A Academia Itacoatiarense de Letras inaugura sua sede permanente Dia 15 de Novembro

 

FTA valoriza o conhecimento de nomes importantes do teatro amazonense

A história de Ednelza Sahdo e Socorro Langbeck (a Beckinha) se confunde com a história do teatro amazonense. As duas participam da programação acadêmica do 10º Festival de Teatro da Amazônia (FTA), palestrando no workshop “Trajetória”, no qual compartilham com o público um pouco das experiências e vivências acumuladas ao longo de suas carreiras.

Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, e Federação de Teatro do Amazonas - FETAM, o 10º FTA celebra sua décima edição buscando valorizar o conhecimento do ator amazonense, motivo esse que fez a organização do evento convidar essas importantes atrizes a participarem da programação.

“Já participei do Festival dirigindo e atuando nos espetáculos, mas será a primeira vez que terei a oportunidade de contar a minha história no teatro”, lembra Beckinha, que esse ano completa 40 anos de carreira, iniciado em 1973, quando ainda tinha apenas 15 anos.

Ela e Edneza são contemporâneas no cenário cultural de Manaus. Criaram nos anos 70 o projeto “Pintando o Sete”, em que trabalhavam artes, música e teatro com crianças e adolescentes nos arredores do Teatro Amazonas. Uma parceria de longa data e que chega para abrilhantar a décima edição do FTA.

“Já trabalhei com a Beckinha. Tive a oportunidade de dirigi-la. Sou mais velha que ela e, nos anos 70, que nos conhecemos e passamos a trabalhar com o teatro e estou aí até hoje. Pegar essas histórias e conhecimentos para conversar com outros atores será maravilhoso”, revela Ednelza.

As duas se preparam de formas diferentes para palestrar no workshop “Trajetória”: enquanto Beckinha lembra como eram as produções teatrais de antigamente, Sahdo prefere deixar a conversa rolar e ir lembrando aos poucos como era trabalhar com Teatro quando começou sua carreira.

“Os espetáculos eram realizados com ajuda de amigos, dos nossos pais. Cheguei a vender um carro, que nunca recuperei, para montar um espetáculo”, lembra Beckinha. Já Ednelza lembra de tantas coisas, que nenhuma parece vir com muita clareza. “São tantas coisas que acho melhor deixar pra lembrar na hora que eu começar a falar”, explica.

O FESTIVAL

O 10º FTA acontece desde a última sexta-feira, dia 18, com Mostra Competitiva Infanto-Juvenil e Adulta, que apresenta 15 espetáculos – cinco nacionais e dez amazonenses – a serem exibidos as 10h e as 20h, no Clube Recreativo dos Professores de Itacoatiara (CREPI) e Programação Acadêmica com 9 atividades no Centro Cultural Velha Serpa.

O Festival de Teatro da Amazônia encerra no dia 25, sexta-feira, com cerimônia de homenagem a atriz Selma Bustamante, apresentação do espetáculo “Dentro da Noite”, com Marcus Alvisi e direção de Ney Matogrosso, e premiação dos vencedores do 10º FTA.

Hotel Cassina: sucesso e decadência do ícone histórico de Manaus

Construído em 1899, o hotel era reflexo do momento vivido pela capital amazonense: o apogeu da borracha

A capital amazonense chegou ao ápice da riqueza durante o ciclo da borracha. Prédios suntuosos, arquitetura europeia e todo glamour necessário. O Amazonas era um ótimo lugar para viver. E hoje? O que sobrou dessas belezas arquitetônicas? Apenas fotos, imagens que até parecem um sonho distante. A história se repetiu com outras obras importantes para a construção da história local e entre eles, o Hotel Cassina e Cabaré. O Portal Amazônia foi em busca da história do prédio que chama atenção na Rua Bernardo Ramos, 295, no Centro antigo que foi do sucesso a decadência em pouco tempo .

Hotel Cassina não sobreviveu a queda da economia e hoje está fechado. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Construído em 1899, o hotel levava o nome do empresário italiano Andréa Cassina. Ponto de encontro entre os intelectuais da época, o Hotel Cassina era reflexo do momento vivido pela capital amazonense: o apogeu da borracha. Mas, com o setor sofrendo queda e a economia na cidade abalada, o prédio transformou-se em pensão e, logo após, recebeu o nome de 'Cabaré Chinelo'.

