sábado, 15 de fevereiro de 2014

Desdobramentos da visita de Dilma a Manaus


A Zona Franca e a ambiguidade de Dilma


A presidente Dilma Rousseff está ciente das dificuldades que terá para colocar em votação e aprovar a PEC da Prorrogação da Zona Franca de Manaus ainda este ano. Foi aconselhada a não vir, e sabia que iria enfrentar protestos, porque não teria como trazer boas novas aos amazonenses. E não trouxe, saiu pela tangente de maneira ambígua. Garantiu uma coisa que ela própria duvida, que vai aprovar a PEC “ainda” neste seu governo, mas sabe que pra isso, terá de romper uma muralha de pedra. Uma bancada e um governo feroz, que só desejam aproveitar o momento único, em que Dilma precisa abocanhar uma fatia substancial dos 31 milhões de votos de São Paulo, para esmagar o sonho de mais 50 anos para a ZFM.
Ela já perdeu em SP em 2010, quando compensou a derrota com os votos de Minas, Rio e do Nordeste, mas não pode se arriscar a perder de novo, já que vai enfrentar candidatos que são fortes nesses redutos. Ela e Lula já enfrentam resistências de setores econômicos fortes no estado, como o sucroalcooleiro e se insistir no projeto ZFM pode minar o setor industrial.
Até agora, a dor-de-cabeça da reeleição está ficando maior que a simples preocupação com um projeto que ela deveria ter decidido há dois anos, quando se encontrava no auge do seu governo e no comando político absoluto. Não o fez, e agora torna a fazer promessa de campanha.

Dilma paquera Arthur
A julgar pelo comportamento da presidente Dilma em Manaus, ela veio disposta a conquistar o reduto tucano no Amazonas, que tem endereço na prefeitura de Manaus. Em quase todos os momentos da visita, Dilma dispensou atenção especial ao prefeito Artur Neto, a quem brindou com a promessa de pelo menos R$ 147,2 milhões para a Prefeitura de Manaus, para serem aplicados nas obras de mobilidade urbana nas grandes avenidas da capital. E com a garantia de serem liberados dentro de duas semanas. Artur, que não é bobo, aproveitou para pedir mais R$ 35 milhões do PAC das Cidades Históricas e R$ 200 milhões de Caixa.

Braga ficou isolado
Na guerra das fotos, o prefeito Arthur Neto dividiu com o governador Omar Aziz e a primeira dama Nejmi o privilégio de posar com a presidente Dilma no descerramento da placa improvisada do Viver Melhor II. Aliás, no material de divulgação da Semcom, o senador Eduardo Braga foi praticamente “isolado” nas fotos e não é citado no texto oficial.  Pelo lado do governo, Braga somente é citado como um dos participantes do café da manhã com a presidente Dilma, quando foi tratada a questão da Zona Franca.

Sem BR-319
Pelas declarações que a presidente Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira durante visita a Manaus só dá para dizer que a BR-319, a Manaus-Porto Velho, não vai sair tão cedo. É que a presidente disse que “vai ser rigorosa” na questão ambiental, embora tenha atenuado afirmando que as necessidades de “20 milhões de amazonenses” são tão legítimas quanto as do meio ambiente. Contraditória, no mínimo.

Legado dos militares
Diz o vereador Mário Frota (PSDB) que não dá para comparar o legado dos militares no Amazonas com os governos do PT. Frota diz que Dilma prometeu e não cumpriu prorrogar a Zona Franca de Manaus, criada durante a ditadura. O vereador tucano também disse que nenhum “ptralha” tem moral para se comparar com os cinco governadores nomeados pelos militares, ao longo de quase 20 anos, pois nenhum deles deixou o poder tachado como ladrão.

Mandato à disposição
Em defesa dos militares que construíram a ZFM, o vereador Mário Frota diz que é capaz de renunciar ao mandato caso alguém lhe prove que Arthur Reis, Danilo Areosa, João Valter de Andrade, Henoch Reis e José Lindoso, em algum tempo, foram acusados de terem assaltado os cofres do Estado.

