segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Amazonas tem 95,2% dos seus municípios impedidos de celebrar convênios com a União

Município de Manacapuru (AM)

As informações são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e foram divulgadas na última sexta-feira (25/02). Em todo o Brasil este número sobe para 4458 (80,1% do total)

Cinquenta e nove dos 62 municípios do Amazonas, o equivalente a 95,2%, estão impedidos de celebrar convênios com a União porque possuem itens a comprovar junto ao Cadastro Único de Convênios (CAUC) da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O número coloca o Estado na segunda posição no ranking nacional dos que possuem mais cidades em situação irregular neste quesito, perdendo apenas para o Piauí (PI), que tem 96,4% dos seus municípios inseridos nesta classificação.

As informações são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e foram divulgadas na última sexta-feira (25/02). Em todo o Brasil este número sobe para 4458. Conforme a CNM, o número se aproxima da quantidade de novos prefeitos que assumiram mandato: 4063, ou, 72,9% de renovação. No Amazonas, os nomes dos municípios com pendências não foram divulgados pela CNM. 

Os itens com maior número de municípios com pendências são: publicação de Relatório de Execução Fiscal (RGE), do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (PREO), regularidade quanto às contribuições previdenciárias e a regularidade previdenciária em si. Sem a entrega desses documentos, esses municípios continuam inseridos no contexto de "a comprovar".

Na pesquisa realizada pela CNM foi possível apontar, ainda, os municípios com maior e menor aumento da lista entre janeiro e fevereiro deste ano. O Amazonas passou de 58 para 59 municípios neste curto espaço de tempo. Foi considerado o que teve um dos menores aumentos.
Enquanto isso, Santa Catarina passou de 101 cidades para 212, aumento de 109,9%, conforme os dados.

CAUC
O Cauc foi criado para simplificar a verificação, pelo gestor público do órgão ou entidade concedente, do atendimento, pelo convenente e pelo ente federativo beneficiário de transferência voluntária de recursos da União, de treze das vinte e uma exigências estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e demais legislação aplicável, ao reduzir a burocracia desse processo e o volume de papéis, e otimizar o arquivamento e espaço físico para guarda de comprovantes.
Ele tem como um dos objetivos ampliar o nível de controle de exigências, possibilitando transparência e exercício de cidadania, na medida em que permite o acesso pela internet. Além disso, visa otimizar procedimentos administrativos ao facilitar a entrega de documentação administrativa, financeira e contábil produzida pelo ente federativo (tais como Relatório de Gestão Fiscal, Relatório Resumido da Execução Orçamentária e Balanço Anual), considerando que o convenente entrega esses documentos uma única voltou vez (ao invés de fazê-lo diversas vezes, como antes) aos órgãos concedentes federais.

Três chapas concorrem à reitoria da Universidade Federal do Amazonas

Os candidatos terão o primeiro compromisso público na próxima terça-feira (26), quando ocorrerá o debate de abertura da campanha.

Chapa no. 10 da professora Márcia Peralles. Foto: Divulgação
Chapa no. 10 da professora Márcia Peralles. Foto:

