sábado, 6 de julho de 2013

UM BOM DIA E UM BOM FINAL DE SEMANA A TODA COMUNIDADE ITACOATIARENSE, MANAUENSE, AMAZONENSE, EM FIM, A TODOS AMIGOS E A MIGAS DO FACE!

ITACOATIARA

Itacoatiara

Itacoatiara, minha cidade de menino criança. Faz tempo.
Muito tempo. Não te vejo, mas na lembrança estou aí, aí junto a ti.
Quem sabe se um dia aconchegaremos?! Estou separado de ti há dezenas de anos. Três mil quilômetros. Horizontalmente, onde o belo me cativa das saudades que tenho de ti. Mas um dia, quem sabe? Como menino criança, correndo atrás de papagaio e curica, tentando te alcançar para ti abraçar e matar minhas saudades que ficaram essencialmente em mim. Depois acontecerá o inevitável – meu retorno: abraçar-te-ei em ternuras ao chegar chegando de minha viagem horizontal. E humilde pedir perdão por minha ausência, mas se não me deres e não me abraçares com teu peito junto ao meu, ofegante, Itacoatiara, voltarei perambulando, trôpego e em prantos cantarei meu último verso: adeus, de teu filho que saiu saindo em prantos; mas depois sorriu sorrindo ao reencontrar os braços horizontais do horizonte.

*Manoel Cansanção Marinho nasceu em Itacoatiara em 18.04.1935. Em 1957 deixou a terra natal e passou por Manaus, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O texto acima integra o seu livro “Poemas e contos”, editado antes dele falecer em 1999. De São Paulo (novembro/2000), sua irmã Wanda me remeteu um volume da obra com uma tocante mensagem lembrando a paixão da família por Itacoatiara.

Blog Francisco Gomes

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Deputado Cabo Maciel intervém junto ao senador Alfredo e garante licença de alfandegamento para o porto de Itacoatiara

Cabo Maciel é o presidente da Comissão dos Portos da Assembleia Legislativa do Amazonas

Dr. Junior, Dep. Cabo Maciel e Senador Alfredo Nascimento. Assunto: Porto de Itacoatiara

O presidente da Comissão dos Portos da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Cabo Maciel (PR) entra em ação e acaba de obter um ponto importante para a população de Itacoatiara/AM (distante a 265km de Manaus) ao conseguir a renovação do licenciamento alfandegário do complexo portuário de Itacoatiara junto a Receita Federal. Com isso, ele garante o funcionamento do porto na área de sua jurisdição. Preocupado com o prejuízo do porto, pelo não cumprimento dessa exigência da Receita. Cabo Maciel reuniu com o Senador Alfredo Nascimento (PR) para definir o nome do novo administrador Paulo Honorato para representar o porto junto a Receita.

Segundo o parlamentar republicano o prazo da renovação do licenciamento junto a Receita Federal encerra no próximo dia 30 de junho, como o DNIT não havia definido um nome para ser indicado junto a Receita Federal o mesmo perderia a licença.

Dep. Cabo Maciel com Paulo Honorato (Paulão) que é o novo administrador do Porto de Itacoatiara

A intervenção imediata do deputado Cabo Maciel junto ao senador Alfredo Nascimento foi fundamental para que fosse mantido a licença sobre sua jurisdição com o alfandegamento do complexo portuário de Itacoatiara no nome do senhor Paulo Honorato (Paulão).

Por outro lado Cabo Maciel aproveitou a permanência do Senador Alfredo Nascimento em Manaus para acertar detalhes sobre uma visita dos membros da Comissão dos Portos da Aleam para reunir após a conclusão dos relatórios com o ministro dos Transportes, César Borges.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dia da música vai ser comemorado no Centro Cultural Velha Serpa

Enchente do aningal do Jauary um problema crônico

Moradores e empresários da região do aningal do Jauary, estão enfrentando mais uma vez o problema da cheia do Rio Amazonas que invade o leito do antigo lago do Jauary. Trata-se de uma região de várzea e está no nível da media das cheias do grande rio.

Durante a seca, os milhares de olhos d´agua existentes no leito do lago do Jauary, desaguam de dentro para fora, durante a enchente o efeito é contrário, acompanhando o ciclo natural das águas. Em uma parte do lago represada do Jauary, ainda são encontrados quelônios e peixes das mais variadas espécies. É um habitat natural da fauna e flora regional, a presença humana é que de fato é o grande intruso do lugar, as próprias águas, como disse, seguem as variantes do leito natural do Rio Amazonas.

Agora uma vez a área tomada por palafitas e para completar, com o despejo da rede de esgoto publico, fato que degreda o meio ambiente e tornou o lugar em um bolsão de problemas sociais, e porque não dizer econômico, pelo fato do também avançado amontoado de casas comerciais que margeiam o lago e seu entorno. A pressão humana sobre uma área de preservação ambiental e tipicamente de várzea, só poderia gerar resultados e incômodos como este, que a cada grande enchente, acaba se tornando um problema sociopolítico que não pode mais ser empurrado com a barriga.

O povo que mora no lugar espera uma solução. Alias, acho que essa seria a melhor hora de encontrar uma, e bem inteligente, pois se deixarem para depois que o rio secar, tudo acaba ficando como antes. As nascentes que estão sendo a cada ano soterradas pelo avanço das residências e casas comerciais, o lago vai perdendo com isso o seu leito e a tendência lógica é as águas avançarem cada vez mais para as ruas e desabrigando pessoas.