Blog do Holanda

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Prefeito de Manaus, participa de homenagem a Moysés Israel


O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, participou da homenagem ao decano da Federação das Indústrias do Amazonas, Fieam, e presidente do Conselho Fiscal da entidade, Moysés Benarros Israel. Moysés comemorou 90 anos de idade na noite da última segunda-feira, na sede da Fieam, na avenida Joaquim Nabuco, Centro.

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Para o prefeito, o homem que dedicou a vida a gerar empregos, desenvolvendo a região e que esteve à frente de inúmeros projetos educacionais voltados para o desenvolvimento intelectual e profissional dos jovens do Amazonas merece todas as homenagens. “Uma figura sempre lúcida, desprendida, humilde e ao mesmo tempo sempre culta, sempre conectada com que há de moderno, uma cabeça aberta e que Deus o presenteou com uma saúde de ferro. Eu tenho um carinho muito grande  por ele. Eu só recebi dele palavras amigas, palavras de carinho e o admiro. Ele é um exemplo para todos pela sua justiça e sabedoria”, disse.

Moysés Israel recebeu um cheque de R$ 5 mil dos amigos da Fieam para investir na biblioteca da entidade, pela qual nutre um carinho especial. Ele se disse satisfeito com o legado de desenvolvimento e educação que deixa para as próximas gerações. “Isso me dá muita satisfação. Eu não trabalhei inutilmente, lutei para juntar toda essa gente para levar a nossa federação para frente e criar mais educação, que é o que o nosso País precisa”, agradeceu ele.
 

Prefeitura de Manaus inaugura a Galeria Espírito Santo (o popular camelódromo), solucionando um problema antigo da invasão das ruas do centro da capital do Estado, exemplo a ser seguido no interior do Amazonas



De camelô para microempreendedor. Com as novas Galerias Populares, a vida fica mais confortável e segura

É bom para o microempreendedor, é bom para Manaus. As novas Galerias Populares inauguram ainda no primeiro semestre, na imagem o projeto da Galeria Espírito Santo, localizada na Rua Joaquim Sarmento, esquina com a Rua 24 de Maio. 

 

IMMT renova sinalização de trânsito em Itacoatiara

O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte, Autarquia da Prefeitura de Itacoatiara e responsável pelo trânsito na Velha Serpa, renova a sinalização em vias principais da cidade. O intuito é coibir os condutores de motos e carros a trafegarem em ruas na contramão e estacionarem em locais não apropriados.
Hoje em Itacoatiara mais de 20.000 veículos trafegam diariamente na cidade e com o excesso de veículos foi necessário estabelecer novo direcionamento transformando ruas de mão dupla em mão única para melhorar o escoamento do tráfego e dar mais segurança tanto para os condutores como para os transeuntes. Outra ação empregada pela IMTT foi além de revitalizar a pintura de sinais no asfalto como o “Pare” e a faixa de pedestres, manutenção dos serviços de semáforos em locais de maior fluxo de veículos, agora também está revitalizando os postes de sinalizações nas esquinas das principais ruas com proibição de estacionamento e setas que direcionam para onde dar andamento ao fluxo dos veículos demonstrando as ruas de mão única.

A sinalização vai melhorar o fluxo e disciplinar o trânsito

O Prefeito Mamoud Amed já está buscando na Capital do Amazonas, junto ao Governo do Estado, a aquisição de novos semáforos que serão distribuídos em outros locais da cidade que estão com fluxo de veículos muito grande. No momento, enquanto não chegam os novos semáforos a IMTT aproveita os serviços dos “Azulzinhos” (guarda de trânsito muicipal) que controlam o tráfego nas vias de maior tráfego, principalmente depois que começou o ano letivo das escolas estaduais e municipais./// Texto e Fotos: Sérgio Azevedo