MANAUS – A disputa pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) já está oficialmente aberta: três chapas concorrem à administração superior, gestão 2013/2017. O prazo de oficialização da candidatura encerrou às 18h desta sexta-feira (22), na sede da Associação dos Docentes da Ufam (Adua). No mesmo local funciona a Comissão Central de Consulta (CCC), responsável pelo processo em que a comunidade universitária escolherá o próximo reitor e vice-reitor da instituição.
Candidata à reeleição, a professora Márcia Perales compõe com o professor Hedinaldo Narciso Lima, a chapa “Ufam sempre melhor” (nº 10). Ambos tiveram de desincompatibilizar do cargo de reitora e vice-reitor para poder concorrer à consulta.
Quem também passou pelo mesmo procedimento foi o ex-diretor da Faculdade de Estudos Sociais (FES), professor Sylvio Puga, que, junto ao ex-secretário Executivo Adjunto de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas, professor Waltair Machado, forma a chapa “Uma nova Ufam vai nascer” (nº 33). O registro da candidatura foi efetuado três horas antes do término do prazo de inscrição.
Está na disputa, também, a chapa “Renova Ufam” (nº 44), formada pelos professores Henrique dos Santos Pereira, da Faculdade de Ciências Agrárias, e José Luiz de Souza Pio, do Instituto de Computação. A chapa registrou a candidatura na tarde desta quinta-feira (21).
Candidato Sylvio Puga. Foto: Divulgação
Candidato Sylvio Puga. Foto: Divulgação
 De acordo com a presidente da CCC, Ana Cristina Belarmino, o processo de inscrição foi tranquilo, com todos os candidatos cumprindo os requisitos descritos no regimento do processo de consulta. “Todos eles cumpriram as exigências, apresentando o currículo lattes, o programa de trabalho e a planilha contendo a origem e aplicação dos recursos financeiros para campanha”, afirmou, acrescentando que o procedimento é fundamental “para a democracia e para a transparência da consulta”.

Candidatos Henrique e Pio. Foto: Divulgação
Candidatos Henrique e Pio. Foto: Divulgação

Debates 
Os candidatos terão o primeiro compromisso público na próxima terça-feira (26), quando ocorrerá o debate de abertura da campanha. O encontro será realizado das 16h às 18h, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), no setor Norte do Campus Universitário. A mediadora será a jornalista da TV Cultura, Vivian Alencar.
Outros seis debates estão previstos para ocorrer até o dia 25 de março, sendo um em cada unidade acadêmica da Ufam fora da sede e o último no auditório Eulálio Chaves, no setor Sul do Campus.

Confira o Calendário de Atividades do Processo de Consulta
26/02 a 25/03 – Período de debates 1º turno
27/03 – Votação 1º turno
28/03 – Divulgação do resultado 1º turno
02/04 – Debate 2º turno (se houver)
04/04 – Votação 2º turno (se houver)
05/04 – Divulgação oficial do resultado 2º turno (se houver)

Redação - jornalismo@portalamazonia.com 

Em Itacoatiara (AM), estádio Floro de Mendonça tem arquibancada liberada

Floro de Mendonça, em Itacoatiara (AM) (Foto: Divulgação/Penarol)
Arquibancada do Floro de Mendonça foi utilizada no último sábado (Foto: Divulgação/Penarol)


Após quase 1 ano e meio de reforma, enfim o torcedor de Itacoatiara (município a 176 quilômetros de Manaus) começou a usufruir do estádio Floro de Mendonça. No dia (16/02), o local recebeu o jogo entre Penarol e Holanda (2 a 2) pelo Campeonato Amazonense, com a nova arquibancada liberada, com capacidade para 3 mil pessoas.

De acordo com o proprietário da construtora Metro Quadrado, Luís Otávio Bastos, até o fim de fevereiro o estádio será entregue e terá capacidade para três mil pessoas sentadadas. Ele explicou que faltam apenas alguns detalhes.

- As arquibancadas estão 100% concluídas. A gente está concluindo a parte dos banheiros e pintando os guarda-corpos (grade de proteção) da arquibancada. Além disso, vamos instalar as duas catracas eletrônicas - explicou Luís Otávio. 

(Por GLOBOESPORTE.COM Manaus) 



Só gostaria de saber se as outras arquibancadas laterais que eram de madeira, também foram substituídas por estrutura de concreto, pois acho que não vale muita coisa, só essa arquibancada central apresentar estrutura nova, e as laterais com arquitetura ultrapassada. Sem dúvida a construção ficou boa, mas acho que o nosso estádio merecia sua obra de reforma, com a mesma estrutura em sua totalidade, se não pelo menos, ter toda sua frente completa de arquibancadas novas. Pois olhando bem para a construção, fica sempre aquela sensação de que esta faltando alguma coisa, o seu complemento. Está melhor do que estava, mas como disse, acho que nosso estádio e nossa cidade mereciam muito mais! (Frank Chaves)
 