O médico Antônio Loreiro, 70, possui 16 livros publicados. Ele é um historiador amador e conta um pouco sobre a importância do hotel para a cidade. "Era um lugar famoso e hospedou algumas pessoas ilustres, como por exemplo, Luis Gálvez, ex-governador do Acre. O Hotel Cassina pode ser comparado ao Hotel Tropical, pelo fato de que, naquela época, somente as pessoas ricas podiam se hospedar lá. Imagina o quanto colaborava para a economia local?", indagou.

Outro motivo para o sucesso do Hotel Cassina era a localização privilegiada. A área era composta pela Sede Provincial do Amazonas, Praça do Palácio, Terceiro Batalhão de Artilharia e uma Fábrica de Redes. "Com o passar dos anos e a queda da borracha, a cidade foi sendo esquecida. Então, os lugares que eram atração da cidade foram falindo e fecharam as portas", afirmou Loreiro.

Hotel Cassina é ícone da época de ouro amazonense. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

"Infelizmente até o momento apenas promessas de restauração. O prédio conta um pouco da história de Manaus, mas olha o estado dele", falou Loreiro. Ele acredita que o crescimento da cidade afasta as pessoas da sua história. 

Experiência

Na obra de Gonçalves Maia, 'Livro de Viagem: Norte' (1904), existe um capítulo especial do Hotel Cassina. No trecho, o autor revela algumas peculiaridades do lugar. Ele cita questões como preço, conforto e entorno do hotel, durante o período em que ficou hospedado. Confira. 

Blog do Holanda

Encerramento do FTA traz espetáculo dirigido por Ney Matogrosso em Itacoatiara

O espetáculo “Dentro da Noite”, dirigido por Ney Matogrosso e interpretado por Marcus Alvisi, do Rio de Janeiro, encerra o 10º Festival de Teatro da Amazônia, realizado em Itacoatiara pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, e Federação de Teatro do Amazonas – FETAM.

O monólogo, com duração de 1 hora, será apresentado na sexta-feira, dia 25, no Clube Recreativo dos Professores de Itacoatiara, às 20h, como parte da programação de encerramento do 10º FTA, que conta ainda com homenagem a atriz e diretora Selma Bustamante e entrega de prêmios aos vencedores do Festival.

“Dentro da Noite” é a adaptação de Alvisi para dois textos do contista e cronista carioca João do Rio: Um que leva o título da peça em que um sádico fala a um amigo, com detalhes e requintes de crueldade, sobre sua bizarra tara; e o seguinte se passa no interior de uma biblioteca particular, no qual o narrador relembra a amigos a erótica aventura, de desenlace grotesco, que vivera naquele carnaval.

De acordo com ator o espetáculo é uma homenagem e resgate a esse grande escritor brasileiro chamado João do Rio. “A peça é o resgate desse autor esquecido. Ele é o personagem principal, o grande mestre desse espetáculo”, revela Alvisi, que há três anos vem realizando apresentações e temporadas do trabalho.

A estreia de “Dentro da Noite” ocorreu em 2010, em Portugal, um pouco antes de Ney Matogrosso assumir a direção. “Ney entrou no projeto quando viu a apresentação de uma performance dessa peça, numa livraria no Leblon, fez ótimas observações e deu corpo estrutura e a marcação que faltava, foi quando virou um espetáculo de fato”, lembra Alvisi.

Avisi e Ney Matogrosso são amigos há quase 30 anos. Começaram praticamente juntos no teatro, no Rio de Janeiro, e essa parceria dos dois tem rendido ótimas críticas ao espetáculo e boa aceitação por parte do público, principalmente no eixo Rio-São Paulo.

Será a primeira que o ator encena o espetáculo na região Norte, o que deixa ele bem feliz, principalmente por se tratar de um festival de teatro, em que vai se apresentar não só para um público, mas para atores e diretores de teatro.

“A expectativa para apresentação é boa. Vou fazer uma peça para pessoas de teatro, o que me deixa bastante feliz. É sempre bom participar de um evento como esse. É fazer teatro em volta de teatro”, reflete o ator, que participou da programação acadêmica, também, ministrando a Oficina de Improvisação.