Tudo pela Amazônia

Tudo pela Amazônia

Se a Amazônia está de cócoras para o mundo, como dizia nos anos 60 o coronel Jarbas Passarinho, referindo-se à inércia deste patrimônio natural, é porque o Brasil está de costas para a Amazônia, como dizem os fatos. Já naquela época, esse acreano que, a seu modo, mobilizou a força do regime militar para a formulação de um projeto para a região, Nascia a ZFM.
Aniversário
Hoje temos o PIM, com seus resultados vitais para a manutenção das receitas federais e nossa combalida sobrevivência ou subsistência. E até isso querem nos tirar e nos jogar no esquecimento pela falácia das políticas federais para a Hiléia.
Enganados
O presidente da Fieam, Antonio Silva, considerou equivocada a intenção da União Europeia (UE) de entrar com processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as zonas francas no Brasil. Definiu como “um grande mal entendido igualar a ZFM a outros sistemas tributários dedicados exclusivamente à exportação”.
Pagadora de impostos
ZFM é uma área de processamento industrial, cuja grande parte de sua produção é para atender o comércio interno e substituir importações. Na região, somos os maiores arrecadadores de impostos, taxas e emolumentos sem a contrapartida na infraestrutura de transporte e logística.
Floresta tributária
Uma das poucas vozes que se levanta em defesa do nosso modelo é a do presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, observou que programas como Lei de Informática, PADIS, PATVD entre outros, só contribuíram para tirar competitividade da ZFM.
Exigências
“Lembro que a OMC foi provocada por conta de medidas de contrapartida exigidas pelo governo brasileiro na aplicação do PPB que exigia a aquisição ou fabricação de alguns itens ou insumos no mercado local/nacional como contrapartida aos incentivos fiscais oferecidos”, disse Périco.
Alheios
Infelizmente nossa representação no congresso é pífia e omissa por questões políticas compressivas, mas inaceitáveis já que todo o bloco parlamentar é governista. Pelo menos brasileiro, pois temos um paraense, um potiguar e uma catarinense. Ou não?
Ninguém Merece!!!
• Os únicos políticos a se manifestarem foram os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) com a pressão da EU.
• Os vereadores destacaram o sucesso ambiental da ZFM e cobraram a prorrogação dos incentivos fiscais do modelo.
• Temos três senadores governistas que despacham e tomam café, almoçam e jantam com a presidenta Dilma.
• Eduardo é líder, Alfredo é só sorriso, Vanessa é companheira e vigia dos interesses palacianos do senado.
• Mais oito deputados federais que apoiam todos os seus projetos e desejos. E aí, cambada não está na hora de se mexer?
Blog do Makate

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Brasil piorou sua posição no ranking mundial da corrupção

Capa do relatório de 2013 da Ong Transparência Internacional sobre percepção da corrupção no mundo.
Capa do relatório de 2013 da Ong Transparência Internacional sobre percepção da corrupção no mundo.
Foto: Divulgação

Em seu relatório sobre a percepção da corrupção do setor público divulgado nesta terça-feira, a Ong Transparência Internacional revela que a prática piorou no Brasil com o país caindo três posições no ranking. De 69ª no ano passado, o Brasil ocupa agora a 72ª posição este ano e está no grupo de países onde a corrupção é crônica.

O estudo da ONG analisou a percepção da corrupção em 177 países. Mais de dois terços dos países avaliados atingiram um índice abaixo de 50 de uma escala que vai de 0 (percebido como altamente corrupto) até 100 ( percebido como menos exposto à corrupção). O Brasil, no índice divulgado pela Ong, registrou 42 pontos, um a menos do que no ranking passado.
Esse índice é uma combinação de pesquisas e avaliações de especialistas sobre corrupção durante um ano. As informações são checadas de acordo com os critérios da Transparência Internacional. A maior abertura dos países a seus sistemas de informação e regras da conduta de seus governos podem ajudar a melhorar o índice, enquanto a falta de transparência das atividades do setor público e a ineficiência de entidades de controle e investigação prejudicam a percepção de combate à corrupção.
Pelos critérios adotados, os países menos corruptos são, pela ordem: Dinamarca e Nova Zelândia, que somaram 91 pontos, e Finlândia com 89. Por outro lado, os país mais corruptos são Somália, Coreia do Norte e Afeganistão com apenas 8 pontos.
Pedidos
Para a Transparência Internacional a corrupção no setor público continua sendo um problema gravíssimo e um desafio para o mundo, principalmente em relação ao financiamento de partidos políticos, à polícia e ao sistema judiciário.
A Organização também pede que instituições públicas sejam mais abertas em relação à divulgação de suas atividades e tomadas de decisões. Apesar de contar com uma rede de entidades e especialistas, a Transparência Internacional constata que ainda é muito difícil identificar e investigar casos de corrupção
“O índice 2013 de Percepção da corrupção mostra que todos os países ainda enfrentam a ameaça de corrupção em todos os níveis de governo, desde a liberação de documentos locais até o reforço de leis e regras”, afirmou Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional, em comunicado divulgado à imprensa. 
A ONG pede que instituições como o G20 lutem contra a lavagem de dinheiro e para que governos e empresas.  “É hora de acabar com atos de corrupção. As brechas legais e a falta de vontade política do governo facilitam tanto a corrupção interna e além das fronteiras dos países, e exigem que intensifiquemos nossos esforços para combater a impunidade dos corruptos ", disse Labelle.