Projeto “Biblioteca Volante” é anunciado a escritores, em Manaus

Este ano serão oferecidos cursos exclusivos sobre como produzir projetos literários, e destinar profissionais apenas para orientar no preenchimento dos requisitos.
Ainda esta semana acontecem os encontros com os profissionais da dança (27) e circo (28). Foto: Divulgação
Adicionar legendaAinda esta semana acontecem os encontros com os profissionais da dança (27) e circo (28). Foto: Divulgação
MANAUS – Até o final do ano, as primeiras bibliotecas móveis do Amazonas estarão em circulação pelas ruas e bairros de Manaus. A proposta prevê a aquisição de veículos estilo “van”, adaptadas com prateleiras e estrutura para livros, CDs, DVDs e outras mídias de informação. Elas ficarão à disposição dos moradores dos bairros para consulta e empréstimo de material gratuitos, mediante apresentação da carteira de identidade.

Durante balanço nos últimos anos, houve uma redução do número de novos projetos literários. Enquanto em 2007  foram recebidas 17 propostas que concorreram a 11 vagas disponíveis em um total de R$ 30 mil disponibilizados em recursos, no ano passado, apenas um projeto foi apresentado.

Este ano serão oferecidos cursos exclusivos sobre como produzir projetos literários, e destinar profissionais apenas para orientar no preenchimento dos requisitos.

O presidente da Associação Amazonense dos Escritores, Gaitano Antonaccio, elogiou outra proposta apresentada durante a reunião na manhã desta segunda-feira (25). Direto de Itacoatiara para participar do encontro, o escritor Walfrido Rêgo, também enalteceu o diálogo entre escritores e os envolvidos no processo criativo e literário amazonense. 

Ele também é ouviu a proposta para construção da sede da Academia de Letras do município ainda este ano. Ainda esta semana acontecem os encontros com os profissionais da dança (27) e circo (28). (jornalismo@portalamazonia.com)



Nossa Academia de Letras já está a mais de 2 anos na luta pela sessão do prédio histórico e sua respectiva restauração. Esta semana mesmo, estive na Secretaria de Cultura do Estado, onde fui informado que o processo esta em tramitação na mesa do secretario Robério Braga. Se Deus quiser, e os nossos tomadores de decisão politica, a nova sede da AIL estará disponível a sociedade itacoatiarense, onde temos planos de implantar além da nossa sede administrativa, uma biblioteca pública e um museu da imagem e do som. (Frank Chaves)

Cabo Maciel se reúne com José Melo para tratar sobre Ponte do Ipixuna em Itacoatiara

O deputado Cabo Maciel (PR) volta a articular politicamente junto ao governo do estado a construção definitiva em alvenaria da ponte do Ipixuna no rio Arari/Itacoatiara (265km de Manaus). O parlamentar reuniu com o governador em exercício José Melo, acompanhado do vereador Richardson do Mutirão (PR) para tratar exclusivamente da construção da ponte.
Desde que assumiu seu mandato o parlamentar tem denunciado a precariedade em que se encontra a ponte e o prejuízo causado aos moradores da zona rural.
MELO MACIEL RICHARDSON
Logo que assumiu seu mandato como deputado, Cabo Maciel vem buscando ajuda do governador Omar Aziz, que autorizou a construção de uma ponte provisória para atender a população naquele período do ano e agora já autorizou a construção da nova e definitiva.
Cabo Maciel já vem acompanhando o andamento do projeto e a liberação das licenças ambientais para que após a vazante do rio a obra tenha início. A expectativa é que agora possa ser construída uma ponte que realmente facilite o escoamento da produção rural que abasteça a cidade da Pedra Pintada.