Há um projeto da SEINFRA intitulado PROSAITA, nos moldes do PROSAMIM de Manaus, para ser implantado no nosso lago do Jauary. Todavia, o projeto manauara não atendeu justamente as medidas ambientais corretas, pois mataram de vez as nascentes e todo ecossistema existente nos saudosos igarapés de Manaus. O lugar se transformou em um aterro estéril, que acomoda conjuntos de casas padronizadas, até ai tudo bem, todavia, o cenário natural foi condenado e transformado de vez em grande canais de esgotos públicos, que correm a céu aberto, em meio as residências, para a triste contemplação de seus moradores.

Aqui tem que ser diferente, é outra realidade, é por isso que a cada ano há conflito no lugar, principalmente com os moradores próximos dos boeiros, que a cada enchente, torna-se palco de discussões de vizinhos, pois cada um quer se livrar do problema, causando mais problema para os outros.

Gostaria de ver essa situação resolvida, com um bom projeto social de engenharia, articulado com um projeto ainda melhor, no que tange as medidas ambientais de preservação do lugar, e no cuidado das vidas lá existentes.

Se formos contabilizar o que se gasta a cada ano com construção de pontes de madeira improvisadas, custo com tratamento de saúde, aluguéis e manutenção de casas e de vias publicas, veremos que é um absurdo. Gente, trata-se de uma lugar de várzea, todo amazonense sabe o que significa isso, os moradores sabem disso, todos sabem disso. A topografia do lugar aponta isso, o meio ambiente sabe disso, só falta uma ação determinante e definitiva para resolver o problema que está tão claro. Lugar de gente morar, é em terra firme, lugar de olhos d´água, de peixes, tracajás, aningas e jauarizeiros é em seu ambiente natural. Diante disso é fácil entender quem está invadindo o espaço do outro e sofrendo com as consequências. Há de se encontrar uma solução para isso, pois é extremamente vexatória essa situação que se arrasta por longos anos, depois que a área foi invadida. Pois antes disso, o lugar servia de ancoradouro natural de canoas dos pescadores do pacato bairro do Jauary, abrigava cacimbas de onde seus moradores tiravam água para consumo, onde se praticavam regatas e onde os itacoatiarenses, para lá se dirigiam em épocas determinadas do ano, para fazerem piquenique.

Assim era o saudoso lago do Jauary, hoje tomado pelo aningal e pela pressão urbana, se tornou em uma área desorganizada e insalubre, tomada por habitações precárias, tornou-se em um problema crônico que a cada ano afeta pessoas e o meio ambiente do lugar e lamentavelmente entristece o semblante de todo bom cidadão itacoatiarense.

Frank Chaves

Manifestantes dão exemplo de determinação e indignação pacífica

Manifestantes tomam as ruas do Centro durante o ato público do Movimento Passe Livre – foto: Joel Rosa

Durante toda a semana, usuários das redes sociais em Manaus não falavam de outra coisa que não fosse a passeata de ontem (20). Diversas pessoas mudaram fotos dos seus respectivos perfis no Facebook e Twitter para ilustrar e dar o tom de protesto em prol de melhorias nas condições de educação, saúde, transporte público entre outros serviços.

A escrevente de documentos Daura Carolina Miranda, 25, contou que os preparativos começaram cedo. “Apesar de ir sem cartazes e nem faixas, vou levar a energia, a força de vibrações positivas para o protesto. A voz do povo é a melhor ‘arma’ para tudo”, disse.

“O que me motiva é ver uma nação com sua democracia sendo exercida e não somente se mantendo em um lindo papel com capa maravilhosa que é a nossa Constituição Federal com suas normas jurídicas. Espero a concretização do que estamos exigindo”, afirmou.

Antes da manifestação, o governador do Estado, Omar Aziz, tinha expectativa de que a manifestação fosse pacífica, uma vez que, segundo ele, a maior parte dos participantes iriam cobrar mudanças para o país, aguardando com isso que Manaus fosse exemplo nesse sentido.

“Nós sabemos que a maioria das pessoas quer fazer suas reivindicações, o que num país democrático é normal, mas há um grupo de pessoas que quer fazer só baderna e destruir patrimônio e aproveitar para assaltar, o que não tem nada a ver com o movimento. Então, a polícia tem que ficar atenta para saber diferenciar um grupo do outro. O grupo de pessoas de bem tem que ser protegido”, explicou.

Menos corrupção

Por causa do filho que completou 20 dias ontem, a fotógrafa Paula Pessoa, 22, deixou de participar da manifestação. “Sempre participei de protestos a favor do passe livre desde 2009. Até minha mãe sabe que estou me mordendo toda aqui em casa”, disse. “Meu bebê é muito novinho para fazer revolução na rua, mas tenho certeza que em sua soneca ele está sonhando com um país melhor, com menos corrupção, menos preconceito, menos fome, mais Justiça e uma melhora considerada na educação pública”, acrescentou.

A rede social Facebook foi a principal forma de arregimentação de público para a manifestação de ontem em Manaus. Troca de ideias sobre a forma de realização do protesto e as precauções a serem tomadas para evitar confrontos violentos como os ocorridos em outras capitais serviram para realizar um movimento tranquilo e com episódios isolados de desordem.

Vários internautas acompanharam e divulgaram em tempo real informações sobre o trajeto da passeata, os problemas e as cenas marcantes, como a banda da Polícia Militar tocando no caminho dos manifestantes.

Houve também informações desencontradas: um ônibus teria sido queimado na avenida Carvalho Leal, na Cachoeirinha; depois o local era a avenida Eduardo Ribeiro. No final, o coletivo foi atingido por uma pedra na rua Leonardo Malcher. A realidade triste ficou por conta da tentativa de invasão da sede da prefeitura, na Compensa, Zona Oeste. (Jornal Em tempo)

Veja galeria de fotos da Manifestação pública em Manaus