipos de coberturas e dois modelos de apartamentos. Tem sete pavimentos, elevador e vagas de garagem. Os valores variam de R$ 180 mil para os apartamentos no primeiro andar até R$ 350 mil para a cobertura.
Os apartamentos podem ser financiados em até 300 meses pelo Banco do Brasil e, a entrada também pode ser parcelada e facilitada direto com a construtora. “A nossa ideia é facilitar ao máximo para o cliente. No site da construtora há um link para a simulação do financiamento. Tudo para maior comodidade” disse o superintendente da construtora, Daniel Monteiro. As vendas em Manaus estão sendo tratadas pela imobiliária Nova Casa. Para o presidente da construtora Leão Azulay, o pioneirismo da obra vai ao encontro da grandiosidade da cidade, que é conhecida nacional e mundialmente por conta do Festival Folclórico de Parintins. “A cidade merece ter um empreendimento desse porte, por tudo que representa no cenário regional. O município é um polo de desenvolvimento na região e cresce de forma meteórica”, ressaltou o empresário.
De acordo com Azulay, antes de iniciar a construção do Amazon Residence foi realizada uma pesquisa de mercado e a consultoria contratada por ele identificou um déficit habitacional de 10 mil moradias. “Baseado nesses dados começamos a formatar a ideia de construir algo que agregasse conforto, funcionalidade e segurança. E daí surgiu o Amazon Residence. Um conceito completamente inovador no interior do Estado”, lembrou Azulay. Após definir que seria construído o prédio, o empresário foi em busca dos recursos para transformar seu sonho em realidade. Por se tratar de algo inovador, Azulay teve que vencer alguns problemas burocráticos. Mas a construtora contou com um parceiro de primeira hora: o Banco do Brasil. A instituição acreditou na ideia e bancou o projeto. “Tivemos que aprender a fazer uma série de coisas para podermos contar com o BB para financiar o empreendimento, mas conseguimos e o prédio está dentro do cronograma de construção”, garantiu o empresário.
Na avaliação do empresário, um empreendimento dessa natureza e desse porte agrega valor a Parintins, que vive um momento de ebulição e vai crescer muito mais porque muitas outras obras serão construídas na cidade. “Temos informações de que pelo menos cinco grandes obras estatais serão erguidas na cidade e isso vai gerar uma demanda por moradias que estamos prontos para preencher”, avaliou o empresário Leão Azulay. O Amazon Residence tem curiosidades que valorizam ainda mais o empreendimento como o fato de o engenheiro e a arquiteta da obra serem filhos de Parintins. “Procuramos profissionais de muita competência e também que tivessem identificação com a cidade. Então encontramos o engenheiro Edney Leitão Faria e a arquiteta Dimitra Simões Haidos para tocar a obra”.
 
Para morar ou investir
Os interessados em comprar unidades do Amazon Residence, de acordo com dados da construtora, possuem dois perfis. Existe aquele que vê no produto uma oportunidade de investimento. Já outros têm interesse em morar no local mesmo. “O empreendimento está sendo bastante comentado na cidade e também há procura em Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”, revelou o superintendente da construtora, Daniel Monteiro.
O fato é que as pessoas acreditaram na iniciativa e decidiram comprar unidades do empreendimento que está com as vendas a todo vapor. “Estamos mudando a cara de Parintins e o prédio será uma obra de grande visibilidade. Semelhante ao Bumbódromo”, ressaltou o superintendente da construtora.
 
Qualidade certificada
A Azulay Construtora e Incorporadora tem o credenciamento ISSO 9001 e o PBQBH nível A que são duas certificações de qualidade e excelência, que são exigidas para as maiores construtoras do mundo.



PLANTA BAIXA - COBERTURA TIPO 01

Área total Construida: 117,05m²
Descrição: varandão, salas de estar, sala de tv/vídeo/som, sala de jantar, lavabo social, cozinha, área de serviço, circulação íntima, suíte 01 com acesso à varanda, WC da suíte 01, suíte 02 e WC da suíte 02.


Serviço
O que: Amazon Residence
Onde: Parintins
Contato para vendas:  99328-1443 Daniel Monteiro/98118- 5800/imobiliária Nova Casa
Site: www.azulayconstrutora.com.br (no site pode ser encontrado plantas, memorial descritivo e todos os detalhes sobre o empreen-dimento). O estande de vendas fica localizado ao lado em Parintins.
 
 

Titãs - Familia (Simpson)


sábado, 7 de fevereiro de 2015

A Secretaria Municipal de Educação realizou nesta quarta-feira, 4, o II Encontro de Gestores e Supervisores.

A Secretaria Municipal de Educação realizou nesta quarta-feira, 4, o II Encontro de Gestores e Supervisores.
O evento contou com a participação de 50 profissionais da educação, oportunidade em que foi tratado sobre o compromisso com o ensino público para 2015. Além disso também foi apresentado o crescimento da educação municipal.

Diante dos desafios do mundo moderno se faz necessário que os profissionais da educação (gestores, supervisores e professores) estejam sempre buscando a formação continuada. Por isso,  a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) reuniu no dia 04/02 os gestores e supervisores para dialogarem sobre os desafios da educação municipal, como a questão da leitura e da escrita, da distorção idade / série e da dinâmica da Escola de forma ampla e específica.