fonte: ASCOM - Gabinete do Dep. Maciel / Blog da floresta

Essa é a famosa ponte do Rio Arary, que tanto tem atormentado os usuários da estrada que da acesso ao Itaubal. Só mesmo quem conhece a realidade pode tomar uma atitude dessas para aliviar o sofrimento do povo do Rio Arary que usa essa estrada para escoar sua produção. Parabéns Deputado Dep Cabo Maciel pela iniciativa! (Frank Chaves)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Deputado Maciel solicita do governador Omar Aziz a duplicação da Am-010



Deputado Cabo Maciel apresentou requerimento solicitando do governador Omar Aziz, a duplicação do rodivia Am010 a partir do posto policial Barreira de Itacoatiara até a primeira ponte.
Conforme argumentações do deputado Cabo Maciel, a rodovia atualmente apresenta perigo aos moradores que se utiliza da estrada para chegar até suas residencias localizadas na extensão da mesma e que ainda a rodovia não possui qualquer tipo de segurança relacionada a sinalização vertical e horizontal e bem como a iluminação é precária.
Cabo Maciel ainda afirmou que os trabalhos de recuperação da Am010 vao continuar, assim que passar o período chuvoso.


Ascom - Dep. Maciel

Um dia na Arena da Amazônia

Reportagem do CRAQUE ‘invade’ a Arena da Amazônia para contar como funciona essa megaobra, por dentro. O resultado você confere nesta reportagem e ainda num tour virtual inédito.

Atualmente, 1.700 funcionários trabalham na construção da Arena da Amazônia, número que deve aumentar a partir do momento em que começar o trabalho de colocação da cobertura
Operários trabalham na Arena da Amazônia (acritica.com)
Ferro, concreto, sol, chuva. Trabalho. Muitas horas de trabalho duro! Manhã, tarde e noite. Nada para por aqui. A Arena da Amazônia é um “organismo vivo” que, a cada dia, cresce um pouco mais e vai ganhando a forma do palco onde será encenado o maior espetáculo do futebol mundial: a Copa do Mundo de 2014.
A reportagem do CRAQUE invadiu o território de engenheiros, técnicos e operários e acompanhou, no último dia 7 de fevereiro, um dia inteiro de trabalho no novo templo do futebol amazonense, para contar como tudo funciona por lá. Enquanto isso, o editor de fotografia de A CRÍTICA, Clóvis Miranda produziu tour virtual na Arena em 360º, o qual os internautas podem acessar e também via smartphone na etiqueta no centro da página do jornal A Crítica.


Bom dia
O dia começa cedo para quem labuta na Arena da Amazônia. São 7h da manhã. Na mesa, café com leite, pão com manteiga e uma laranja. É preciso “encher” o tanque, mas nem tanto. Afinal, o dia está apenas começando.
No canteiro de obras, depois de “forrar o estômago” é hora de reunir os grupos de trabalho. Já são 8h.
Uma grande obra como a Arena da Amazônia tem as suas células. Núcleos de trabalhadores que são comandados por um chefe.
É hora de receber as instruções. O discurso preza pela segurança. Os operários são lembrados que, depois do expediente, são aguardados por suas famílias, por isso, todo o cuidado é pouco.
Depois da rápida palestra é hora de fazer uma oração para que tudo ocorra bem. Mãos dadas. Um Pai Nosso vai bem para quem procura proteção. E por falar em proteção é hora de colocar o restante dos equipamentos de segurança. Quem vai para o sol não esquece o protetor solar. O tempo muda o tempo todo. A manhã é de sol, mas já vai chover. É assim no inverno amazônico.
Os “núcleos” começam o trabalho de forma quase simultânea. É como se tudo funcionasse como um relógio com suas inúmeras engrenagens. É só que esse relógio é barulhento. Muito barulhento. Daqui pra frente fica difícil até conversar.
Nosso “guia” nesta etapa é o engenheiro Maurício Biasin, 42. Este paulista de Jundiaí – que é corintiano - está no comando nas obras da Arena da Amazônia. Sempre atencioso, ele nos leva por vários setores da obra e fala sobre esse novo momento da engenharia no Brasil. “Já fizemos muitas obras em vários lugares do País, mas construção de uma Arena é algo novo no Brasil, então tudo é uma grande novidade”, explica.
Seguimos enfrente. Conhecemos um grupo de alunos de construção civil que tomam aulas práticas na obra. “A empresa tem um programa de formação de mão de obra”, explica Maurício. De fato, a Andrade Gutierrez, responsável pela construção da Arena, forma muita mão de obra. Mas, com o mercado em franca expansão, às vezes fica difícil reter esses talentos. A rotatividade aqui é grande.