Premiação

Os vencedores do 10º Festival de Teatro da Amazônia (FTA) serão conhecidos na sexta-feira, dia 25, durante cerimônia de encerramento do evento. Os espetáculos da Mostra Competitiva – Adulto/Infanto-juvenil concorrem a prêmios nas categorias: Melhor Espetáculo, Melhor Diretor, Ator, Atriz, Cenário, Figurino, Pesquisa Musical, Maquiagem, Texto Original e Iluminação, tanto para espetáculos Adultos e Infanto-juvenis.

Amazonfest

Amazonas discute política de resíduos sólidos em Brasília

Erradicação dos lixões, desperdício de alimentos e combate à fome estão entre as discussões do evento – foto: Divulgação

 

Representantes de 26 Estado e do Distrito Federal discutem alternativas que contribuam para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Trata-se da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, iniciada nesta quinta-feira (24), em Brasília, para onde seguiram 30 representantes do Estado.

 

O evento é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e vai de 24 a 27 de outubro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília.

 

As discussões giram em torno de quatro eixos temáticos, Produção e Consumo Sustentáveis; Redução dos Impactos Ambientais; Geração de Trabalho, Emprego e Renda; e Educação Ambiental.

“Hoje está sendo discutido o regimento interno, as discussões, o trabalho de grupo, o funcionamento da plenária, as decisões, deliberações de cada grupo temático, a partir dos quatro eixos temáticos. No credenciamento, cada delegado já deverá aderir a um dos eixos”, explica José Adailton Alves, representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), que está no comando da delegação amazonense.

A partir dessa sexta (25), acontecerá o ciclo de debates acerca da Lei 12.305, erradicação dos lixões, desperdício de alimentos e combate à fome, desafios da coleta seletiva, reciclagem, gerenciamento de resíduos no meio rural e tratamento térmico de resíduos.

 

Jornal Em tempo

3ºBLOCO JORNAL - Reabertura do Mercado de Manaus

SUFRAMA promove estudo sobre Áreas de Livre Comércio

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), através da Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC), inicia esta semana um trabalho investigativo sobre as Áreas de Livre Comércio (ALCs) com o objetivo de identificar de que maneira o regime jurídico-tributário diferenciado que se aplica nestas localidades contribuiu para o desenvolvimento intramunicipal, intermunicipal, estadual e fronteiriço destas áreas. Para isso, equipes técnicas da autarquia visitarão as nove ALCs que fazem parte da área de abrangência do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).

As primeiras visitas ocorrem, esta semana, nas Áreas de Livre Comércio de Guajará-Mirim (RO) e Macapá e Santana (AP). Em novembro e dezembro será a vez das ALCs de Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM) e Boa Vista e Bonfim (RR). A proposta inicial das equipes é verificar de que forma está sendo praticada a política de desenvolvimento das ALCs, cujos objetivos são, dentre outros, a promoção das cidades; a integração dessas áreas com o restante do País; o fortalecimento do setor comercial; o estímulo à implantação de projetos empresariais agroindustriais e extrativistas; a fixação e atração de população; e a geração de emprego e renda.

O trabalho será feita em etapas que se complementam. A primeira terá como base o levantamento de dados e informações que se encontram nos sistemas de controle da SUFRAMA, para identificar potenciais indústrias que usufruam dos incentivos fiscais e tenham nos insumos regionais sua base de industrialização. Em seguida, estão previstas reuniões com as Secretarias de Planejamento dos Estados e universidades a fim de articular parcerias que possam contribuir na coleta de informações pertinentes à pesquisa.

O que for apurado servirá de base para a realização do Fórum das ALCs, proposto pela SUFRAMA e que está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2014, possivelmente em uma das Áreas de Livre Comércio, a ser definida após a compilação dos dados.

Resultados e ações

A equipe da COGEC pretende, com a coleta das informações em cada localidade, identificar, dentre outros pontos, “gargalos” de produção e vantagens de cada área, propondo soluções para eventuais distorções dos incentivos fiscais, infraestruturais, científicos e tecnológicos.

O trabalho deve, ainda, abordar questões pertinentes à legislação tributária, com vistas a oferecer melhorias à industrialização a partir da matéria-prima regional.

Sufram - Márcio Gallo