FGV: Brasil foi único país na América Latina que piorou


O Brasil foi o único da América Latina que inspirou menor otimismo sobre o clima econômico no trimestre até janeiro deste ano. Em todos os outros dez países pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o instituto alemão Ifo, o indicador que monitora as tendências da economia melhoraram ou ficaram estáveis (como Argentina e Venezuela).

O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil recuou 6,3%, para 89 pontos. "Ninguém piorou além do Brasil. Mas, mesmo havendo essa piora, a avaliação ainda é melhor do que em julho de 2013 (75 pontos)", destacou a coordenadora de projetos do Centro de Estudos do Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Lia Valls.

Segundo Lia, a piora é sentida tanto em relação ao consumo quanto ao investimento, na situação atual e no futuro. "Há perspectivas de crescimento econômico menor, desvalorização cambial, inflação maior. Isso contribui para uma avaliação não favorável do momento atual de consumo e investimento, e também das expectativas", disse Lia, acrescentando que o cenário macroeconômico brasileiro ainda tem um fator complicador para este ano: as eleições.

O Brasil ainda aparece como um dos mais vulneráveis e sujeitos a turbulências em função da normalização da política monetária dos Estados Unidos, o tapering. Como o País sustenta juros mais elevados do que outros lugares, a maior liquidez internacional financiou grande entrada de capital, além de ter ajudado a impulsionar os preços das commodities (que o Brasil exporta em grande volume), ressaltou Lia.

"Agora mudou o cenário totalmente com a perspectiva de aumento dos juros americanos. Temos ainda questões internas, como inflação, política fiscal. Isso configura um cenário menos favorável para o Brasil."

Para Lia, a fragilidade do Brasil e de outros países da América Latina se dá porque a taxa de poupança é muito pequena, e há déficit em conta corrente. "Ao contrário da Ásia, que tem a poupança maior, a América Latina fica numa situação mais vulnerável", afirmou Lia. Apesar disso, ela ressaltou que, quando a pesquisa foi realizada, não havia ocorrido a recente turbulência no mercado de câmbio - o que, ela não descarta, pode afetar a próxima sondagem.

Cenário externo

A alta dependência das exportações brasileiras em relação à China também pode estar contribuindo para essa deterioração na avaliação dos especialistas, já que a própria China registra recuo no indicador de clima econômico (de 112 para 107 pontos, ainda na zona favorável acima dos 100 pontos). "O Brasil está mais atrelado à China, que está em desaceleração, enquanto o México está mais atrelado aos Estados Unidos, que apresenta trajetória de melhora e recuperação", disse Lia. O México registrou crescimento de 15,7%, de 89 para 103 pontos.

Peru e Colômbia, segundo Lia, inspiram boas perspectivas. "Algumas pessoas associam isso ao comprometimento em participar do Acordo Transpacífico", disse. No caso da Colômbia, ainda, conta o aumento de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no setor de petróleo e gás. Chile, por sua vez, aguarda com um pouco de cautela o início do novo governo de Michelle Bachelet.

Paraguai e Uruguai mostraram melhora no clima econômico, o que reforça, segundo Lia, a ideia de que o contágio devido a crise na Argentina não é tão simples. "Apesar de 8% das exportações do Uruguai irem para a Argentina, o país compensa facilmente exportando para outros lugares. É diferente de 2001, quando o reflexo veio no fluxo de capital."


Agencia Estado / Portal do Holanda

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