Arquibancadas
Depois de conhecer vários setores da Arena, tomar aquela água gelada para “matar” a sede, é hora de conhecer as arquibancadas. Deu até tempo de brincar de olá. O espaço entre um degrau e outro é grande. Nem de longe lembra o antigo estádio Vivaldo Lima. Até porque, na Arena da Amazônia, cada cadeira terá assento próprio e será numerada. Padrão Fifa.
A visão do campo também impressiona. Com a angulação exigida pela Fifa é possível ter uma visão total do campo independente do local onde o espectador esteja acomodado. Por enquanto, nada de grama, apenas as gruas trabalham elevando para os pisos superiores, as arquibancadas pré-moldadas.


Pausa
Já passam das 10h30. É hora de dar uma pausa na visita pela obra para matar uma curiosidade natural principalmente para um repórter que tem grande apreço pela gastronomia. É hora de conhecer as pessoas que trabalham para alimentar todo esse batalhão. Para fazer isso, basta atravessar a rua e conhecer a base da Andrade Gutierrez.
Lá mudamos o visual. Deixamos os coletes de lado e trocamos os capacetes pelas toucas descartáveis. Conhecemos a nutricionista responsável pela alimentação do exército. É a amazonense Elisângela Moraes e Silva, de 39 anos. Ela levou nossa equipe por um passeio pela cozinha. O desafio dela e de sua equipe é montar um cardápio que ofereça a nutrição adequada aos trabalhadores. Isso é algo relativamente fácil de fazer para quem é formada em nutrição. Só que não basta oferecer o ideal...

O ‘placar eletrônico’
O desafio da equipe de nutrição é agradar também o paladar dos operários. No refeitório existe uma espécie de “placar eletrônico” no qual os funcionários podem marcar se o almoço estava “ótimo, bom ou regular”. O placar positivo prevalece, mas tem muita gente que reclama também. “Que é para a qualidade não cair”, dizem alguns operários.
Só no dia de nossa visita a cozinha preparou 1.662 kg de alimentos para servir 2.079 funcionários. Deste total de refeições, 950 eram almoços. Haja comida! E o cardápio do dia? Carne moída (o popular picadinho), linguiça, arroz, feijão e um bolo – para celebrar os aniversariantes do mês.
Depois de tanto falar em comida nada melhor do que fazer uma “boquinha”. Como ninguém é de ferro, nossa equipe fez um pit stop no refeitório. O almoço estava bom. O assustador mesmo foi ver como o povo come. “Isso acontece porque eles precisam repor o gasto energético”, explica a nutricionista.

De barriga cheia
Depois do almoço e do merecido descanso, visitamos o “cérebro” da Arena. Um escritório montado em frente ao novo estádio. É lá que é feito todo o planejamento da obra sob o comando de Maurício Biasin. São vários computadores, plantas no papel e até é usado um moderno software (ArqCAD) onde é possível visualizar como o estádio estará nos próximos meses.

O outro lado da rua
De volta ao outro lado da rua, no quartel general da construtora, visitamos o setor onde são confeccionadas as armações de aço que serão devidamente concretadas. Difícil mesmo é entender como eles conseguem se entender naquele emaranhado de aço. São 14h em ponto. Lá vem a chuva. Ainda bem que estamos protegidos porque ela veio forte.