O objetivo é buscar em 2015 o desenvolvimento de um trabalho exitoso que possa alavancar o IDEB de 4.4 para 5.0  e continuar melhorando a qualidade de ensino na Escola pública municipal.

Prefeitura de Itacoatiara e SEMED - Trabalhando para o Povo

ASCOM -Assessoria de Comunicação

O evento contou com a participação de 50 profissionais da educação, oportunidade em que foi tratado sobre o compromisso com o ensino público para 2015. Além disso também foi apresentado o crescimento da educação municipal.
Diante dos desafios do mundo moderno se faz necessário que os profissionais da educação (gestores, supervisores e professores) estejam sempre buscando a formação continuada. Por isso, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) reuniu no dia 04/02 os gestores e supervisores para dialogarem sobre os desafios da educação municipal, como a questão da leitura e da escrita, da distorção idade / série e da dinâmica da Escola de forma ampla e específica.
O objetivo é buscar em 2015 o desenvolvimento de um trabalho exitoso que possa alavancar o IDEB de 4.4 para 5.0 e continuar melhorando a qualidade de ensino na Escola pública municipal.
Prefeitura de Itacoatiara e SEMED - Trabalhando para o Povo.
 
ASCOM -Assessoria de Comunicação

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

José Melo defende expansão da ZFM para região metropolitana e fim do contingenciamento de verbas da Suframa

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Na primeira reunião deste ano do setor empresarial do Amazonas, realizada na noite desta quinta-feira, 5 de fevereiro, o governador José Melo apresentou os principais tópicos do seu programa de governo e anunciou as  medidas que vai defender para o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus (PIM). Com a prorrogação da Zona Franca até 2073, Melo afirmou que há melhores condições para atração de novos investidores, mas disse que é preciso avançar em outros pleitos, como a expansão do modelo de incentivos fiscais para os municípios da Região Metropolitana e o fim do contingenciamento de recursos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
 
Organizada pela Federação das indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), o encontro reuniu empresários do PIM e dos setores do comércio, serviços, agricultura e turismo. Na ocasião, as entidades que representam as classes entregaram ao governador uma carta pedindo união política para resgatar a força da Suframa. Melo afirmou que está alinhado aos interesses do setor produtivo e prometeu encampar a luta dos empresários junto ao governo federal.
 
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“Reafirmo os compromissos da carta. O que está contido nela é o que o governo pensa para o Estado e o sentimento que o governo tem com relação ao que esperamos de tratamento pelo governo federal. Não dá mais para aceitar que se criem taxas de serviços da Suframa e que elas depois não sejam revertidas em serviços, e não voltem para o Estado”, declarou.
 
Para o presidente da Fieam, Antônio Silva, a prorrogação da Zona Franca não é passe de mágica para resolver problemas agudos do modelo. “Sem assegurar autonomia, infraestrutura de transporte não é possível. A Suframa foi atrofiada. Perdemos a autonomia para aplicar os recursos do setor produtivo e verbas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Não podemos ficar reféns do voluntarismo político da união”, relatou.
 
Segundo estimativa da Fieam, o contingenciamento acumulado de recursos é da ordem R$ 3 bilhões. As verbas, que hoje são retidas pelo governo federal e empregadas para compor o superávit primário do país, deveriam ser aplicadas em ações para desenvolver a infraestrutura e melhorar as condições sociais da região. José Melo disse confiar na sensibilidade da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, para lidar com as demandas do Amazonas. Disse que as pautas serão as primeiras que serão apresentadas à presidente.
 
Pauta ampla de propostas – Ao longo deste semestre, em iniciativa liderada pela Fieam e Governo do Amazonas, será construída uma pauta ampla com as propostas para expansão da economia do Estado para apresentação ao governo federal. Neste primeiro momento, a expectativa é resgatar a autonomia da Suframa, garantir respeito à exclusividade de concessão de benefício fiscal e superar as dificuldades com a aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPB), que orientam a fabricação e modernização nas fábricas e que são o item básico para rodar novos produtos.
 
“Não dá mais para aceitarmos conviver com a situação dos PPBs. Eles precisam ser reestabelecidos. A perspectiva de 50 anos, por si só, é muito bom, mas se avaliarmos que as inovações acontecem em muita velocidade, isso pode nos levar a uma Zona Franca de crescimento negativo. É preciso oferecer também segurança técnica”, disse o governador.
 
José Melo defendeu que os recursos de P&D da indústria sejam usados para impulsionar investimentos no setor de ciência e tecnologia e desenvolver o potencial econômico local. O governador destacou que o Governo do Estado vai investir pesado na piscicultura como forma de reduzir a dependência do modelo. A ativação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) é fundamental, disse o governador.
 
Na ocasião, José Melo adiantou aos empresários que determinou à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) estudar novas medidas para simplificação tributária e incentivo fiscal para o setor produtivo local. O governador afirmou, ainda, que defende a indicação de um quadro técnico, e não político, para assumir a direção da Suframa, atualmente sobre o comando de Gustavo Igrejas.


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