Controle tecnológico
Todo o material que é usado na construção da Arena passa por um rigoroso controle tecnológico. Quem comanda o setor é o paraibano de Campina Grande, Jordam da Silva Chagas, de 49 anos.
O concreto, por exemplo, passa por um teste de pressão. O cimento vai para um recipiente de formato cilíndrico, passa pela cura até ser submetido aos testes de pressão. “Testamos aproximadamente 2.400 blocos deste por mês”, informou Jordam. “Tudo é testado por aqui. Se detectarmos qualquer problema o material é descartado na hora”, avisa.
Carpinteiro
Foi na carpintaria que conhecemos um dos personagens mais curiosos desta reportagem, o senhor Arandir da Silva Correa. Aos 62 anos ele é o funcionário mais velho trabalhando na Arena. São 33 anos na função.
Seu Arandir tem toda a paciência do mundo para ensinar os novatos que chegam a seu setor, mas confessa com o vigor de seus 62 anos: “Tem muito jovem que passa por aqui e não gosta de trabalhar. Não gosta de pegar no pesado. Tem bastante trabalho para fazer, mas não é todo mundo que gosta de suar a camisa”, revela o carpinteiro que é paraense de Alenquer.

Incrível Hulk
O dia já está quase acabando, mas ainda deu tempo de conhecer o homem que comanda o “brinquedinho” mais inusitado da obra: o “Incrível Hulk”, o maior guindaste em operação na obra. Para se ter uma idéia essa “belezinha” atinge 66 metros de altura, pesa 750 toneladas quilos e suporta erguer o mesmo peso. Haja força! Quem pilota essa máquina é o português Antonio Martins, de 53 anos. Há dez anos ele trabalha com o “Hulk”.
Antonio, que nasceu em Ericeira, – a terra do surf em Portugal – já trabalhou na construção dos estádios do Benfica e do Sporting Clube de Portugal. No Brasil ele trabalhou na construção do novo estádio do Grêmio.

Os próximos passos
Bem humorado, o português fala sobre o trabalho. “Nada é difícil quando se sabe fazer”, brinca. “É a primeira vez que trabalho no Amazonas. O clima é um pouco complicado. Tem mais calor e umidade do que em Portugal, mas no fim trabalho é trabalho e é igual em qualquer parte tudo mundo”, ressalta.
Torcedor do Benfica, ele se envaidece quando fala sobre a importância sentimental que a obra terá. “É gratificante, pra qualquer profissional, participar da construção de um empreendimento desta natureza. Ter um bocadinho do seu trabalho nisso é algo para o resto da vida”.
Quando perguntamos se a remuneração pelo serviço é boa... “Não!”, dispara em meio a gargalhadas. “Não se pode dizer que é mal, mas também não se pode dizer que é boa, mas eu ganho em Euro”, avisa.

Cronograma da obra
De acordo com o coordenador da Unidade Gestora da Copa, Miguel Capobiango, a Arena da Amazônia será entregue em dezembro deste ano. “Estamos cumprindo o prazo religiosamente. A colocação de pré-moldados termina em abril e já estamos fazendo alguns acabamentos”, explica. As peças da cobertura já começaram a ficar prontas em Portugal e começam a viajar até Manaus a partir do próximo mês. “Em maio começamos a colocar a cobertura, que será finalizada em outubro. Novembro e dezembro faremos a parte do campo e drenagem”, enumera.
Fim do dia para a nossa equipe. Cansaço e as últimas fotos feitas, já fora do canteiro de obras do estádio, na última arquibancada do Centro de Convenções. Um lugar de onde é possível ter uma vista maravilhosa da Arena da Amazônia. A labuta é encerrada para o nosso time, mas continua para os operários que atuam no turno da noite, na concretagem. Eles acabam de chegar enquanto “recolhemos o acampamento”. E como funciona o turno da noite? Bom, isso já é uma outra história...

Viaje pelas obras da Arena da Amazônia: Uma verdadeira viagem em ângulo de 360º.
Clique aqui:
http://www.shareswf.com/game/28974/tour-virtual-viaje-pelas-obras-da-arena-da-amaz%C3%B4nia-uma-verdadeira-viagem-em-%C3%A2ngulo-de-360%C2%BA

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